Mercado

Ibovespa volta a cair e opera na casa dos 115 mil pontos com NY em baixa; Rumo (RAIL3) cai 4%

Jader Lazarini

03/09/2021 13:41

Atualizado em: 08/09/2021 06:41

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Foto: Pixabay

O Ibovespa volta a cair na tarde desta sexta-feira (3), ampliando as perdas da semana. Na véspera, o índice já havia cedido mais de 2%, em função de entraves políticos e dúvidas sobre a reforma do Imposto de Renda. Hoje, o viés vendedor vem do exterior, que opera em baixa.

Por volta das 13h, o Ibovespa recuava 0,67%, aos 115.893 pontos. O maior índice acionário da Bolsa brasileira caminha para encerrar a semana no vermelho. O dólar, de forma similar, também cai e é negociado, na venda, na casa dos R$ 5,18.

No mercado de commodities, que também agitou os ivestidores nesta semana, as atenções ficam voltadas mais uma vez para o minério de ferro, que subiu pela primeira vez desde segunda-feira (30).

A expectativa por maiores investimentos em infraestrutura e aquecimento do setor de construção fazem com que Vale (VALE3), CSN (CSAN3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) avancem.

O que mais movimenta o Ibovespa hoje

Payroll nos Estados Unidos decepciona;
Rumo anuncia dividendos e despenca;
Fleury comunica nova aquisição.

Criação de empregos nos Estados fica abaixo das expectativas

Em agosto, foram criadas 235 mil vagas de trabalho formais nos Estados Unidos, com a taxa de desemprego recuando para 5,2%.

No mês, os empregadores enxugaram drasticamente a abertura de vagas, em meio aos temores pelo avanço da variante Delta, o que poderia causar novas restrições à mobilidade.

O resultado, divulgado pelo Departamento do Trabalho nesta sexta, ficou bem abaixo do esperado pelos economistas, com um consenso de criação de 750 mil vagas no período. Em julho, haviam sido criadas 1,1 milhão de vagas, e em junho, 962 mil.

Os números podem influenciar o cronograma do Federal Reserve (Fed) para a redução das políticas de estímulo que apoiaram os mercados desde o ano passado.

Um recente aumento nas infecções pelo novo coronavírus fez com que os mercados esperassem que a recuperação econômica norte-americana pudesse ser interrompida, fazendo com que o BC estadunidense cortasse a política monetária acomodatícia.

Na visão do Goldman Sachs, contudo, os planos do BC não devem mudar.

“Os dados de hoje não foram fracos o suficiente, em nossa opinião, para inviabilizar o cronograma para o anúncio de redução gradual do Fed”, diz a instituição em relatório, que vê uma chance de 45% que os estímulos comecem a ser cortados em novembro deste ano.

Fleury volta às negociações de compra

Depois de surpreender o mercado e dizer que avalia uma transação com a Alliar (AALR3), o Fleury anunciou mais uma aquisição.

A empresa disse que sua subsidiária Fleury Centro de Procedimentos Médicos Avançados (CPMA) fechou a compra dos laboratórios Pretti e Bioclínico, por valores não divulgados.

As compras, anunciadas em junho, marcam a entrada do Fleury no Espírito Santo e representam mais um movimento estratégico da empresa, “expandindo sua capilaridade nacional e complementando ainda mais sua oferta na região sudeste do País”, conforme o fato relevante divulgado à época.

A receita bruta do Pretti foi de R$ 53,6 milhões em 2020 e a empresa foi avaliada para fins da transação por R$ 193,1 milhões.

Já o Bioclínico teve receita bruta de R$ 42 milhões no ano passado e o valor para a transação foi de R$ 122 milhões.

“As aquisições fortalecem o portfólio do grupo Fleury, com a expansão geográfica, além de maior consolidação de mercado, posicionando o grupo para aproveitar o cenário pós-pandêmico”, diz a Guide Investimentos em comentário.

“Salienta-se que o setor de saúde vem observando diversas aquisições realizadas pelos principais players, por ser bastante pulverizado.”