O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (31) com uma queda de 2,17%, a 73.019,76 pontos. Dessa forma, após iniciar com 104.259,51 pontos, março terminou com um recuo de 29,90%, o pior mês desde agosto de 1998.
O avanço do coronavírus assola o planeta e impacta os negócios, refletindo o desempenho do Ibovespa. O Itaú divulgou mais uma doação, de R$ 8,5 milhões, para a compra de respiradores e doará ao Ministério da Saúde.
O banco central dos Estados Unidos acredita que a maior potência do planeta já está em recessão, já que milhares de empregos foram perdidos.
Confira as principais notícias dessa terça-feira:
- Doação do Itaú ao Ministério da Saúde
- FMI estima uma recuperação econômica em 2021
- Fed diz que EUA já está em recessão
- CVM altera prazo para entregas de informações periódicas pelas empresas
- Bolsas no exterior
Itaú
O Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4) informou que irá doar R$ 8,5 milhões para que sejam comprados 190 respiradores que ajudarão no tratamento de pessoas que estão com coronavírus. A informação foi divulgada nesta terça-feira (31).
Os aparelhos fabricados serão destinados ao Ministério da Saúde em maio, época em que deve acontecer o pico da doença no Brasil. Assim, os itens produzidos deverão ser divididos entre os hospitais e as ambulâncias.
“A aquisição dos respiradores produzidos pela empresa brasileira KTK prestigia e apoia a indústria nacional em um momento tão delicado para a economia global e do País”, informou o banco.
FMI
Segundo Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), a recuperação econômica mundial dependerá da forma com que o novo coronavírus (Covid-19) será contido. A declaração foi realizada neste terça-feira em conferência com os presidentes dos bancos centrais dos países do G20.
“Nossa previsão de uma recuperação no próximo ano depende de como conseguiremos conter o coronavírus e reduzir o nível de incerteza”, afirmou a diretora. Segundo ela, a recuperação virá quando o nível de incerteza for menor.
Na última semana, Georgieva afirmou que a pandemia do coronavírus pode trazer consequências iguais ou piores à crise financeira enfrentada em 2008. A recuperação desse tombo, no entanto, é esperada em 2021.
Recessão norte-americana
Mary Daly, a presidente do Federal Reserve (Fed) de San Franciso, nos Estados Unidos, disse, nesta terça-feira, acreditar que o país já está em recessão. Segundo ela, isso ocorre pois milhões de pessoas perderam seus empregos e estão em casa devido à pandemia do vírus.
“O Federal Reserve está preparado para fazer o que for necessário para garantir que sejamos parte da solução de apoiar as pessoas contra o vírus, fortalecer a economia dos Estados Unidos e nos colocar na melhor posição para crescer novamente quando o vírus recuar”, afirmou Daly em entrevista ao site “Yahoo Finance”.
Confira: Coronavírus: OMC, OMS e FAO pedem menores resistências no comércio
Daly diz que “se fizermos a coisa certa e nos protegermos e reduzirmos a disseminação do vírus, a economia estará na melhor posição para se recuperar”.
Os Estados Unidos ultrapassaram a China em casos confirmados do coronavírus. Com mais de 177 mil casos e 3,44 mil mortes, até ás 17h desta terça-feira, os país se tornou o novo epicentro da doença no mundo, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana. As informações são da universidade norte-americana John Hopinks.
CVM altera prazo de entrega de resultados
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou que adiará o prazo de entrega de informações periódicas das companhias abertas. Segundo a autarquia, a decisão “está em linha com a Medida Provisória (…) publicada em 30/03”.
A decisão foi tomada para reduzir os impactos na economia nacional, causados pela pandemia do coronavírus. Foi adiado o prazo de entrega das informações como demonstrações financeiras, formulários trimestrais e relatórios produzidos pelos agentes fiduciários.
Em relação ao tempo de prorrogação, o prazo para entrega do primeiro Formulário de Informações Trimestrais das companhias será adiado 45 dias.
Bolsas no exterior
Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior:
- Londres (FTSE 100): +1,95%
- Frankfurt (DAX 30): +1,22%
- Paris (CAC 40): +0,40%
- Milão (FTSE/MIB): +1,06%
- Xangai (SSEC): +0,11%
- Tóquio (Nikkei 225): -0,88%
- Nova Iork (S&P 500): -1,60%
Última cotação
Na última sessão, segunda-feira (30), o Ibovespa encerrou em alta de 1,65%, a 74.639,48 pontos.