Ibovespa mantém alta na reta final da sessão; Alpargatas (ALPA4) lidera ganhos e Casas Bahia (BHIA3) tem a maior queda

O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira (18), acima dos 131 mil pontos. Na reta final da sessão, por volta das 17h30, o índice avançava 0,79% aos 131.226 pontos.

O petróleo, que teve altas superiores a 3% durante o dia, fechou a sessão com avanço de cerca de 1,50%, em linha com o aumento das tensões no Mar Vermelho.

Nessa linha, a Petrobras opera em alta: Petrobras ON (PETR3) avança 1,86% a R$ 37,72 e Petrobras PN (PETR4) ganha 1,55% a R$ 35,96.

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A Vale (VALE3) por sua vez, tem alta de 0,81% a R$ 74,46, na contramão do minério de ferro, que fechou em queda nesta madrugada em Dalian, na China.

O maior avanço do Ibovespa agora é de Alpargatas (ALPA4), com +5,92% a R$ 9,49.

Na ponta negativa, a principal queda da sessão segue com Casas Bahia (BHIA3), -6,54% a R$ 10,44.

Mercado em NY

Os principais índices acionários dos Estados Unidos mantêm o ritmo altista que predomina desde a abertura do mercado por lá.

O dia tem agenda esvaziada, mas nesta semana, dados referentes ao PIB e a inflação medida pelo PCE, indicador preferido do Federal Reserve, devem mexer com o humor do mercado em NY.

Confira a cotação das bolsas americanas por volta de 16h20:

  • Dow Jones: +0,06% a 37.328 pontos
  • S&P500: +0,58% a 4.746 pontos
  • Nasdaq: +0,80% a 14.932 pontos

No radar dos investidores

No radar dos investidores, está a repercussão da aprovação pela Câmara dos Deputados na sexta-feira (15) da reforma tributária em dois turnos e com placar confortável. No exterior, o mercado está atento aos dados de inflação PCE dos Estados Unidos, o que também pode mexer com o Ibovespa.

Mais cedo, o boletim Focus mostrou que o mercado financeiro diminuiu pela segunda semana seguida a previsão para a inflação oficial, o IPCA, ao final deste ano, após a última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom).

Segundo o documento, o mercado espera que o principal indicador de inflação, termine 2023 em 4,49%, abaixo da projeção da semana passada (4,51%) e das últimas quatro semanas (4,55%).

Os investidores também aguardam a divulgação da Ata do Copom nesta terça-feira (19), que vai reforçar os pontos apresentados no comunicado que acompanhou a última decisão de juros do Banco Central, além de perspectivas sobre o cenário que a autoridade monetária considera para os próximos passos da economia.

Na agenda corporativa, em fato relevante divulgado na manhã desta segunda-feira (18), a Americanas (AMER3) informou que conta com o apoio de 57% dos credores da companhia para a aprovação do plano de recuperação judicial. A assembleia para deliberar sobre o assunto está marcada para esta terça-feira (19).

Maiores altas e baixas do Ibovespa

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Cotação do dólar hoje

O dólar à vista fechou em queda de 0,66% a R$ 4,9048, após oscilar entre R$ 4,9513 e R$ 4,8930.

Em relação a moedas fortes pares como o euro e a libra, a moeda americana se desvalorizou um pouco nesta manhã, após ter subido com demanda corporativa para remessas ao exterior e ajustes de posições defensivas nesta última semana completa de negócios antes do Natal e virada de ano, analisa Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.

Enquanto isso, os investidores sinalizam procurar por segurança preocupado com o fraco desempnheo das economias na Europa e com o crescimento da China neste ano.

Nos Estados Unidos alguns dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) já estão moderando o discurso sobre corte de juros em 2024, após a manutenção das taxas em 5,25% a 5,50% e da fala “dovish” do presidente do Fed, Jerome Powell, na última quarta-feira. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, alertou ontem que ainda é cedo para declarar vitória contra a inflação. O comentário se soma ao de outros dirigentes do Fed na sexta-feira, sugerindo que o início do corte de juros pode não estar tão perto quanto os investidores esperam.

Bolsas asiáticas e europeias operam em direções opostas nesta segunda

As bolsas asiáticas não registraram sinal único nesta segunda-feira (18), mas o tom negativo prevaleceu. Xangai e Tóquio estiveram entre as baixas, enquanto Seul foi exceção, com ganhos modestos.

