Ibovespa sobe quase 1% na esteira da aprovação da PEC Emergencial
O Ibovespa abriu em alta nesta quinta-feira (4), se descolando dos mercados globais que operam no vermelho. O impulso à Bolsa brasileira é explicado, sobretudo, por conta da aprovação Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial no Senado, aliviando o risco fiscal.
Por volta das 10h35, o Ibovespa avançava 0,94%, para 112.227 pontos. O pregão de ontem foi marcado pela altíssima volatilidade. Por conta do receio de furo do teto de gastos, o índice acionário caía 3,6% até a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, dizendo que “são infundadas todas as especulações sobre furar o teto”.
O mercado encerrou o dia com uma leve queda, também marcado por uma disparada dos juros futuros. Nesta manhã, os contratos futuros, tanto para janeiro de 2022 como para 2027, operam em leve queda, normalizando o movimento dadas as notícias positivas.
A PEC emergencial destina R$ 44 bilhões para novas parcelas do auxílio emergencial, uma demanda do Congresso para sustento dos mais prejudicados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O projeto inclui gatilhos de corte de gastos para munícipios, estados e União como formas de contrapartidas.
A análise da proposta em segundo turno deve ser retomada a partir das 11h. Para a corretora Guide, “a expectativa é que o resultado do segundo turno se assemelhe ao do primeiro, sem a grande volatilidade causada pelos rumores que acometeram no mercado ontem”.
Ainda por aqui, mas no front corporativo, chama atenção os resultados de Via Varejo (VVAR3), divulgados após o fechamento do último pregão e uma forte queda de suas ações. O resultado de Azul (AZUL4) também segue no radar dos investidores após a retomada da força da pandemia no País.
O Brasil registrou 1.840 mortes em 24 horas encerradas às 20h de ontem, novamente batendo o recorde de mortes em um dia. Pelo quinto dia seguido, o país bateu seu recorde também na média móvel de mortes em 7 dias, com a marca de 1.332, alta de 29% em comparação com a média de 14 dias anteriores.
Lá fora, os mercados operam de forma negativa, no aguardo das declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), acerca da pressão inflacionária dos últimos dias, impactando os ativos de risco, como as ações.
“A expectativa é que Powell volte a defender a postura paciente do BC estadunidense, em busca de alinhar as expectativas do mercado com às da instituição – o momento vivido é curioso: na história, o Fed sempre antecipou o aperto na política monetária com relação às expectativas do mercado, hoje, o contrário está ocorrendo”, diz o relatório da Guide.
O mercado de commodities nesta manhã fica atento aos desdobramentos da reunião da OPEP+. O cartel definirá sua decisão em relação à produção do petróleo do próximo mês. É esperado um novo corte da produção, com o objetivo de estancar a disparada dos preços do barril nas últimas semanas. O Brent opera em alta de 0,73%, a US$ 64,53.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h40:
- Ultrapar (UGPA3): +5,60%
- Sabesp (SBSP3): +4,35%
- Eletrobras (ELET3): +4,35%
- Bradesco (BBDC4): +4,17%
- IRB Brasil (IRBR3): +4,08%
- PetroRio (PRIO3): -0,92%
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): 1%
- Vale (VALE3): -1,05%
- Bradespar (BRAP4): -1,10%
- Usiminas (USIM5): -1,85%
Mercados globais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,02%
- Londres (FTSE 100): -0,39%
- Frankfurt (DAX 30): -0,27%
- Paris (CAC 40): -0,18%
- Milão (FTSE/MIB): -0,05%
- Hong Kong (Hang Seng): -2,15%
- Xangai (SSE Composite): -2,05%
- Tóquio (Nikkei 225): -2,13%
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quarta-feira (3) com uma baixa de 1,09%, a 111.539,80 pontos.