Apesar do Ibovespa hoje ter encerrado o pregão em queda de 1,52%, cotado a 108.893,32 pontos, fechou o melhor novembro do século quando valorizou 15,9% este mês. O montante acumulado ainda representa o melhor volume mensal desde março de 2016, quando o índice reportava alta de 16,97%.
Apesar do Ibovespa ter seu melhor novembro desde 1999 após ganhos significativos nas sessões passadas, ainda assim, não foi possível reverter a perda acumulada em 2020, que fica em 5,84%.
Vale destacar que a evolução do índice da referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) neste mês foi puxada pelo fluxo de investimentos estrangeiros. Dados da Bolsa apontam que até o dia 26 deste mês, o saldo de entrada foi de R$ 31,462 bilhões, o maior nível da série de dados mensais desde 1995. Por outro lado, no ano, o saldo de retiradas ainda é de R$ 53,424 bilhões.
Além disso, o mercado seguiu esperançoso com as notícias sobre as vacinas contra a Covid-19, apesar do avanço da doença ao redor do mundo.
Em novembro, foram vários resultados positivos dos tão esperados imunizantes contra o novo coronavírus, que poderiam viabilizar o retorno à normalidade. Desse modo, os números da vacina da Pfizer, da Moderna e da AstraZeneca-Oxford, todas com percentuais de eficácia acima de 90% (com direito a polêmica envolvendo a vacina britânica); animaram os mercados durante o mês.
Maiores altas e baixas do Ibovespa em novembro
Em relação as ações que mais valorizaram no mês, estão:
- AZUL4, com alta de 68,60%
- PRIO3, com alta de 60,19%
- GOLL4, com alta de 49,90%
- CVCB3, com alta de 48,45%
- YDUQ3, com alta de 44,07%
Já as maiores baixas do mês foram:
- BTOW3, com queda de 6,43%
- MGLU3, com queda de 5,08%
- WEGE3, com queda de 2,98%
- FLRY3, com queda de 2,89%
- LAME4, com queda de 1,29%
Bolsas internacionais também têm novembro histórico
Embora os principais índices acionários das bolsas mundiais tenham fechado a sessão desta segunda-feira no vermelho, assim como o Ibovespa, o recuo, não impediu o S&P 500 e os indicadores globais de conseguirem fortes ganhos em novembro.
O índice Stoxx 600, que reúne empresas capitalizadas em diversas bolsas europeias, saltou 11,93% neste mês, para anotar o melhor desempenho mensal de sua história. No mesmo sentido, o Dow Jones Industrial fechou novembro com a melhor performance em mais de três décadas, enquanto S&P 500 estampou seu melhor novembro desde sua criação.
O DJIA subiu 12%, no melhor mês desde janeiro de 1987, ao passo que o S&P 500 avançou 11%, enquanto o índice composto da Nasdaq também anotou uma alta de 12%.
O ponto comum que une as bolsas mundiais em torno do rali em novembro também concerne às notícias promissoras referentes às vacinas experimentais contra a covid-19.
Além disso, as bolsas globais também seguiram o otimismo após a vitória de Joe Biden na corrida presidencial dos EUA.
Comentando sobre o desempenho das bolsas globais, a estrategista-chefe de mercado da Kleinwort Hambros, Fahad Kamal, disse ao jornal ‘Financial Times’, na última sexta-feira (27) que “é incrível, absolutamente impressionante”, “todos [os ganhos do mês] ligados a um fator crucial e essa é a vacina”.
Já a gerente de fundos da Columbia Threadneedle Investments, Maya Bhandari, afirmou ao jornal que “a eleição dos EUA juntamente com a vacina [notícias] removeu dois riscos de cauda bastante significativos do mercado”. Ela completou dizendo que “ainda parece haver espaço para adicionar mais [aos ganhos]”.
Última cotação do Ibovespa
Após cinco altas consecutivas, o Ibovespa hoje encerrou o pregão em baixa de 1,52%, cotado a 108.893,32 pontos.
Com informações do Estadão Conteúdo