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Ibovespa: Itaú BBA indica ações para junho; Vale (VALE3), B3 (B3SA3) e Klabin (KLBN3) estão na lista

Ibovespa: Foto: iStock.

Ibovespa: Foto: iStock.

O Itaú BBA atualizou sua carteira “Radar de Preferências” para junho, incluindo ações do Ibovespa. Na lista do próximo mês entraram a Klabin (KLBN3), Vale (VALE3) e B3 (B3SA3)  no lugar da Suzano (SUZB3), Usiminas (USIM5) e Caixa Seguridade (CXSE3), respectivamente. 

Em novo relatório, o BBA ressaltou que Klabin é a ação preferida no setor de papel e celulose, destacando que a empresa se beneficia da forte dinâmica da indústria de celulose, com aumentos contínuos de preços devido a uma combinação de demanda robusta e oferta limitada, além de cortes crescentes na produção.

“Além disso, Klabin é uma opção mais ‘sem ruído’ em comparação à Suzano, que manifestou interesse em adquirir a International Paper. Acreditamos também que há potencial para uma revisão positiva nas estimativas de Ebitda de Klabin para 2024”, dizem os analista do BBA.

Por sua vez, na área de mineração e siderurgia, as ações da Vale são as preferidas devido a melhores perspectivas para o segmento. 

“Espera-se que os preços do minério de ferro se mantenham na faixa de US$ 115-120 por tonelada, o que pode trazer uma valorização potencial em relação à estimativa do banco de US$ 110 por tonelada para o preço médio em 2024”, diz o BBA. 

Além disso, o banco espera que questões importantes para a Vale, como a renovação das concessões ferroviárias e o acordo Samarco/Mariana, sejam resolvidas em breve, o que pode servir como catalisador das ações. 

O banco também tem uma visão positiva para a ação da B3, baseada na expectativa de um mercado de capitais mais ativo com a redução da taxa de juros. “Mesmo que a queda da Selic esperada para o ano seja menor do que o previsto há alguns meses, o grande desconto no preço das ações cria uma assimetria de valorização positiva em nossa visão”, diz.

Ibovespa: veja a carteira de preferência do BBA

A carteira do BBA inclui:

Ibov chega perto do fim do semestre em tom negativo

Após ter se aproximado dos 130 mil pontos no início de maio, o Ibovespa vem perdendo força semana a semana, e hoje negocia no patamar dos 124 mil pontos. Com o mês de junho batendo à porta, o índice se aproxima do final do semestre em tom pessimista. Mas o que gerou essa aversão ao risco no Ibov? A Bolsa brasileira ainda pode virar o jogo ao longo de 2024?

Entre o fim do ano passado e o início deste ano, houve um clima de euforia que levou o Ibov às máximas históricas, na casa dos 134 mil pontos. Esse cenário foi motivado, sobretudo, por uma expectativa de redução nos juros dos Estados Unidos, que acabou por não se concretizar.

“Começamos o ano muito otimistas, dada uma trajetória de queda de juros muito acentuada. Nos Estados Unidos, havia uma expectativa de sete cortes ao longo do ano. Mas essa expectativa mudou por completo”, diz Beto Saadia, economista e diretor de investimentos da Nomos.

“O mercado como um todo criou uma expectativa muito boa nos últimos dois meses do ano passado. E este primeiro semestre de 2024 colocou todo mundo na realidade de novo. Serviu para acalmar um pouco as expectativas”, completa Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Portanto, os dados de inflação e atividade nos Estados Unidos que impediram o corte de juros por lá são a primeira razão para uma deterioração das expectativas em relação à Bolsa brasileira. Depois disso, o próprio cenário doméstico passou a suscitar dúvidas.

“A mudança da meta fiscal fez com que o cenário se deteriorasse. É isso que vem impactando o índice negativamente. Teve a questão da Petrobras, que também é uma pauta fiscal, a partir do momento que a gente espera menos dividendos. Teve uma deterioração da relação do Planalto com o Congresso, pautas bombas”, afirma Saadia.

“Hoje, há um fluxo estrangeiro de saída muito forte. Então precisaríamos ter um fluxo interno muito grande para ver a Bolsa pelo menos andando de lado. Mas isso não tem ocorrido exatamente pelos riscos fiscais”, diz Faust.

O tão esperado ciclo de cortes nos juros norte-americanos pode acontecer em julho. Caso esse cenário se concretize, portanto, a Bolsa no Brasil pode ter dias melhores no segundo semestre.

“Acreditamos que o cenário segue apontando para o lado certo, que é a queda em julho. Então é natural que a gente não veja o Ibovespa caindo para baixo do patamar dos 125 mil pontos. Mas, certamente, o mercado segue com a questão fiscal no radar”, completa Faust.

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