Ibovespa fecha no negativo e chega à 11ª sessão consecutiva de quedas; Petrobras (PETR4) sobe e Vale (VALE3) recua

O Ibovespa fechou em queda de 0,55% na sessão desta quarta-feira (15), aos 116.171 pontos, na 11ª sessão seguida de perdas. A Petrobras (PETR4) encerrou o dia em alta. Os papéis de Vale recuaram.

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As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam com avanço de 0,91% e as ordinárias (PETR3) cederam 0,2%. Os papéis da Vale (VALE3) apresentaram queda de 0,99%.

Entre as maiores altas na bolsa, a liderança ficou com a Vibra (VBBR3), com avanço de 7,7%. A ponta negativa teve a liderança da Gol (GOLL4) com queda de 12,5%.

Depois de ter subido até 0,76%, embalada em boa parte pelos ganhos das ações da Petrobras, o Índice Bovespa perdeu fôlego e passou a operar em terreno negativo. Se não conseguir uma recuperação nesta terça-feira, 15, a bolsa brasileira irá registrar sua 11ª queda consecutiva.

Segundo João Piccioni, analista da Empiricus Research, o cenário internacional segue como principal referência do mercado brasileiro, o que pesa negativamente hoje.

“Os últimos dados da China mostram que a segunda maior economia do mundo caminha para uma dinâmica econômica muito pior do que se esperava, e as medidas para corrigir essa dinâmica parecem não fazer mais efeito”, afirma o profissional.

Piccioni também menciona o resultado das vendas no varejo nos Estados Unidos, que ficaram acima do esperado e redobraram a atenção do investidor quanto à possibilidade de o Federal Reserve ter de continuar a apertar a política monetária nos Estados Unidos.

No cenário doméstico, se o aumento dos combustíveis dá fôlego às ações da Petrobras, por outro lado, diversas casas de análise elevaram suas projeções para inflação. Com isso, ações de empresas mais sensíveis a política monetária do Banco Central são penalizadas pelo temor de um afrouxamento monetário mais brando que o esperado.

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No radar dos investidores

Nesta terça-feira (15), investidores estão atentos à falas de integrantes do Banco Central e do governo. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), profere palestra em almoço com parlamentares da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE) e representantes do Instituto Unidos Brasil (IUB), em Brasília.

Também hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontra com o relator do arcabouço fiscal na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), na parte da tarde. Já o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, participa de dois eventos nesta manhã.

O mercado também avalia indicadores da China abaixo do previsto pelo mercado, além do anúncio de cortes de várias taxas de juros pelo Banco do Povo do País (PBoC, na sigla em inglês) como uma forma de tentar apoiar a atividade.

Na agenda corporativa, a Petrobras (PETR4) comunicou um aumento de R$ 0,41 por litro no preço médio da gasolina tipo A para as distribuidoras a partir de amanhã (16). Com o reajuste, o preço médio passará a ser de R$ 2,93 por litro.

Ainda na agenda corporativa, o Magazine Luiza (MGLU3) reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 198,8 milhões no segundo trimestre de 2023, valor 77,3% maior do que o prejuízo anotado um ano atrás.

A companhia cita maiores despesas financeiras com os juros altos e diz que cada ponto percentual da taxa Selic representa uma economia anual de R$ 150 milhões.

Depois do fechamento, o Nubank (NUBR33) divulgará seus resultados do segundo trimestre depois do fechamento do mercado.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Dólar sobe de olho em China, fiscal e reajuste da Petrobras

O dólar se mantém em alta ante o real e outros pares emergentes ligados a commodities na manhã desta terça-feira (15), com investidores cautelosos após novos indicadores de atividade fracos na China e Europa, além do persistente impasse na Câmara sobre a votação da pauta de reformas no Congresso, principalmente as mudanças na proposta de arcabouço fiscal feitas pelo Senado.

Perto das 10h30, o dólar comercial subia 0,06%, cotado a R$ 4.985,00.

No radar, além do anúncio de aumento no preço dos combustíveis pela Petrobras, está o encontro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o relator do arcabouço fiscal na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), na parte da tarde.

Conforme apurou o Estadão/Broadcast, líderes partidários já avaliam que a votação do arcabouço fiscal pelos deputados pode ficar para o fim do mês, o que atrapalharia os planos do governo na elaboração do Orçamento de 2024. O atraso pode ocorrer após ruídos gerados por Haddad, com sua declaração de que a Câmara estaria com “um poder muito grande”.

O ministro ligou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para conter os danos.

Mercados asiáticos fecharam mistos com indicadores chineses

Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único nesta terça-feira (15), com investidores avaliando indicadores da China abaixo do previsto pelo mercado, além do fato de que o Banco do Povo do País (PBoC, na sigla em inglês) anunciou cortes várias de suas taxas de juros para tentar apoiar a atividade.

Nesse quadro, a Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,07%, em 3.176,18 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,66%, a 2.077,97 pontos. No lado oposto, em Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,56%, em 32.238,89 pontos.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês), a produção industrial do país cresceu 3,7% em julho, ante igual período do ano passado. O resultado ficou abaixo da previsão do mercado, que esperava expansão de 4,1%. Houve desaceleração em relação a junho, mês em que a alta anual foi de 4,4%.

Já as vendas no varejo chinês avançaram 2,5% em julho, na comparação anual, desacelerando em relação a junho, quando avançou 3,1%. O resultado também foi inferior às estimativas do mercado, de crescimento de 4,5%. Na comparação mensal, houve recuo de 0,06%.

Segundo o Goldman Sachs, os indicadores refletem o impulso ainda contido no crescimento local, mesmo em quadro de política monetária sendo relaxada.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou baixa de 1,03%, a 18.581,11 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou baixa de 1,03%, a 18.581,11 pontos e na Oceania, em Sydney, o índice S&P/ASX 200 fechou com ganho de 0,38%, em 7.305,00 pontos.

Cotação do Ibovespa nesta segunda (14)

O Ibovespa terminou o pregão de ontem (14) em baixa pela décima vez no mês a 1,06%, aos 116.809 pontos.

Com informações de Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires.

Com Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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