Ibovespa inicia em queda de olho em guerra comercial e reforma tributária

O Ibovespa abre nesta terça-feira (3) com disputa comercial, reforma tributária e dados sobre a produção industrial no radar.

Por volta das 10h30 desta terça-feira (3), o Ibovespa registrava leve queda -0,08%, chegando a 100.541,72 pontos. O mercado segue receoso com os novos capítulos na disputa comercial entre EUA e China.

Além disso, segue no radar dos investidores a nova fase da reforma tributária e queda na produção industrial de julho.

Guerra comercial

A China notificará os EUA através da Organização Mundial do Comércio (OMC) devido os desdobramentos da disputa comercial que os países vem travando há mais de um ano. A informação foi divulgada por meio de um comunicado do Ministério do Comércio chinês.

Saiba mais: Guerra comercial: China aciona OMC contra tarifas dos Estados Unidos

As tarifas impostas sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses, divulgadas pelo presidente norte-americano Donald Trump, entraram em vigor no último domingo (1). A OMC deverá analisar o pedido da China com base no contexto da guerra comercial.

Reforma tributária em tramitação

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) debate a reforma tributária na tarde desta terça-feira (3). O texto base prevê a unificação e a retirada de alguns tributos. O relatório já possui assinaturas de 67 senadores.

Os impostos retirados no texto são:

  • IPI;
  • IOF;
  • PIS/PAsep;
  • Cofins;
  • Salário-Educação;
  • CIde-combustíveis;
  • CSLL (federais);
  • ICMS (Estadual);
  • ISS (municipal).

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Roberto Rocha (PSDB-MA), relator da reforma tributária no Senado, afirmou na última segunda-feira (2) que não descartava a possibilidade de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

A equipe econômica está arquitetando a criação de um imposto no modelo da antiga CPMF, no Congresso. O objetivo é mostrar que o tributo pode trazer benefícios à economia brasileira.

Dados negativos sobre a produção industrial

A produção industrial caiu 0,3% em comparação com o mês passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a terceira queda mensal seguida. No acumulado de 2019, a queda é de 1,7%.

De acordo com o IBGE, 11 dos 26 ramos estudados reportaram quedas na produção, frente a um recuo em 17 setores em junho. Julho, portanto, teve uma queda concentrada em menos segmentos.

Veja mais: Produção industrial cai 0,3%, registrando o pior julho em 4 anos

As principais quedas de julho foram:

  • Produtos químicos (2,6%)
  • Bebidas (-4,0%)
  • Produtos alimentícios (-1,0%)

A produção industrial em 2019 tem sido afetada pelo ritmo desacelerado da economia em sua recuperação. Os economistas das instituições bancárias preveem um cenário de estagnação para a produção industrial neste ano, com uma alta limitada a 0,08%.

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, na segunda-feira (2), o Ibovespa em queda de -0,5% a 100.625,74 pontos.

Jader Lazarini

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