Ibovespa tomba mais de 2% com mau humor pós-Fed; Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) têm forte queda, Bradesco (BBDC4) perde 3,71% e Suzano (SUZB3) lidera altas
O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (21) em queda de 2,15% aos 116.145,05 pontos. Na mínima, o índice tocou 116.012,92 pontos e, na máxima, chegou a 118.695,09. O volume financeiro foi de R$ 26 bilhões.
O primeiro dia de negociação após as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos foi de forte aversão ao risco. Com o Federal Reserve sinalizando a possibilidade de novos aumentos nos Fed Funds ainda este ano, os rendimentos dos treasuries dispararam, com o contrato para 10 anos atingindo máximas de 2007.
A quinta-feira pós-Copom alinhou a decepção quanto ao fechamento da porta, no curto prazo, para aceleração do ritmo de queda da Selic com o sinal do Federal Reserve, emitido no mesmo dia, de que os juros americanos permanecerão altos por mais tempo – o que contribui para alimentar a percepção de que o BC americano talvez não consiga levar a maior economia do mundo a um pouso suave. Assim, desde a manhã, o dia foi de aversão a risco, com dólar e curva de juros em alta, e queda para o Ibovespa e demais índices de ações, da Ásia à Europa e aos Estados Unidos.
Nesse contexto, a atratividade dos mercados emergentes, caso do Brasil, diminui. O que ocorre é uma fuga de capital para a renda fixa norte-americana, considerada um dos investimentos mais seguros do mundo. Assim, o dólar também se fortalece, uma vez que há escassez de moeda americana no mercado doméstico.
A sinalização do Banco Central brasileiro de não aumentar o ritmo de queda dos juros por aqui também não agradou parte dos investidores, contribuindo para o estress na curva de juros. Com isso, empresas ligadas ao crescimento e ao ciclo econômico foram as mais afetadas negativamente. Nos Estados Unidos, parte significativa dessas companhias está reunida no índice Nasdaq, que foi o que mais recuou hoje.
- Dow Jones: -1,07% a 34.070,68 pontos
- S&P500: -1,64% a 4.329,96 pontos
- Nasdaq: -1,82% a 13.223,98 pontos
O dólar à vista fechou em alta de 1,13%, a R$ 4,9352, após oscilar entre R$ 4,8908 e R$ 4,9362.
“Apesar de o Fed não ter aumentado a taxa de juros desta vez, o pronunciamento mais hawkish sinalizou aumentos nas próximas reuniões, uma vez que os indicadores ainda mostram uma economia aquecida com inflação alta. Aqui, a redução de juros já era esperada, e os DIs sobem acompanhando o cenário externo”, analisa Elcio Cardozo, sócio da Matriz Capital.
“O Copom reconheceu uma piora no cenário externo, que se mostrou ‘mais incerto’ – como no comunicado de agosto. O comitê mostrou preocupação diante da alta das taxas de juros americanas”, observa em nota Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, em que destaca também o “uso do plural” no comunicado do Copom da noite passada, em que o comitê, faltando apenas as reuniões de novembro e dezembro para a conclusão do ano, sinaliza estar “fechando a porta para aceleração do ritmo de corte” da Selic ainda em 2023.
Até a reunião desta semana, parte minoritária do mercado considerava que poderia haver espaço para um corte maior, de 0,75 ponto porcentual, em dezembro – perspectiva frustrada pelo comunicado da quarta-feira, que ancora a visão de que a Selic fechará 2023 a 11,75%, com cortes de meio ponto, cada, nessas últimas duas reuniões do ano. Ontem, conforme esperado, o Copom reduziu a taxa básica de juros em meio ponto porcentual, de 13,25% para 12,75% – foi o segundo corte consecutivo da Selic, ambos de meio ponto, partindo de 13,75%.
“Avaliamos o comunicado como neutro”, aponta em nota Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Rena. “Pelo lado mais hawkish, nota-se um aumento da preocupação com o ambiente externo e com a execução das metas fiscais”, acrescenta o economista. Acelerar o ritmo de redução da Selic neste momento, argumenta Goldenstein, não seria um sinal positivo para a ancoragem de expectativas, na medida em que, desde a reunião anterior, “não se materializaram surpresas positivas substanciais que elevem ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva”.
“Para termos uma leitura mais sólida dos próximos passos do BC, será preciso ver como vai se desenrolar toda essa questão de meta de déficit e arrecadação do governo”, diz Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos. Para 2024, o governo se comprometeu com uma meta de déficit zero, que o mercado tem consumido com muitas pitadas de sal ante as dificuldades evidentes pelo lado da receita, sem cortes de despesa. Nesse contexto, a arrecadação em agosto, divulgada hoje de manhã pela Receita Federal, teve queda real de 4,14% ante o mesmo mês do ano passado e de 14,59% em relação a julho.
Além do cenário adverso para o mercado brasileiro, as commodities também estiveram em baixa hoje, contribuindo para a queda dos principais papéis do Ibovespa: Vale (VALE3), -2,52% a R$ 67,56; Petrobras ON (PETR3), -1,26% a R$ 36,94 e Petrobras PN (PETR4), -1,75% a R$ 33,69.
