Ibovespa abre em queda de 1,07% em meio a retração global e CPI
O Ibovespa abriu em leve queda no pregão desta quarta-feira (19), com variação de -1,07%, ficando nos 121.668 pontos. O dia é de números vermelhos ao redor do globo, com quedas acima de 1,5% nas bolsas Londres , Frankfurt e Paris. Além disso, a Nasdaq também indica queda no mercado futuro na mesma proporção, impulsionada fortemente por baixas em companhias como Microsoft (MSFT34), Facebook (FBOK34) e Apple (AAPL34), que caíram mais de 1% no premarket.
Ainda assim, o Ibovespa teve uma ação de empresa destoante, fruto da pauta do congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a Medida Provisória (MP) que que permite a privatização da Eletrobras (ELET3) entra na pauta do dia. Os papéis da companhia abriram em alta de 4,1%.
A agenda do dia inclui a divulgação da ata do FOMC, feita pelo Federal Reserve (Fed), às 15h, que deve impactar os mercados, dada a grande expectativa. O documento é importante para os prognósticos futuros, levando em consideração a incerteza sobre a tensão inflacionária que recai sobre os Estados Unidos. As autoridades monetárias defendem que o fenômeno, contudo, é passageiro.
Na China, o Banco Popular decide, no fim da agenda do dia, às 22h30, a sua nova taxa de Juros, que está em 3,85% atualmente. Além disso, também no fim da noite, o Japão publica seu balanço comercial referente ao mês de abril.
A economia do país asiático encolheu no primeiro trimestre de 2021, com contração de 5,1%. Também houve queda nos gastos privados, que reduziram em 1,4%, mesma variação das despesas de capita.
Nacionalmente, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fala aos senadores ainda na manhã, seguindo o cronograma da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Na última terça-feira (18) o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi sabatinado.
Pazuello é um os protagonistas da CPI, que apura uma suposta omissão e má gestão do Governo Federal ante a pandemia de Covid-19. As estocadas dos senadores devem ir no sentido da vacinação, já que o aspecto preventivo era o enfoque no começo da pandemia, com os outros dois ministros que antecederam Pazuello.
O desinteresse da gestão em face das ofertas de vacina da farmacêutica americana Pfizer (PFIZ34) devem ocupar o centro do debate.
Após o fim da temporada de balanços, restam dados macroeconômicos para esta quarta-feira, com a publicação do fluxo cambial semanal. Vale ressaltar que, atualmente, o dólar comercial é negociado a R$ 5,285, alta de 0,59% em relação a terça-feira.
Destaques do Ibovespa
As altas do Ibovespa, por volta das 10h15, eram:
- Eetrobras (ELET3): +4,1%
- JBS (JBSS3): +0,24%
- Ultra Participações (UGPA3): +0,83%
- BTG Pactual (BPAC11): +0,09%
- Azul (AZUL4): +0,03%
Os destaque negativos ficavam por conta das seguintes empresas:
- Banco Inter (BIDI11): -4,06%
- Braskem (BRKM5): -3,49%
- Embraer (EMBR3): -3,23%
- Gerdau (GUAU4): -1,91%
- B2W Digital (BTOW3): -1,76%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -1,15%
- Londres (FTSE 100): -1,41%
- Frankfurt (DAX 30): -1,93%
- Paris (CAC 40): -1,77%
- Milão (FTSE/MIB): -1,65%
- Hong Kong (Hang Seng): +1,42% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,51% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -1,28% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
No último pregão, o Ibovespa encerrou em 122.979 pontos, representando uma alta de 0,03%.