Ibovespa retoma 107 mil pontos, com resultados trimestrais e Copom no radar; PetroRio (PRIO3) cai 4%
O Ibovespa opera em alta na tarde desta quarta-feira (27), com os investidores reagindo ao resultados corporativos do terceiro trimestre e à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros.
Por volta das 13h49, o Ibovespa avançava 1,07%, para 107.558 pontos. O dólar avança 0,07%, para R$ 5,578. No acumulado deste ano, a divisa estadunidense sobe 7,21%.
Do lado corporativo, a PetroRio é um dos destaques negativos, com a maior queda do índice. A empresa informou o início da operação no poço TBMT-10H, localizado no campo de Tubarão Martelo e ao todo, onde são extraídos cerca de 3.800 barris de óleo por dia.
A empresa investiu US$ 17,5 milhões, com um payback projetado em menos de três meses.
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O que movimenta o Ibovespa hoje
- Copom deve dar resposta à queda fiscal e promover aumento histórico da Selic;
- Taxa de desemprego recua no Brasil;
- Santander abre temporada de balanços de bancos.
Copom caminha para maior elevação da Selic em 20 anos
As atenções do mercado voltam-se para a decisão do Copom para a taxa básica de juros da economia (Selic). Atualmente em 6,25%, o mercado estima que a elevação mínima será de 1,25 ponto percentual, sendo que a média das previsões fica em 1,5%.
Segundo Vitor Miziara, sócio da Criteria Investimentos, a alta será de 1,5 ponto percentual, com um comunicado mais agressivo do BC.
“Antes a expectativa não era de 1,5 ponto percentual, mas sim de 1,25 ponto percentual. Isso mudou após o IPCA-15 de segunda-feira, que assustou um pouco — embora o dado tenha menos relevância que o número fechado do mês.”
Os juros futuros precificam uma alta de, no mínimo, 1,25 ponto percentual. O DI negociado para janeiro de 2023 é negociado acima de 11%.
A última vez que o Copom elevou a Selic em mais de 1 ponto percentual em apenas uma únião foi na transição entre o governo de FHC para o governo de Lula. A alta foi de 1,25%.
Desemprego cai no Brasil
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta pelo IBGE, mostraram que a desocupação caiu para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, queda de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre até maio.
O número de pessoas desempregadas é de 13,7 milhões. O montante de empregados (90,2 milhões) avançou 4%, com mais 3,4 milhões no período.
Com isso, o nível de ocupação subiu 2,0 pontos percentuais para 50,9%, o que significa que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no Brasil. Em 12 meses, o contingente de ocupados avançou em 8,5 milhões de pessoas.
O estudo mostrou uma alta tanto dos empregos formais (movimento já sinalizado pelo Caged) como dos informais, que se recuperam ao passo que o comércio é reaberto, a vacinação avança e a pandemia é arrefecida no País.
“O resultado positivo reforça o entendimento de que o mercado de trabalho deve continuar se recuperando gradativamente ao longo dos próximos meses, impulsionado pelo aumento da confiança dos agentes diante da melhora da pandemia e da volta dos informais”, comentou a equipe econômica do Banco Original.
“Para o próximo ano, no entanto, a expectativa de atividade econômica mais fraca. Isso reforça a sinalização de gradualismo na recuperação do mercado.”
Santander lucra R$ 4,34 bilhões, alta de 12,1%, mas eleva provisões
Como tradicionalmente acontece, o Santander abriu a temporada de balanços dos bancos no Brasil. No terceiro trimestre deste ano, o banco teve um lucro líquido gerencial de R$ 4,34 bilhões. O avanço foi de 12,5% em um ano e de 4,1% em três meses.
De acordo com o balanço do Santander, a receita de prestação de serviços e tarifas bancárias entre julho e setembro somou R$ 4,831 bilhões, valor 13,4% superior na comparação anual. Em relação ao trimestre passado (R$ 4,700 bi), o avanço foi de 2,8%.
A carteira de crédito, por sua vez, aumentou em 13,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, para R$ 450,262 bilhões. Na relação com o trimestre anterior, a alta foi de 2,4%.
As ações do Santander sobem mais de 1% no pregão de hoje, confirmando a visão da Ativa Investimentos de que o balanço foi bom.
“O bom resultado se deu tanto pelo crescimento da margem financeira bruta, devido a maiores volumes financeiros e spreads ligeiramente maiores, quanto de receitas com serviços, com destaque para a receita com cartões”, diz o relatório.
A corretora, entretanto, pontuou lados negativos. “Destaca-se o aumento nas despesas com PDD e aumento de inadimplência, que “corroeram” parte das provisões totais e ligam um sinal de alerta para o ano que vem.”
Maiores altas do Ibovespa
Confira as altas do índice Ibovespa, por volta das 14h:15
- EzTec (EZTC3): +6,17%
- Cogna (COGN3): +5,98%
- Iguatemi (IGTA3): +5,60%
- Multiplan (MULT3): +5,26%
- Cyrela (CYRE3): +5,07%
Maiores baixas do Ibovespa
No mesmo horário, as baixas do Ibovespa, eram:
- Fleury (FLRY3): -2,79%
- Getnet (GETT11): -3,65%
- Méliuz (CASH3): -4,28%
- Suzano (SUZB3): -4,40%
- PetroRio (PRIO3): -5,60%
Bolsas mundiais
Além do índice Bovespa, confira a cotação dos principais índices mundiais nesta tarde:
- S&P 500: +0,12%
- DAX 30 (Alemanha): -0,33%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,33%
- Euro Stoxx 50: -0,07%
- SSE Composite (Xangai): -0,98% (fechada)
- Nikkei 225 (Japão): -0,03% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma contrária ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última terça com uma queda de 2,11%, aos 106.419,53 pontos.