Ibovespa recua com inflação nos EUA e avanço de vendas no varejo
O Ibovespa abriu em queda nesta terça-feria (13), refletindo o cenário dos mercados internacionais após a divulgação da inflação aos consumidores em março e avanço das vendas no varejo por aqui.
Por volta das 10h28, o Ibovespa caía 0,55%, para 118.158 pontos. O aumento dos preços na economia estadunidense teve um avanço de 0,6% em março, após registrar alta de 0,4% em fevereiro. O resultado ficou acima das expectativas compiladas pela Refinitiv, de alta de 0,5%.
O temor pela inflação vem atormentando os investidores estrageiros deste o início deste ano. As Treasuries, títulos do Tesouro norte-americano, exprimem essa cautela do mercado, com as notas de 10 anos saindo de 0,915% em janeiro para 1,67% nesta terça-feira.
Os mercados internacionais, contudo, esperavam por um número maior. Após os futuros dos Estados Unidos iniciarem o dia indicando uma abertura em queda, inverteram o sentido e operam no azul.
Por aqui, as atenções foram voltadas às vendas no varejo em fevereiro, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação foi positiva em 0,6% no segundo mês do ano, revertendo o resultado negativo dos dois dezembro e janeiro.
Agora, o varejo se encontra no mesmo patamar de setembro do ano passado, e levemente acima do período pré-pandemia (em fevereiro de 2020). O resultado ficou em linha com o esperado por especialistas ouvidos pela Refinitiv.
Outro aspecto que chama atenção no Brasil é o contínuo avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A média móvel de sete dias de mortes pela Covid-19 agora está em 3.125, alta de 15% frente à média de 14 dias atrás. Foram registrados 1.738 óbitos nas 24 horas encerradas às 20h da última segunda.
Cerca de 23,85 milhões de pessoas já tomaram ao menos uma dose da vacina no Brasil, o equivalente a mais de 11% da população. A notícia no âmbito das vacinas que chama atenção hoje é a suspensão do uso da vacina da Johnson & Johnson nos Estados Unidos.
Foram relatados seis casos de coagulação sanguínea “rara e grave” dentre as 6,8 milhões de doses administradas pelo país. Todos os casos aconteceram em mulheres entre 18 e 48 anos, e os sintomas foram observados entre seis e 13 dias após a aplicação do imunizante.
“O mercado azedou nesta terça-feira, com a má notícia da paralisação da vacina da Johnson. No Brasil, ficamos no aguardo do desfecho político no que se refere ao Orçamento, ocultando o bom momento das commodities”, diz Bruno Madruga, Head de Renda Variável da Monte Bravo.
Vale lembrar que amanhã o mercado brasileiro terá um vencimento duplo de opções. Vencem as opções de contratos do Ibovespa e dos futuros do Ibovespa, o que pode trazer maior volatilidade local.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h35:
- Pão de Açúcar (PCAR3): +5,08%
- PetroRio (PRIO3): +2,88%
- Fleury (FLRY3): +1,45%
- Minerva (BEEF3): +1,32%
- Suzano (SUZB3): +1,24%
- Santander (SANB11): -1,83%
- Bradesco ON (BBDC3): -1,86%
- MRV (MRVE3): -1,95%
- Rumo (RAIL3): -2,30%
- Eneva (ENEV3): -2,55%
Bolsas internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,02%
- Londres (FTSE 100): -0,10%
- Frankfurt (DAX 30): +0,25%
- Paris (CAC 40): +0,32%
- Milão (FTSE/MIB): +0,34%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,15% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,48% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,72% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última segunda com uma alta de 0,97%, a 118.811,74 pontos.