Bolsa de Xangai teve queda de 0,40%, para 2.930,80 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 1,25%, a 1.805,44 pontos. Papéis de semicondutores e empresas de telecomunicação pesaram, com LONGi Green Energy Technology em queda de 2,4% e Will Semiconductor, de 2,05%. Wingtech Technology caiu 2,3% e China Spacesat, 1,1%. Por outro lado, empresas de transporte marítimo de mercadorias subiram, com Cosco Shipping em alta de 6,0% e Ningbo Zhoushan Port, de 0,8%.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 0,64%, em 32.758,98 pontos. A realização de lucros influiu, após um rali de ganhos visto nas últimas sessões. Ações ligadas ao consumo e do setor financeiro pegaram hoje, com Sony em baixa de 2,2%, Marubeni de 0,6% e Mitsui, de 0,8%. SMFG caiu 1,8% e Mizuho Financial, 1,3%. Já entre montadoras Toyota Motor avançou 0,7% e Nissan Motor, 1,5%. Investidores aguardavam decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), nesta terça-feira.

Ainda entre as bolsas asiáticas, em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou queda de 0,97%, a 16.629,23 pontos. O setor de semicondutores e papéis ligados ao consumo pesaram nesse mercado, com investidores à espera de mais estímulos de Pequim, em meio ao sentimento fraco sobre a perspectiva para a segunda economia global. Xinyi Solar liderou as perdas, em queda de 5,95%. Haidilao International China Mengniu Dairy caíram 3,7% e 3,5%, respectivamente. Entre os poucos papéis que subiram, Orient Overseas (International) avançou 4,2% e Techtronic Industries, 3,6%, enquanto Alibaba ganhou 0,6%.

Na Bolsa de Seul, o índice Kospi registrou alta de 0,13%, em 2.566,86 pontos. Ações de varejistas e a entrada de capital de investidores estrangeiros sustentaram os ganhos, no mercado sul-coreano, mas o quadro geral foi misto. Posco subiu 2,0% e LG Chem, 1,0%, porém Samsung Electronics caiu 0,55% eKB Financial Group, 1,3%.

Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,12%, a 17.652,03 pontos.

Ainda nas bolsas asiáticas, na Oceania, na Bolsa de Sydney, o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,22%, em 7.426,40 pontos, encerrando uma sequência de seis dias de ganhos. O pregão desta segunda-feira foi volátil na praça australiana. O setor financeiro caiu 0,2%, enquanto ações do setor de saúde e de consumo discricionário avançaram. Neuren Pharmaceuticals disparou 30%, como reação a testes bem-sucedidos, e Tabcorp subiu 23%, após a empresa de apostas e entretenimento assegurar uma licença lucrativa no Estado de Victoria, na Austrália.

Bolsas da Europa operam sem direção única nesta segunda-feira

As bolsas europeias não exibem direção única, nas primeiras horas do pregão desta segunda-feira (18). A abertura foi negativa, mas Londres firmava ganhos, com Lisboa também em alta, enquanto Frankfurt ainda cai.

Na agenda, um dado confirmou o quadro fraco na Alemanha, enquanto na política monetária um dirigente do Banco Central Europeu (BCE) advertiu que o mercado estaria otimista em excesso quanto à perspectiva de relaxamento monetário mais adiante pela instituição.

Na agenda de indicadores, o instituto Ifo informou que seu índice de sentimento das empresas da Alemanha recuou de 87,2 (dado revisado nesta segunda, de 87,3 antes informado) em novembro a 86,4 em dezembro, quando analistas ouvidos pela FactSet previam 87,5.

O índice sobre as condições atuais caiu de 89,4 em novembro a 88,5 em dezembro e o de expectativas, de 85,1 a 84,3. O Commerzbank qualificou o Ifo como “um banho de água fria”, após o índice de sentimento das empresas no país ter avançado por duas vezes seguidas.

O Ifo segue em território de recessão e o PIB da Alemanha deve sofrer contração modesta no quarto trimestre deste ano e também no primeiro trimestre do ano seguinte, acredita o banco. O Commerzbank projeta contração de 0,3% para o PIB alemão em 2024.

Entre dirigentes do BCE, Bostjan Vasle disse à Reuters que o mercado se mostra otimista em demasia quanto à perspectiva de cortes de juros pelo banco central, diante de uma inflação ainda persistente e acima da meta de 2% do BCE. Na agenda desta segunda, mais dirigentes do BCE têm eventos públicos hoje, entre eles o economista-chefe, Philip Lane.

Cotação do Ibovespa na sexta (15)

Ibovespa terminou o pregão de sexta-feira (15) em queda de 0,49% aos 130.197,10 pontos.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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