Mercado

Ibovespa tem correção após três altas consecutivas e cai 1%; PetroRio (PRIO3) sobe 5%

Jader Lazarini

24/09/2021 14:23

Atualizado em: 24/09/2021 16:40

Compartilhe:

B3 (B3SA3). Foto: Divulgação

Dando fim à sequência positiva dos últimos pregões e acompanhando a nova cautela dos mercados internacionais, o Ibovespa opera no vermelho na tarde desta sexta-feira (24).

Por volta das 13h55, o Ibovespa caía 1%, aos 112.925 pontos. O índice ainda cai mais de 5% no acumulado de 2021. O dólar, por outro lado, sobe 0,65%, para a casa de R$ 5,34.

O mercado reage a informações vindas do exterior, como relacionada à crise imobiliária chinesa, além do agito na agenda corporativa.

Segundo o site Pipeline, do jornal Valor Econômico, acionistas questionam a “lambança contábil” observada na fusão entre Terra Santa e SLC (SLCE3). Um fundo de investimento minoritário entrou na Justiça à procura de explicações.

O que mais movimenta o Ibovespa hoje

Evergrande não paga juros a investidores;
Hapvida vence disputa com SulAmérica;
IPCA-15 de setembro dispara.

Evergrande se aproxima do calote

Os investidores seguem atentos à situação da incorporadora chinesa Evergrande. Uma das subsidiárias da companhia deveria pagar na última quinta-feira (23) cerca de US$ 83,5 milhões em juros referente a bonds com valor de face de US$ 2 bilhões.

O valor não foi pago e a empresa não deu satisfações aos investidores. A companhia tem até 30 dias para efetuar o pagamento antes de der declarada inadimplência.

Caso o pagamento não seja feito, este será o maior calote de um título lastreado em dólar de uma empresa asiática.

As ações da empresa caíram 11,6% nesta sexta em Hong Kong, pressionando ainda mais a queda acumulada do ano, que está na casa de 84%. O índice Hang Seng caiu 1,30% no pregão.

O governo chinês continua analisando o que fazer com o caso. Nesta semana, o BC do país injetou quantias bilionárias para manter o sistema em funcionamento, ao passo que orientou aos governos locais se prepararem para um eventual colapso da empresa.

Hapvia leva disputa e compra HB Saúde

A Hapvida (HAPV3) informou ao mercado que os acionistas do HB Saúde, da cidade de São José do Rio Preto, aceitaram a oferta da companhia de R$ 650 milhões para a aquisição de até 100% da empresa, com desembolso previsto para cerca de 59% do capital total, aproximadamente R$ 383,5 milhões.

A empresa conseguiu vencer a disputa com a SulAmérica, que também estava interessada no ativo. Nas últimas semanas, as empresas respondiam com propostas dos dois lados.

Saiba mais

De acordo com a Hapvida, a consumação da transação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes adicionais, incluindo a coleta dos termos de adesão à proposta e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Para a Hapvida vemos o movimento como positivo, expandindo a sua atuação. Para a SulAmérica, o cenário continua bastante competitivo no segmento de saúde e a companhia tem encontrado dificuldade para verticalizar a sua operação”, comentou a Guide Investimentos.

As ações da Hapvida, porém, tem leve recuo no pregão de hoje.

IPCA-15 sobe 1,14% em setembro, máxima desde 1994

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial no país, chegou a 1,14% em setembro deste ano.

A taxa é superior ao resultado de 0,89% de agosto deste ano e ao 0,45% de setembro do ano passado. É também a maior taxa para setembro desde 1994 (1,42%).

De agosto para setembro, oito dos nove grupos de despesas registraram inflação, com destaque para transportes (2,22%), que teve alta de preços influenciada pela gasolina (2,85%), etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%).

“O IPCA-15 de setembro surpreendeu o mercado ao avançar 1,14%. A mediana das expectativas coletadas pela Bloomberg estava em 1,04%”, disse Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos. “De antemão avaliamos que é pouco provável que nossa projeção anual saia muito da faixa dos 8,3% – 8,4% para 2021.”