Ibovespa abre em alta e recupera os 117 mil pontos; Méliuz (CASH3) volta a se destacar
Após o arrefecimento da tensão política, o Ibovespa sobe 0,71% aos 117.220 pontos na abertura desta terça-feira (14). O índice do mercado de ações brasileiro engata alta generalizada puxada pela Eneva (ENEV3) e pelo Méliuz (CASH3). Na ponta negativa, as aéreas caem após surtos da variante delta na China, enquanto a Petrobras (PETR4) também opera no campo negativo.
O Ibovespa hoje conta com a inflação ainda em escalada e sem prognósticos de reversão no curto prazo, com a bolsa americana fazendo um rodízio de ações com foco em setores ligados à retomada e com alta do petróleo, que reduz as perdas vistas na Petrobras.
Em termos de indicadores, a Variação no Número de Desempregados no Reino Unido teve queda de 58,5 mil no Mês de agosto, antes um número prévio que apresentou saldo negativo de 48 mil. Na média móvel trimestral, o país fica com alta de 183 mil empregos, ante uma projeção do mercado de 178 mil.
Nos Estados Unidos, os dados sobre a inflação vieram melhores do que o esperado, com IPC mensal de agosto vindo em alta de 0,3% número menor do que o esperado.
“Quando falamos de inflação transitória no mundo, sabemos que os EUA vem sentindo isso bastante, mas a questão é que lá se tem um tempo razoável para manter a política monetária ultra ‘estimulativa'”, comenta Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, que afirma que o tapering deve começar no fim deste ano.
No mercado doméstico, contudo, o Brasil soma 1,1% de crescimento no setor de serviços no mês de julho, ante prognóstico de 1% de alta. No acumulado anual, o setor cresce 17,8%, ainda abaixo dos 18% esperados.
“Por ora, o bom desempenho do setor de comércio verificado na semana passada, somado ao resultado em linha observado em serviços (peso mais relevante no PIB brasileiro) no fez manter a cautela e a perspectiva de crescimento em 4,6% para 2021 permanece. Contudo, vale lembrar que se trata apenas dos primeiros dados do 3T21 e poderemos revisar nossa projeção no futuro”, analisa Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Notícias que vão movimentar o Ibovespa hoje
- Rumo emitirá R$ 500 milhões em bonds sustentáveis
- Petrobras sofre críticas de Lira, Silva e Luna vai à Câmara
- WEG faz nova aquisição
Rumo autoriza emissão de bonds
A Rumo (RAIL3) autorizou a emissão de notas seniores, conhecidas como bonds, no exterior pela subsidiária Rumo Luxembourg no valor de até US$ 500 milhões.
De acordo com a companhia, o prazo de vencimento das notas é de 10 anos e quatro meses, vencendo-se, portanto, em 18 de janeiro de 2032.
Os bonds da subsidiária serão remuneradas à taxa de até 5% ao ano e será paga semestralmente até a data de vencimento, nos meses de janeiro e julho.
A Rumo também destacou que a remuneração poderá ser majorada em até 25 pontos-base, caso a companhia descumpra com a meta associada ao indicador de desempenho sustentável (Sustainability Performance Target).
Na abertura de mercado, as ações da Rumo sobem 0,76% no Ibovespa hoje.
Petrobras e novo imbróglio
Em uma semana turbulenta, a Petrobras (PETR4) fica no centro das discussões. O presidente a estatal fala, neste momento, na Câmara dos Deputados sobre os preços da petroleira, a situação da operação das termelétricas e outros assuntos relacionados à empresa.
O General Joaquim Silva e Luna fala com os parlamentares o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), criticar a situação atual nas suas redes sociais e ocasionar queda das ADRs (American Depositary Receipt, na sigla em inglês) da Petrobras no exterior
“Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? Amanhã, a partir das 9h, o plenário vira Comissão Geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós. A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas”, disse Lira, em seu Twitter.
Inicialmente, Silva e Luna seria ouvindo somente pelo MME, mas o deputado Danilo Forte (PSDB-CE) requisitou que o presidente da companhia prestasse esclarecimento aos parlamentares.
“A crise desencadeada pela escassez de chuvas nas regiões onde estão localizados os reservatórios de hidrelétricas no começo do ano se agrava mais ainda com os atrasos em investimentos de geração e de transmissão”, afirma o parlamentar tucano.
No pregão de hoje, as ações da Petrobras caem cerca de 0,5% na bolsa de valores hoje, além de apresentarem uma desvalorização de 0,87% na NYSE.
WEG compra a Balteau
A Weg (WEGE3) comprou 100% da Balteau Produtos Elétricos, empresa de transformadores para instrumentos e conjuntos de medição, localizada em Itajubá, no Estado de Minas Gerais. A companhia não informou o valor da transação.
Em comunicado ao mercado divulgado nesta terça (14) antes do pregão, a companhia afirmou que a Balteau dispõe de um parque fabril de 11.800 m² de área construída e conta com equipamentos e instalações de última geração.
De acordo com a Weg, a receita líquida da Balteau em 2020 foi de R$ 121,7 milhões.
A empresa de transformadores possui um quadro de 350 funcionários e é especializada em projeto, fabricação, ensaios elétricos e assistência técnica para produtos que a Weg não tem em seu portfólio atualmente. São eles:
- transformadores de corrente e de potencial capacitivo até 550kV,
- transformadores de potencial indutivo até 145kV, e
- conjuntos de medição até 36kV.
Vale citar que a consolidação da transação ainda está sujeita ao cumprimento de determinadas condições, como a aprovação pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
As ações da WEG sobem 0,62% no Ibovespa hoje.
Destaques do Ibovespa
As principais altas no Ibovespa, por volta das 10h30 são:
- Méliuz (CASH3): +3,7%
- Eneva (ENEV3): +3,6%
- Cogna (COGN3): +2,8%
- Banco Inter (BIDI11): +2,6%
- Braskem (BRKM5): +2,6%
No mesmo horário, as principais quedas no Ibovespa eram:
- BRF (BRFS3): -1%
- Embraer (EMBR3): -0,7%
- Qaulicorp (QUAL3): -0,4%
- Petrobras (PETR4): -0,4%
- Petrobras (PETR3): -0,3%
Principais índices
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do índice Ibovespa:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,34%
- Nova York Dow Jones (DJIA) futuro: +0,33%
- Frankfurt (DAX 30): +0,29%
- Londres (FTSE 100): -0,09%
- Paris (CAC 40): -0,08%
- Milão (FTSE/MIB): +0,69%
- Tóquio (Nikkei 225): +0,73% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -1,42% (fechada)
- Hong Kong (Hang Seng): -1,21% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
No fechamento do pregão de segunda (13), o Ibovespa subiu 1,85%, a 116.403 pontos.
