O Ibovespa opera em leve queda no início da tarde desta terça-feira (16), pressionado por áreas e setor bancário. Os investidores estão de olho no cenário político, com a mudança na liderança do Ministério da Saúde. O mercado também segue no aguardo de mais informações sobre a política monetária doméstica e exterior. [Baixe agora o relatório gratuito de AZUL4].
Por volta das 14h, o Ibovespa caía 0,83%, para 113.894 pontos, devolvendo parte dos ganhos da alta de quase 2% do último pregão.
O maior índice acionário da Bolsa brasileira é puxado para baixo por Santander (SANB11), que cai 3,06%, Bradesco (BBDC4), em baixa de 2,80% e Itaú (ITUB4), que recua 2,51%. Juntos, os papéis das três instituições financeiras representam cerca de 11% da carteira teórica do Ibovespa.
Os investidores das instituições observam um possível aumento da taxa básica de juros da economia (Selic) pelo Copom. O colegiado do Banco Central (BC) se reunirá hoje e amanhã para decidir sobre o futuro da taxa, que afeta a operação dos bancos.
As vendas no varejo nos Estados Unidos em fevereiro também pegaram o mercado de surpresa — negativamente. O indicador teve leitura pior do que o esperado, caindo 3% no mês (contra a expectativa de -0.5%). Em contrapartida, houve revisão do número anterior de alta de 5,3% para 7,6%.
Aqui, por outro lado, fora do índice, chama atenção a disparada das ações da Mosaico (MOSI3). A XP Investimentos e o BTG Pactual recomendaram a compra dos papéis — fazendo com que disparassem mais de 12%.
As corretoras observam que a companhia está descontada frente à Méliuz (CASH3), mesmo ainda sem atuar no negócio de cashback. O crescimento médio anual de vendas até 2025 deve atingir 50%.
O que sobe e o que cai no Ibovespa
- Usiminas (USIM5) sobe 7,73% com bom momento da commodity. Alta do dólar contribui para que ação disparasse 22% no último mês;
- CSN (CSNA3) avança 3,71% após decidir elevar o preço do aço, entre 10% e 15%, a partir de abril;
- Klabin (KLBN11) dispara 3,56% e Suzano (SUZB3) tem alta de 3,60%. Para a Ágora Investiementos, os estoques ficaram apertados até o fim do terceiro trimestre;
- Embraer (EMBR3) cai 5,04%, CVC (CVCB3) recua 4,92% e Gol (GOLL4) tomba 4,09% com após suspensão de vacinas na Europa;
- EzTec (EZTC3) cai 3,92% e JHSF (JHSF3) retrai 3,84% antes de elevação da taxa de juros no País, contraproducente a financiamentos imobiliários.
Mesmo com as dificuldade encontradas no horizonte do setor imobiliário, a Mitre (MTRE3) continua colocando seus planos do IPO em prática, segundo o BTG Pactual.
Para a instituição, os resultados do quarto trimestre do ano passado foram sólidos, com aumento da margem bruta e resultados financeiros positivos. O lucro líquido ficou acima do estimado, com um Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) de 9%.
“Nossa visão positiva sobre Mitre não mudou: acreditamos que a empresa está bem posicionada (com um banco de terrenos considerável e ótimos produtos voltados para consumidores de renda média e alta), enquanto o valuation parece atraente”, diz o banco de investimento. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 20.
Última cotação
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última segunda com uma alta de 0,60%, a 114.850,74 pontos.