Ibovespa abre em alta após Copom cortar a Selic novamente
O Ibovespa abriu em alta nesta quinta-feira (7) após o Copom decidir cortar a taxa básica de juros da economia (Selic) novamente, para uma nova mínima histórica.
Por volta das 10h40, o Ibovespa variava positivamente 0,81%, a 79.707,75 pontos. O mercado está de olho nos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o que fez com que a Câmara dos Deputados aprovasse o Orçamento de Guerra.
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Ademais, os investidores estão atentos aos resultados trimestrais das empresas que compõem o Ibovespa.
Corte da Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75% na última quarta-feira (6). Com o novo corte a taxa caiu para 3% ao ano, uma nova mínima histórica.
A decisão de cortar a Selic foi tomada pela unanimidade dos membros do Copom. De acordo com o comunicado divulgado pela autoridade monetária do País, “o Comitê entende que, neste momento, a conjuntura econômica prescreve estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reforça que há potenciais limitações para o grau de ajuste adicional”.
Uma menor Selic era esperada pelo mercado. Na última segunda-feira (4), os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão da Selic de 2020 para 2,75%. Na semana passada a previsão era de 3%.
Entretanto, nessa reunião do Copom, os analistas aguardavam um corte menos agressivo, de 0,50 pontos, levando a taxa básica de juros para 3,25% ao ano. A decisão do BC, todavia, ocorre em um contexto de forte contração do nível de atividade econômica global provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Orçamento de Guerra
A Câmara dos Deputados votou e aprovou em segundo turno, na última quarta-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra que pretende tornar mais fácil a liberação de gastos durante o período de calamidade pública causado pelo coronavírus.
A PEC, sugerida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi aprovada com 477 votos favoráveis e a 1 contra. Segundo o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), os trechos que a Câmara e o Senado concordam devem entrar em vigor ainda essa semana.
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O principal objetivo da Proposta é separar os gastos emergenciais do Orçamento-Geral da União para conter os impactos da Covid-19. Segundo o texto, o governo não precisa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)e a regra de ouro.
Resultados trimestrais
Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou, na manhã desta quinta-feira, um lucro líquido ajustado de R$ 3,395 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 20,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. Nos primeiros três meses de 2019, o banco registrou um lucro de R$ 4,625 bilhões.
O banco estatal gerou um retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) de mercado de 12,5%, queda de 4,3% na comparação de ano para ano, e de 5,2% em relação ao último trimestre do ano passado.
AES Tietê
A AES Tietê (TIET11), em balançou divulgado na noite da última quarta-feira, apresentou uma alta de 21,5% em seu lucro líquido consolidado no primeiro trimestre deste ano. Nos primeiros três meses de 2020, a companhia elétrica contabilizou ganhos de R$ 75,3 milhões, frente a R$ 62 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
Veja também: Banco Pan (BPAN4) apresenta alta de 77% do lucro líquido no 1T20
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 18,3%, para R$ 312,8 milhões, em comparação aos R$ 264,3 milhões apresentados no primeiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda cresceu 9 pontos percentuais, para 63,3%.
Ambev
A Ambev (ABEV3) registrou lucro líquido de R$ 1,211 bilhão no primeiro trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a uma queda de 55,9% em comparação com o mesmo período no ano passado, quando havia registrado R$ 2,7 bilhões.
A receita líquida teve uma leve redução de 1,6%, totalizando R$ 12,6 bilhões. O volume de vendas consolidado teve queda de 5,6%. No Brasil, o faturamento caiu 9,6% no primeiro trimestre, para R$ 6,5 bilhões. O volume total de vendas foi 9,1% menor.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Confira algumas das maiores altas e baixas das ações do Ibovespa por volta das 10h35.
- Suzano (SUZB3): +7,31%
- Grandene (GNDI3): +6,82%
- Marfrig (MRFG3): +6,54%
- Klabin (KLBN11): +5,87%
- Iguatemi (IGTA3): -3,31%
- Localiza (RENT3): -3,39%
- CVC (CVCB3): -3,69%
- BR Distribuidora (BRDT3): -4,13%
Bolsas no exterior
Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior.
- Londres (FTSE 100): +1,23%
- Frankfurt (DAX 30): +0,96%
- Paris (CAC 40): +1,14%
- Milão (FTSE/MIB): +0,35%
- Xangai (SSEC): -0,23%
- Tóquio (Nikkei 225): +0,28%
- Nova York (S&P 500) futuro: +1,64%
Última cotação
Na sessão da última quarta-feira, o Ibovespa encerrou em queda de 0,51%, a 79.063,68 pontos.