Ibovespa fecha em alta, aos 128 mil pontos; Petrobras (PETR4) sobe, Vale (VALE3) tomba e Gol (GOLL4) recua
O Ibovespa abriu a sessão desta quinta-feira (25) em alta, e por volta das 16h20, o índice subia 0,40% aos 128.379 pontos. O índice passou a recuar às 17h15. No fechamento, o Ibov subiu 0,28%, aos 128.168 pontos.
A Gol (GOLL4), que anunciou agora há pouco que vai pedir recuperação judicial nos EUA, teve negociações interrompidas por 30 minutos. Chegou a entrar em leilão. O papel da aérea saiu de leilão às 17h40, valendo R$ 6,50, em queda de 2,26%.
Os mercados repercutem uma série de dados dos Estados Unidos e a decisão sobre juros na zona do euro.
Foram divulgados o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e os pedidos semanais de auxílio-desemprego dos EUA. O PIB cresceu ao ritmo anualizado de 3,3% no quarto trimestre de 2023, ficando acima do teto das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 2,8%. Já os pedidos de auxílio-desemprego avançaram mais do que o previsto.
“Teoricamente, uma atividade muito aquecida subentende um Fed menos agressivo em relação a início de corte de juros. Claro que a economia crescendo é um bom sinal, mas o maior termômetro são os dados de emprego. Com mais pessoas pedindo auxílio-desemprego, sugere um crescimento sustentável com uma inflação controlada”, avalia Sidney Lima analista da Ouro Preto Investimentos.
Neste sentido, abre-se espaço para recuo dos juros. Por ora, a maior chance é de que isso comece em maio deste ano. Um sinal que reforça isso é o recuo dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.
Os contratos futuros de petróleo avançaram nesta quinta-feira, 25, estendendo ganhos da sessão anterior e atingindo máximas desde fins de novembro. O WTI para março fechou em alta de 3,02% (US$ 2,27), a US$ 77,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril avançou 2,93% (US$ 2,33), a US$ 81,96 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A cotação do petróleo ajudou a Petrobras: Petrobras ON (PETR3) sobe 4,66% a R$ 41,07 e Petrobras PN (PETR4) sobe 3,43% a R$ 39,18.
A Vale (VALE3), por sua vez, cai 2,49% a R$ 68,16, mesmo com o minério de ferro fechando em nova alta nesta madrugada na China, em linha com o estímulos promovidos pelas autoridades do país. Especulações em torno da indicação de Guido Mantega pelo governo e cúpula do PT para o comando da mineradora fazem o papel chegar à mínima do dia.
A maior alta do Ibovespa é de Magazine Luiza (MGLU3), +7,8% a R$ 2,07. Na ponta negativa, destaque para Pão de Açúcar (PCAR3), -2,38% a R$ 4,11.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York abriram a sessão em alta, repercutindo o PIB dos Estados Unidos, que subiu 3,3% no quatro trimestre de 2023 ante o trimestre anterior, ante consenso de 2%. Já o indicador de inflação PCE teve variação de 1,70% no período, ante dado anterior de 2,60%
Confira o desempenho do mercado em NY no fechamento:
- Dow Jones: +0,64% a 38.049 pontos
- S&P500: +0,53% a 4.894 pontos
- Nasdaq: +0,18% a 15.510 pontos
No radar dos investidores
Os investidores devem repercutir dados macroeconômicos dos Estados Unidos, que podem dar mais pistas sobre os próximos passos da condução da política monetária por lá.
No Brasil, em diz de agenda esvaziada, o destaque fica por conta do Índice de Confiança do Consumidor, divulgado pela FGV, que caiu 2,4 pontos em janeiro, para 90,8, menor nível desde maio de 2023.
Por aqui, o feriado do aniversário da cidade de São Paulo tende a reduir a liquidez da bolsa.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje fechou em queda de 0,19% a R$ 4,9229.
Bolsas asiáticas fecham em alta com estímulos na China
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira (25), com as ações chinesas estendendo ganhos recentes, após Pequim anunciar uma série de medidas de estímulo para impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
No terceiro dia consecutivo de ganhos, os mercados da China continental lideraram a onda positiva hoje: o índice Xangai Composto saltou 3,03%, a 2.906,11 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,62%, a 1.689,98 pontos.
Ontem, o banco central chinês (PBoC) anunciou um corte na taxa de compulsório bancário que deve injetar cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 141 bilhões) na economia. Além disso, divulgou regras para empréstimos direcionados ao setor imobiliário, que enfrenta sérias dificuldades há anos.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 1,96% em Hong Kong, a 16.211,96 pontos, e o Taiex registrou alta de 0,71% em Taiwan, a 18.002,62 pontos, enquanto as bolsas de Tóquio e de Seul tiveram ganhos apenas marginais. O japonês Nikkei subiu 0,03%, a 36.236,47 pontos, e o Kospi teve avanço idêntico, de 0,03%, a 2.470,34 pontos, após a Coreia do Sul publicar dados de crescimento um pouco melhores do que o esperado.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo quinto pregão consecutivo, com destaque para o setor minerador. O S&P/ASX 200 avançou 0,48% em Sydney, a 7.555,40 pontos.
Europa fecha mista após BCE
As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quinta-feira, enquanto os investidores digeriam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Por mais que a instituição tenha deixado juros inalterados, alguns analistas identificaram um subtexto “dovish” no tom da presidente Christine Lagarde.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com alta de 0,32%, aos 478,64 pontos.
Já era amplamente esperado que o BCE mantivesse suas taxas de política monetária nesta quinta-feira. Na coletiva de imprensa que se seguiu, Lagarde reafirmou que os juros poderão ser cortados a partir de junho, no verão local, mas evitou responder diretamente se isso descarta a possibilidade de o afrouxamento começar antes.
Para o analista Michael Hewson, da CMC Markets, essa esquiva deixou na mesa a possibilidade de um corte em março ou maio, e ajudou os mercados europeus a saírem das mínimas do dia e voltarem para território positivo.
Mais cedo, o instituto Ifo informou queda inesperada no seu índice de sentimento das empresas da Alemanha. Na visão do HFE, o dado confirma que a economia alemã está em contração. Indicadores fracos de atividade tendem a reforçar expectativas de uma política monetária mais branda.
Na Bolsa de Frankfurt, o DAX fechou com alta de 0,10%, aos 16.906,92 pontos; em Paris, o CAC 40 subiu 0,11%, aos 7.464,20 pontos; em Milão, o FTSE MIB cedeu 0,60%, aos 30.157,80 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,52%, aos 6.294,55 pontos. As cotações são preliminares.
Fora da zona do euro, a consultoria financeira St. James Place teve um dos piores desempenhos da Bolsa de Londres, caindo 4,38% na esteira da publicação do seu balanço trimestral. O índice britânico FTSE 100 fechou com alta de 0,03%, aos 7.529,73 pontos.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Ibovespa na quarta-feira
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (24) em queda de 0,35%, aos 127.815,70 pontos.