Ibovespa encerra em queda de de -2,59 % a 102.983,54 pontos
O Ibovespa encerrou nesta quinta-feira (27) em queda de -2,59
O Ibovespa variava negativamente a 1,74%, a 103.882,74 pontos. O mercado permanece repercutindo o pessimismo dos investidores em relação ao coronavírus.
O índice subiu durante a tarde e chegou ao patamar a mais de 106 pontos. O cenário, entretanto, não se sustentou e o Ibovespa voltou a cair durante o resto do dia.
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado:
- Tensões acerca da epidemia de coronavírus
- Risco-país volta a crescer depois de quatro meses
- Ações da Ambev (ABEV3) chegam a cair 9%
Coronavírus
O Ministério da Saúde confirmou na quarta-feira (26) o primeiro caso de coronavírus no Brasil. O paciente, que reside em São Paulo, é um homem de 61 anos que viajou para Itália entre os dias 9 e 21 de fevereiro.
Além disso, a Nestlé pediu aos seus funcionários que adiem temporariamente todas as viagens de negócios internacionais.
Fabricantes de celulares, como Motorola, Samsung e LG, reduziram a produção de aparelhos e dão férias coletivas aos trabalhadores devido a dificuldade de receber os produtos importados da China por causa do novo coronavírus.
Saiba mais: Coronavírus: fábricas de celulares reduzem produção e dão férias coletivas
No total, 42% dos componentes para a produção de eletroeletrônicos no Brasil são provenientes da China, e outros 38,3% de países asiáticos. No ano de 2019 foram negociados R$ 32,8 bilhões em produtos.
Risco-país atingiu maior patamar em quatro meses
Risco-país brasileiro atingiu nesta quinta-feira (27) o maior patamar em quatro meses. Segundo dados da Markit, o spread dos contratos de Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do país subiu de 111 a 131 pontos.
Saiba mais: Risco-país alcança maior patamar desde outubro
Este é o maior nível do CDS, um seguro contra calotes, desde outubro de 2019, quando o indicador chegou a 132 pontos.
O spread do CDS brasileiro registrou uma alta acumulada de 40%, desde a última sexta-feira (21). O ganho pode ser comparado com países de situação semelhantes na América Latina como México (41,5%) e Colômbia (43,4%).
O avanço de 17,1% também segue traço observado em países vizinhos de situação comparável a brasileira. O México registrou 19,5%, comparado aos 19,,3% da Colômbia.
Ações da Ambev (ABEV3) chegam a cair 9%
As ações da Ambev (ABEV3) registraram queda de até 9% após a divulgação de seu balanço do quarto trimestre e do ano de 2019. O mercado reagiu negativamente aos números divulgados nesta quinta-feira (27) pela maior fabricante de cervejas da América Latina.
Saiba mais: Ações da Ambev (ABEV3) chegam a cair 9% após divulgação do resultado
Por volta das 11h30, os papéis ordinários da Ambev registravam queda de 9% sendo negociados a R$ 14,32. Os analistas informaram que os resultados operacionais foram mais fracos do que os projetados.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, quarta-feira, o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 7% a 105.718,29 pontos.