Ibovespa: pesquisa da XP indica maior apetite por risco

A mais recente pesquisa realizada pela XP Investimentos com seus assessores e escritórios autônomos filiados revelou uma melhora no sentimento em relação ao Ibovespa. Vale lembrar que o levantamento anterior, referente à janeiro, já havia indicado uma tendência de aumento no apetite pelo risco.

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A pesquisa da XP de fevereiro, que contou com 161 respostas, aponta para uma redução do pessimismo em relação às ações, ainda que a renda fixa continue sendo a classe de ativo preferida entre os investidores.

Confira a seguir os principais pontos da pesquisa:

  • O percentual de clientes que pretendem aumentar a exposição à renda variável subiu para 20% (+2 p.p. em relação ao mês anterior);
  • A parcela de clientes que busca reduzir sua alocação em ações caiu para 17% (-13 p.p.);
  • O sentimento médio do investidor em relação à Bolsa subiu para 5,8 (de 5,0 em janeiro) em uma escala de 0 a 10;
  • Renda fixa segue como a classe de ativo mais preferida, com 76% dos clientes demonstrando interesse (-6 p.p.);
  • Preocupações com riscos fiscais, juros elevados e instabilidade política continuam sendo os principais fatores que impactam a tomada de decisão dos investidores.

A pesquisa revelou um crescimento na intenção de manter ou aumentar a alocação em renda variável. Enquanto 63% dos clientes não pretendem alterar suas alocações (+10 p.p.), a parcela daqueles que desejam ampliar sua exposição subiu para 20%.

O sentimento geral dos investidores em relação ao Ibovespa também apresentou melhora, com 37% dos respondentes atribuindo notas 7 ou maiores para a Bolsa, um aumento de 9 p.p. na comparação mensal.

A projeção média para o Ibov ao final de 2025 foi de 130 mil pontos, o que representa uma valorização modesta em relação ao patamar atual de aproximadamente 125 mil pontos.

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Apesar da leve recuperação no apetite por risco, a renda fixa continua sendo a classe de investimento mais procurada, com 76% dos clientes demonstrando interesse. Fundos de renda fixa (53%) e investimentos internacionais (47%) aparecem logo atrás na preferência dos investidores.

Já o interesse por ações cresceu para 26% (+8 p.p.), enquanto os fundos multimercado e fundos de renda variável seguem com menor procura, com apenas 9% e 3% de interesse, respectivamente.

Sobre a temporada de resultados do 4T24, a maioria dos clientes (60%) se mantém neutra em relação às expectativas, enquanto 24% demonstram otimismo e 13% se mostram pessimistas.

As incertezas fiscais seguem como a maior preocupação do mercado, com 66% dos assessores apontando essa como a principal fonte de risco para a Bolsa e o Ibovespa (+5 p.p.). Além disso, juros elevados no Brasil e instabilidade política também figuram entre os principais receios dos investidores.

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Guilherme Serrano

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