Em uma semana turbulenta, com inflação voltando a assombrar os mercados e aumento da tensão política, a grande maioria das bolsas amargou perdas no decorrer da semana. Contudo, mesmo com os ventos desfavoráveis, um total de 19 ações tiveram alta no Ibovespa no saldo da semana.
Nos quatro pregões – um a menos, em decorrência do feriado paulista – as maiores altas do Ibovespa ficaram entre 1,6 e 3,3%, dado o contexto.
A líder foi a Raia Drogasil (RADL3), que subiu 3,35% no acumulado semanal, cotada a R$ 25,63 na quinta (8).
Por outro lado, as maiores quedas ultrapassaram com folga essa porcentagem, com esmagadora maioria dos papéis do índice caindo cerca de 2%, ao passo que os piores desempenhos foram de quedas quase 8%.
Não há um padrão perceptível nas maiores altas, contudo, duas das cinco companhias que mais se valorizaram na semana são varejistas.
Veja abaixo os ganhos acumulados dos papéis que mais subiram no Ibovespa na semana:
- Raia Drogasil (RADL3): +3,35%
- Suzano (SUZB3): +3,01%
- Lojas Renner (LREN3): +2,72%
- Cia Hering (HGTX3): +2,07%
- Localiza (RENT3): +1,63%
1. Raia Drogasil
Apesar de não ter feito movimentos recentes, a companhia lidera os destaques positivos destoando da maioria das ações que integram a cotação do Ibovespa.
Em relatório recente, o Citi apontou um potencial de ganhos no segmento de saúde de modo geral, o que pode ter influenciado as posições na empresa, que é a maior drogaria do varejo da América Latina.
No intradia do último pregão, contudo, as ações da Raia Drogasil caíram 1,66%, ficando cotadas a R$ 25,63. No acumulado mensal, há queda de 10% nos papéis, ante 13,5% de alta nos últimos 12 meses.
2. Suzano
Em grande parte, a alta tímida de 3% nos papéis da companhia se deu pela alta expressiva do dólar ao longo da semana, com pico na quinta-feira (8), quando a moeda americana estava sendo negociada a R$ 5,31.
Assim, com a influência do câmbio, a Suzano figurou dentre as poucas altas e terminou a semana cotada a R$ 60,98.
Nos acumulados, há alta de 2,44% nos últimos 30 dias e 68,42% de valorização nos últimos 12 meses.
3. Lojas Renner
A primeira varejista da lista ganha destaque em decorrência de um início de semana positivo para o setor, considerando os dados positivos para o segmento divulgados no início da semana.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no varejo subiram 1,4% no mês de maio ante abril, o que puxou a alta generalizada nos papéis do setor. O dado foi divulgado ainda na quarta (7).
Um dia depois, no último pregão, os papéis das Lojas Renner estavam cotados a R$ 44,57, representando uma queda de 7,85% no acumulado mensal e uma alta de 5% nos últimos 12 meses.
4. Hering
Recém comprada pelo Grupo Soma (SOMA3), a varejista de vestuário vê uma valorização sucessiva das suas ações nos últimos tempos no Ibovespa.
O movimento de aquisição recente deu um novo tom à companhia, que agora está cotada a R$ 35,58 por ação ordinária, depois de um longo tempo na faixa dos R$ 15.
As notícias recentes motivaram a XP Investimentos a elevar o preço-alvo para Grupo Soma (SOMA3), do mesmo modo, saindo de R$ 17,0 para R$ 22,0 por ação. A mudança é ocasionada depois da compra da Hering e da NV.
Com as marcas sob o seu guarda-chuva, a aposta é de ganhos com maior interesse dos consumidores por “estilos casuais de negócios”, além do fato de que “as gerações mais jovens veem o look confortável como uma tendência-chave na nova era da moda”.
Nos acumulados a Hering soma:
- Alta de 2,07% em 7 dias
- Alta de 10,95% em 30 dias
- Alta de 140,52% em 365 dias
5. Localiza
Com aumento de capital de R$ 200 milhões aprovado nos últimos dias de junho, a locadora também foi uma das poucas altas da semana.
A alta de 1,63% no acumulado semanal é somada aos 49,4% de valorização nos últimos 12 meses, com o último rally em setembro do ano passado.
A Localiza terminou o último pregão da semana, assim, cotada a R$ 66,51 no Ibovespa.