Ibovespa fecha em queda aos 114 mil pontos; Petrobras (PETR4) cai e Vale (VALE3) sobe

O Ibovespa fechou em queda de 0,85%, aos 114.311 pontos, nesta segunda-feira (21), após sequência negativa de 13 pregões, quebrada na última sexta-feira (18). Petrobras (PETR4) recuou e Vale (VALE3) teve leve alta.

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As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam em baixa de 0,89% e as ordinárias (PETR3) caem 0,99%. Os papéis da Vale (VALE3) subiram 0,04%.

Entre as maiores altas na bolsa, a liderança estava com a São Martinho (SMTO3), avanço de 1,87%. Magazine Luiza (MGLU3) sobe 0,33%. Na ponta negativa, lidera a Alpargatas (ALPA4), com perdas de 5,57%.

No radar dos investidores

No radar dos investidores, está a 15ª Cúpula dos Chefes de Estado dos Brics, na África do Sul, além da decisão de política monetária anunciada pelo Banco do Povo da China (PBoC). O presidente Lula desembarcou nesta segunda em Johanesburgo, acompanhado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, onde ficam até quinta-feira (24).

Aqui no Brasil, as atenções se voltam para a agenda econômica, após a sinalização feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que a nova regra fiscal pode ser votada no plenário da Casa amanhã (22), caso haja consenso sobre a emenda do Senado que autoriza a previsão de despesas condicionadas no Orçamento de 2024.

Nesta segunda-feira, pela primeira vez após três semanas de manutenção, o mercado aumentou as projeções do principal indicador de inflação, o IPCA. Segundo o Boletim Focus, o mercado espera que o indicador termine 2023 em 4,90%, acima dos 4,84% projetados na semana passada e a mesma projeção informada há quatro semanas.

Já a estimativa para a taxa de juros, a Selic, segue em 11,75% ao final deste ano.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

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Dólar opera instável, com China no radar

O dólar no mercado à vista está instável, oscilando entre margem estreita. A moeda americana abriu com viés de alta, caiu em seguida e voltou a exibir viés positivo na manhã desta segunda-feira (21).

No radar dos investidores, está a repercussão sobre o corte de juros na China, abaixo do esperado e apenas na taxa para um ano, e recuo da inflação no atacado na Alemanha.

Perto das 10h27, o dólar subia 0,09%, a R$ 4,990.

O mercado opera de olho no fôlego curto do dólar ante divisas emergentes e ligadas a commodities, com viés de baixa ante peso chileno, peso mexicano e rand sul africano e alta modesta ante yuan chinês, rublo e lira turca. O índice DXY recua, com dólar subindo ante iene, mas em baixa ante euro e libra.

A semana tem como destaques os discursos dos presidentes do Federal Reserve, Jerome Powell, e do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, na sexta-feira (25). Os investidores devem buscar sinais sobre os próximos passos na política monetária em meio a sinais econômicos desiguais nas duas regiões e com a inflação muito acima das metas de 2% desses BCs.

Bolsas da Ásia fecham sem sinal único após decisão do PBoC

Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único nesta segunda-feira (21), após o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciar decisão de política monetária, com corte na taxa de referência (LPR, na sigla em inglês) de 1 ano, mas manutenção na LPR de 5 anos.

A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 1,24%, em 3.092,98 pontos, na mínima do dia, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,99%, a 2.019,83 pontos.

O PBoC cortou a LPR de 1 ano, de 3,55% a 3,45%, e manteve a de 5 anos, em 4,20%. Segundo analistas, havia expectativas para redução um pouco maior, de 15 pontos-base, na taxa de referência de 1 ano, e a manutenção da taxa de 5 anos era debatida.

O Danske Bank considerou que a manutenção da taxa de referência estava relacionada a preocupações com a fraqueza do yuan, enquanto a Pantheon via abordagem gradual do PBoC, com a intenção também de não pressionar mais o mercado imobiliário local. Para a Capital Economics, os cortes recentes de juros do BC chinês são insuficientes para gerar impacto significativo na economia do país.

Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,37%, a 31.565,64 pontos. Ações de tecnologia e do setor imobiliário se saíram bem, com menor temor hoje sobre o aperto monetário global.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,82%, a 17.623,29 pontos. Já em Taiwan, o índice Taiex terminou estável, em 16.381,49 pontos e na Oceania, na Bolsa de Sydney, o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,46%, em 7.115,50 pontos.

Cotação do Ibovespa na sexta-feira (18)

Ibovespa fechou a sessão da última sexta-feira (18) em alta de 0,37%, aos 115.408,52 pontos. 

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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