O Ibovespa opera em leve queda de 0,04% no início do pregão desta sexta-feira (4), às 10h20, ficando em 129.552 pontos. O número destoa do otimismo do exterior, que vem de bons dados da economia americana, e é puxado pela queda nos papéis de BRF (BRFS3) que caem quase 4% na abertura de mercado.
A maior parte da atenção dos investidores deve ficar com gigantes dos alimentos e bebidas, considerando os movimentos recentes das empresas do setor que integram o Ibovespa.
A Marfrig (MRFG3), por exemplo, anunciou um aumento de sua participação acionária na BRF (BRFS3) para próximo de 30% por meio de leilão na B3 (B3SA3). O movimento se dá após, na semana passada, a companhia ter anunciado a compra de 24,23% do capital da BRF, tornando-se assim a sua maior acionista majoritária.
Além disso, a JBS (JBSS3), que sofreu um ataque hacker nos Estados Unidos ainda nesta semana, comunicou ontem (3) que retomou suas operações em solo americano e reestabeleceu as operações. A Casa Branca informou na quarta (2) que o ataque será um dos assuntos que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discutirá com o Vladimir Putin ainda neste mês.
No varejo de bebidas, o mercado abre com a notícias de que a Ambev (ABEV3) dá seus primeiros passos no mercado de vinhos, com a inclusão de rótulos de vinho argentino em seu aplicativo de delivery. Vale ressaltar que a companhia já estudava o mercado desde 2016.
O calendário não prevê dados relevantes ao longo do dia, considerando que os dados do PMI composto e de serviços foram divulgados por volta das 10h, sendo de 49,2 e 48,3, respectivamente.
O premarket dos Estados Unidos demonstra números verdes, com alta por volta dos 0,40% na maioria das bolsas, mantendo as boas expectativas com os bons indicadores macroeconômicos divulgados no fim de maio, incluindo os 559 mil empregos gerados.
Às 16h30, serão divulgadas as posições líquidas de especuladores no relatório da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), enquanto mais cedo foram divulgados novos números de desemprego, com índice que caiu para 5,8%, ficando acima das expectativas.
Às 10h15, as negociações do dólar apresentavam preço de R$ 5,069, queda de 0,29% no intradia, mantendo a tendência de valorização do Real.
Na Europa, os resultados ficam mistos e com pouca volatilidade, com o Stoxx 600 – índice geral dos mercados do continente – apresentando saldo positivo de 0,19%.
O mercado do continente deve contar com maiores altas ao longo do dia, considerando os dados de desemprego divulgados nos EUA.
Parte das baixas advém dos dados de vendas no varejo, que vieram abaixo das expectativas no continente, em queda de 3,1%, referente ao mês de abril, além dos 23,9% anualizados, ante uma expectativa de 25,5%.
Destaques do Ibovespa
As altas do Ibovespa, por volta das 10h20, eram:
- Banco Inter (BIDI11): +2,23%
- PetroRio (PRIO3): +1,92%
- Locamerica (LCAM3): +1,75%
- Weg (WEGE3): +1,70%
- Eneva (ENEV3): +1,23%
Os destaque negativos ficavam por conta das seguintes empresas:
- BRF (BRFS3): -3,81%
- JBS (JBSS3): -1,68%
- Embraer (EMBR3): -1,35%
- Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3): -1,10%
- Marfrig (MRFG3): -0,69%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,42%
- Londres (FTSE 100): -0,05%
- Frankfurt (DAX 30): +0,10%
- Paris (CAC 40): +0,09%
- Milão (FTSE/MIB): +0,29%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,17% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +0,21% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -0,40% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
No último pregão, na quarta-feira (2), o Ibovespa fechou em alta de 1,94%, a 129.601 pontos, renovando a máxima histórica de fechamento.