Após oscilação nesta quarta-feira (27), o Ibovespa fechou a sessão em alta de 0,49%, aos 134.193,72 pontos, com quarta nova máxima histórica seguida. Com volume reduzido a R$ 14,0 bilhões pela proximidade do fim de ano, o índice oscilou de 133.328,39 a 134.195,47 (+0,50%), em máxima quase no fechamento, também assinalando novo recorde intradia.
Na semana, o Ibovespa sobe agora 1,09% e, no mês, ganha 5,39%, colocando o avanço de 2023 a 22,29%, faltando apenas a sessão de amanhã para fechar o melhor ano desde 2019 para a Bolsa.
O Ibovespa hoje terminou em linha com as Bolsas dos Estados Unidos, que também subiram:
- Dow Jones: +0,30%, aos 37.656,52 pontos;
- S&P500: +0,14%, aos 4.481,58 pontos;
- Nasdaq: +0,16%, aos 15.099,18 pontos.
Para a Guide Investimentos, o S&P 500 deve continuar “batalhando” para atingir novo pico antes do fim do ano. “A baixíssima liquidez ajuda a justificar tal movimento lateral na sessão desde antes da abertura desta quarta-feira, também nos futuros”, na medida em que “o mercado parece estar saturado, no curto prazo”, avalia a Guide, em nota.
O preço do dólar à vista terminou a sessão em alta de 0,22%, atingindo a máxima de R$ 4,83. O dólar acumula perda de 1,68% em dezembro.
A Petrobras (PETR4) fechou sessão com as ações preferenciais em alta de 0,080% nesta sessão, cotados a R$ 37,36. Movimento contrário ocorreu com as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) que teve queda de 0,15%, a R$ 39,14. Ontem, O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a reoneração do diesel começará a valer a partir do dia 1º de janeiro.
Além disso, os contratos de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira (27), resultando na volta do Brent para a marca de US$ 80 o barril.
No sentido oposto, a Vale (VALE3) tem alta de 0,97%, cotada a R$ 77,40. Nesta manhã, o minério de ferro alcançou o maior nível de preço nos últimos 18 meses, com os futuros da matéria-prima em Singapura subindo até 0,8%, sendo cotados a US$ 141,40 a tonelada. No ano, o minério acumula alta de mais de 20%.
Hoje, os papéis do setor varejista operaram no positivo, com exceção das Lojas Renner (LREN3), após os juros futuros operarem em queda beneficiando os papéis ligados a empresas de consumo. Entre as maiores altas, ações das Casas Bahia (BHIA3) subiram 6,03%.
“A semana entre o Natal e o ano-novo é realmente de volume muito baixo, e o giro vinha se enfraquecendo já desde o dia 18 no mercado à vista, e nos contratos futuros desde o fim da semana passada. Hoje não foi diferente, com os investidores já se preparando para as festas de fim de ano”, diz Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.
“Os últimos dias foram janelas importantes de ajuste para o mercado, com a Bolsa em renovação de máximas: atingiu e manteve os 134 mil pontos em boa parte da sessão, e fechou nesse patamar recorde, apoiado especialmente em Vale e no setor de siderurgia – com base em dados mais positivos na China e no próprio nível de preço do minério de ferro”, diz Erik Sala, analista da DVInvest.
Maiores altas e quedas do Ibovespa hoje
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
O que movimentou o Ibovespa hoje?
Segundo Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, o mercado reagiu acerca da queda do juros longo, o Treasury de 10 anos, e também uma expectativa de um corte mais rápido de juros pelo Federal Reserve (Fed), possivelmente no primeiro trimestre do ano que vem.
“Esse otimismo tem ajudado a Bolsa e também um cenário político mais calmo com Congresso de recesso, o que também ajuda a impulsionar os ativos aqui. Nenhuma surpresa negativa rolando, o que impulsiona positivamente o Ibovespa”, diz o especialista.
Piovesan também destacou que o S&P está tendo um ano positivo até então. Para ele, os últimos dois meses do ano tendem a ser positivos para a bolsa nos Estados Unidos, o que também deve ajudar o mercado acionário brasileiro.
“Acredito que esse movimento altista é sustentável no curto e médio prazo. Eu vejo com bons olhos. A gente teve uma queda muito forte da curva de juros, um fechamento forte dos juros aqui. Porém, eu acredito que a bolsa tem espaço para andar se a gente conseguir manter os juros no patamar em que está”, pontua Piovesan.
Ele destaca também o movimento do dólar que está acumulando baixas, com o DXY caindo desde a metade de outubro. “O dólar tem enfraquecido no mundo todo, seguindo a queda do Treasury de 10 anos. Isso está fazendo o dólar perder força no mundo e, consequentemente, aqui no Brasil, em um cenário mais calmo, está fazendo com que o Real esteja se valorizando. Com isso, a gente está tendo uma boa entrada de fluxo de estrangeiro.”
Entre as altas, a Casas Bahia (BHIA3) sobe após ter sofrido nos últimos pregões. A alta é puxada por causa que ação foi mantida nas prévias de rebalanceamento do Ibovespa. A CSN Mineração (CMIN3) também sobe forte hoje acompanhando a alta do minério de ferro.
Último fechamento do Ibovespa
Ontem, o Ibovespa superou o próprio recorde novamente, pela terceira sessão consecutiva, dando continuidade ao rali da semana e subindo 0,59%, aos 133.532,92 pontos.
Com Estadão Conteúdo