Ibovespa: preocupações com risco fiscal caíram, mas temor de recessão nos EUA aumentou, diz XP
Nesta segunda-feira (19), a XP divulgou uma nova pesquisa com seus assessores sobre as perspectivas para o Ibovespa e a Bolsa brasileira como um todo. Um dos destaques foi o fato das preocupações com o fiscal terem diminuído.
A pesquisa da XP com assessores foi realizada entre 05 e 14 de agosto e teve 408 respostas de assessores.
As preocupações desses assessores com a política fiscal diminuíram para 54%, queda de 14 pontos percentuais em relação à última pesquisa, ainda que esse tema siga sendo apontado como o principal risco para a Bolsa.
Enquanto isso, aumentaram as preocupações com uma recessão nos Estados Unidos, bem como a possibilidade de juros mais elevados no Brasil.
O sentimento do investidor em relação à Bolsa ficou estável em relação ao mês passado, diz a XP. 56% dos assessores deram nota 7 ou mais para o Ibov, alta de três pontos percentuais em relação à última pesquisa.
Sobre as projeções para o Ibovespa, a média foi de uma estimativa de 131 mil pontos até o final deste ano, número que também permaneceu estável em relação ao último mês.
A alocação em renda variável permaneceu em níveis baixos. Isso porque 82% dos entrevistados indicaram que seus clientes têm entre 0% e 25% de alocação nessa classe de ativo. Enquanto isso, 65% indicaram que os clientes planejam manter a exposição em ações.
Entre os papéis, os clientes da XP têm mais interesse pelas blue chips: Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4) foram as ações mais citadas.
Com a alta do dólar, 60% dos assessores indicaram que seus clientes estão se posicionando em renda fixa. Desse número, 38% se refere à renda fixa local e 22 à renda fixa internacional.
De fato, a renda fixa segue sendo a classe de maior preferência, apesar de uma queda no interesse. 70% dos entrevistados indicaram que seus clientes se interessam por essa classe, queda de 12 pontos percentuais frente ao último mês.
O interesse por ações que eventualmente estejam no Ibovespa subiu três pontos percentuais, para 37%, ficando abaixo da renda fixa e dos fundos imobiliários.