A divulgação da última pesquisa Datafolha, na noite de ontem, mais uma vez mostrou que é o noticiário político que rege o mercado nas últimas semanas. Enquanto uma parcela do mercado esperava que o atentado contra Jair Bolsonaro enfraquecesse a esquerda, a pesquisa mostra que a posição dele não mudou muito.
Com isso, o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em outubro apresenta agora (9h59) queda de 1,95%, despencando 1505 pontos e desfazendo, com sobra, o salto que ocorreu logo depois do atentado. O dólar, enquanto isso, tem alta de 1,89% e é cotado a R$4,1617.
O Datafolha, considerado uma das pesquisas mais confiáveis junta ao Ibope, mostrou um aumento de 2 p.p. nas intenções de voto, dentro da margem de erro. Em segundo lugar, um empate técnico entre quatro candidatos: Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT) disputam a posição.
Vale atentar-se ao movimento dos candidatos em relação à pesquisa anterior. Enquanto Marina Silva perde força e Alckmin cresce pouco, Ciro Gomes e Fernando Haddad demonstram crescimento expressivo. Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro não venceria em nenhum dos cenários.
Hoje, data limite imposta pelo TSE, Haddad deve assumir o posto de candidato oficialmente pelo PT. Também haverá a divulgação da pesquisa do Ibope. Enquanto isso, outra notícia que abala a situação política, especialmente a de Alckmin, é a prisão esta manhã de Beto Richa, ex-governador e candidato ao Senado pelo PSDB, em ação da Lava Jato.
No exterior, as preocupações crescentes com o cenário de guerra comercial entre os EUA e seus parceiros econômicos, especialmente a China, fazem com que os índices futuros norte-americanos e as bolsas europeias recuem. A China teria pedido autorização à OMC para impor tarifas aos EUA, em retaliação à política tarifária de Donald Trump. Com isso, as bolsas asiáticas fecharam sem direção definida.
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