Ibovespa recua após forte alta na véspera, com noticiário agitado; Hypera (HYPE3) lidera altas
O Ibovespa opera no vermelho na tarde desta terça-feira (13), devolvendo parte dos ganhos da véspera. O índice acionário acompanha a cautela dos mercados internacionais, após a inflação norte-americana em junho ter ficado acima das estimativas.
Por volta das 13h12, o Ibovespa recuava 0,52%, para 126.930 pontos. O dólar também tem leve queda, após ter avançado nos últimos dias e retomado a marca de R$ 5,30. Hoje, a divisa estadunidense é negociada a R$ 5,238 na venda.
Por aqui, o noticiário é agitado no mundo corporativo. Os investidores aguardam o início da temporada de balanços corporativos, aquecida pela divulgação de prévias operacionais, e pelo pontapé inicial dos resultados nos Estados Unidos.
Os temas que movimentam o Ibovespa hoje
- Bolsonaro sanciona MP da Eletrobras;
- Inter divulga prévia operacional;
- Volume de serviços sobe 1,2% em maio.
Bolsonaro sanciona com vetos texto da privatização da Eletrobras
Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça a sanção da medida provisória (MP) da privatização da Eletrobras, com 14 dispositivos vetados.
Entre os pontos vetados pelo presidente Jair Bolsonaro, está o trecho referente à aquisição de ações com desconto por parte de colaboradores da Eletrobras. O texto aprovado pelo Congresso diz que até 1% das ações da União poderá ser adquirido por empregados demitidos após o aumento de capital.
Segundo a XP, em primeira análise, os vetos do mandatário não atingem os objetivos centrais do projeto aprovado. A corretora ressaltou, contudo, que existem vetos politicamente sensíveis, como à obrigatoriedade de sabatina pelo Senado para a indicação da diretoria do ONS.
Os vetos precisam ser analisados pelo Congresso, que pode derrubá-los com o voto de 41 dos 81 senadores e de 257 dos 513 deputados.
A previsão do governo é desestatizar a empresa até fevereiro de 2022, com a oferta subsequente de ações (follow-on) que a União não acompanhará, diluindo sua participação.
Inter fecha segundo trimestre com 12 milhões de correntistas
O Inter divulgou, na última segunda-feira (12), sua prévia operacional o período entre abril e junho deste ano. O banco terminou o trimestre com 12 milhões de correntistas, avanço de 18% na base trimestral e de 103% na base anual.
Foram abertas cerca de 30,2 mil contas por dia útil no período. O saldo médio por cliente foi de R$ 1,31 mil, crescimento de 12% na base anual.
O destaque também ficou por conta da originação de crédito, que atingiu R$ 4,8 bilhões no segundo trimestre, um avanço de 29,7% na relação com o primeiro trimeste e de 212% em 12 meses.
A produção do Crédito Empresas avançou 309% (base anual), atingindo R$ 2,8 bilhões no segundo trimestre, destacou a empresa.
Mesmo com os resultados considerados expressivos pela adminsitração do banco, as ações do Inter recuam no pregão e figuram entre as maiores baixas do dia.
Volume de serviços volta ao patamar pré-pandemia
O volume de serviços avançou 1,2% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informalões da Pesquisa Mensal de Serviços foram divulgadas nesta terça.
Na base anual, em comparação com maio de 2020, houve elevação de 23%, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões para o volume de serviços eram de uma elevação de 20,60% a 24,40%, com mediana positiva de 21,85%.
Embora o resultado apresentado na pesquisa tenha ficado em linha com as expectativas, o mercado faz ressalvas quanto aos números. A base de referência, em maio do ano passado, estava deprimida, reflexo da restrição de mobilidade imposto pela pandemia.
“Em linha com a recuperação da confiança, tanto dos produtores quanto dos consumidores, o setor de serviços continuou se beneficiando da maior propensão a produzir e consumir dos agentes”, comentou Alejandro Ortiz Cruceno, economista da Guide Investimentos.
“É notável que a demanda por serviços mais sensíveis ao contato social tenha aumentando em forte magnitude, tendo em vista que o grau de flexibilização ainda continua bastante aquém do registrado em momentos anteriores à crise.”
Maiores altas do Ibovespa
Confira as maiores altas do índice Ibovespa, por volta das 13h08:
- Hypera (HYPE3): +5,34%
- Minerva (BEEF3): +2,24%
- Bradespar (BRAP4): +2,19%
- Raia Drogasil (RADL3): +1,74%
- Cielo (CIEL3): +1,13%
Maiores baixas do Ibovespa
No mesmo horário, as maiores baixas do Ibovespa eram:
- Vivo (VIVT3): -1,98%
- Embraer (EMBR3): -1,98%
- CPFL (CPFE3): -2,04
- Inter (BIDI11): -2,05%
- Equatorial (EQTL3): -2,64%
Bolsas mundiais
Além do índice Bovespa, confira a cotação dos principais índices mundiais nesta tarde:
- S&P 500: +0,12%
- DAX 30 (Alemanha): -0,01%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,01%
- Euro Stoxx 50: +0,03%
- SSE Composite (Xangai): +0,53% (fechada)
- Nikkei 225 (Japão): +0,52% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última segunda com uma alta de 1,73%, a 127.593,83 pontos.