Ibovespa encerra em queda de 2,51% com tensões comerciais na China
O Ibovespa encerrou em queda de -2,51%, maior baixa desde o dia 13 de maio, quando foi de -2,69%. O índice acionário fechou o pregão com 100.097,75 pontos nesta segunda-feira (05).
Após mais uma série de tensões entre Estados Unidos e China na guerra comercial, o Ibovespa retornou momentaneamente a casa dos 99 mil pontos. No início do dia, o índice já registrava queda de 0,22%. No entanto, ainda operava em 102.444,08 pontos.
A crise no mercado de minério de ferro na China também abalou o mercado nacional. Entre as principais quedas do dia na B3, estão diversas siderúrgicas e mineradoras.
Os investidores também reagiram a informação de que a Petrobras vai desativar dez plataformas até o ano que vem.
Guerra comercial
Em mais um desdobramento da guerra comercial entre China e Estados Unidos, a moeda chinesa desvalorizou para 7 yuans por dólar. Essa é a menor cotação em uma década.
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A baixa cambial da China é consequência das novas tarifas que os Estados Unidos irão impor sobre produtos chineses. Na última semana, o presidente norte-americano Donald Trump ameaçou taxar US$ 300 bilhões em produtos da do país asiático que ainda não foram tarifados.
As tarifas serão de 10% sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos. Conforme o presidente, as tarifas não valerão para os US$ 250 bilhões em produtos e bens que já foram tarifados em 25%.
Crise de minério de ferro na China
O mercado de minério de ferro na China está sendo abalado pelo aumento da oferta e diminuição da demanda. O país é responsável pela maior parte da oferta e consumo de ferro no mundo.
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Os contratos futuros do minério de ferro estavam negociando a menos de US$ 100 por tonelada, em Cingapura.
O mercado chinês também foi abalado pelas tensões comerciais com os EUA. Assim, a demanda pelo minério de ferro no país asiático e a rentabilidade das usinas são reduzidas.
Com isso, as ações das principais companhias siderúrgicas e de mineração do País registraram queda.
As ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) encerraram o pregão em queda de 5,99%. O papel estava cotado a R$ 14,91.
A Vale (VALE3) registrou queda de 3,85%, a R$ 46,00 por papel. Além disso, a Usiminas (USIM5) também fechou em queda de 3,29%. As ações estavam cotadas a R$ 8,22.
Plataformas da Petrobras
A Petrobras informou que irá desativar dez plataformas antigas até o ano que vem. De acordo com o gerente da estatal, Eduardo Zacaron, a produção de petróleo não será atingida. Isso porque as áreas que serão desativadas não estão mais em atuação há algum tempo.
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As unidades que serão desativadas estão situadas nas bacias de:
- Campos
- Sergipe-Alagoas
- Espírito Santo
No encerramento do pregão, as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) registravam queda de 4,14%. O papel estava cotado em R$ 28,00.
As ações preferenciais (PETR4) fecharam em queda de 3,66%, negociadas a R$ 25,55.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, sexta-feira (2), o Ibovespa encerrou em alta de 0,54% alcançando 102.673 pontos.