No setor bancário, o desempenho também foi amplamente negativo: Bradesco (BBDC4), -3,71% a R$ 14,26; Banco do Brasil (BBAS3), -2,29% a R$ 46,61; Itaú (ITUB4), -2,24% a R$ 27 e Santander (SANB11), -1,77% a R$ 26,09.
Entre as principais quedas do Ibovespa estiveram varejistas, mais sensíveis às taxas de juros: Magazine Luiza (MGLU3), -6,75% a R$ 2,35; Grupo Soma (SOMA3), -6,71% a R$ 6,81 e Arezzo (ARZZ3), -5,71% a R$ 64,91.
Apenas sete papéis fecharam a sessão de hoje em alta. O principal destaque foi Suzano (SUBZ3), +2,04% a R$ 56,01, seguido por Sabesp (SBSP3), +2,03% a R$ 61,69. Natura (NTCO3), que tem três empresas britânicas interessadas em sua divisão The Body Shop, completou o pódio com +1,95% a R$ 16,24.
“Suzano (SUZB3) chegou a subir quase 3% na sessão, após anunciar um reajuste nos preços para a fibra de eucalipto. Já Sabesp é destaque após o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ter apresentado ao governo estadual algumas condições para apoiar a privatização da companhia. Recentemente, a Sabesp recebeu autorização para contratar bancos coordenadores de uma futura oferta pública de ações”, completa Cardozo.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Com Estadão Conteúdo
Ibovespa fecha em queda de 2,15%, aos 116.145,05 pontos
Índices de Nova York fecham em forte queda
- Dow Jones: -1,07% a 34.070,68 pontos
- S&P500: -1,64% a 4.329,96 pontos
- Nasdaq: -1,82% a 13.223,98 pontos
Dólar à vista fecha em alta de 1,14% a R$ 4,9358
Petrobras (PETR4) renova mínima a R$ 33,64 em queda de 1,90%; Vale (VALE3) recua 2,41% a R$ 67,60
Curva de juros futuros encerra a sessão em alta
- Taxa DI para janeiro/25: +2,5 pontos-base a 10,55%
- Taxa DI para janeiro/27: +4,5 pontos-base a 10,52%
- Taxa DI para janeiro/31: +7 pontos-base a 11,36%
Ibovespa cai 1,95% aos 116.385 pontos
Na reta final do pregão, Ibovespa tem oito papéis em alta: Veja quais são
- Suzano (SUZB3): 2,62% R$ 56,34
- Sabesp (SBSP3): 2,18% R$ 61,78
- Natura (NTCO3): 2,01% R$ 16,25
- CSN Mineração (CMIN3): 1,76% R$ 4,63
- Klabin (KLBN11): 1,25% R$ 24,35
- Vibra (VBBR3): 1,29% R$ 19,63
- Fleury (FLRY3): 0,67% R$ 14,98
- Copel (CPLE6): 0,11% R$ 9,05
Bradesco (BBDC4) tem o pior desempenho entre os bancos, caindo mais de 3%
Petróleo passa a operar no terreno negativo
- Petróleo WTI: -0,12% a US$ 89,54 o barril
- Petróleo Brent: -0,33% a US$ 93,22 o barril
Produção nacional de aço bruto soma 2,7 milhões de toneladas em agosto; queda é de 5,9% em um ano
O Instituto Aço Brasil informou que a produção nacional de aço bruto em agosto de 2023 somou 2,7 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 5,9% ante o mesmo intervalo do ano anterior. Em igual período, as vendas internas atingiram 1,7 milhão de toneladas, queda de 6,2% na comparação anual.
A produção de laminados em agosto foi de 1,9 milhão de toneladas, valor 12,1% inferior ante o mesmo período de 2022. No mesmo intervalo, a produção de semiacabados somou 832 mil toneladas, aumento de 44%.
O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 2,1 milhões de toneladas, valor 0,9% inferior na comparação anual.
As exportações em agosto somaram 946 mil toneladas, o que representa uma alta de 6,4% ante o mesmo mês de 2022. Considerando igual intervalo, os ganhos com as vendas para o mercado externo totalizaram US$ 813 milhões, valor 6,1% menor para o setor.
As importações, por sua vez, foram de 496 mil toneladas em agosto, um aumento de 55,6% ante o registrado no mesmo período do ano passado. Em valores, as importações somaram US$ 616 milhões, uma alta de 33,4% no mesmo intervalo de comparação.
(Com Estadão Conteúdo)
CSN Mineração (CMIN3) sobe na contramão do setor: Veja destaques
Nesta madrugada, minério de ferro teve quedas de 1,30% e 1,90% em Qingdao e Dalian, na China. A queda da commodity, aliada ao mau-humor do Ibovespa, faz com que os papéis dos setores ligados à mineração recuem. Não é o caso da CSN Mineração (CMIN3), que teve sua recomendação elevada pelo Morgan Stanley.
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): -2,66% a R$ 11,33
- Gerdau (GGBR4): -2,24% a R$ 24,42
- Vale (VALE3): -2,14% a R$ 67,85
- Usiminas (USIM5): -2,07% a R$ 6,62
- CSN (CSNA3): -1,69% a R$ 12,20
- CSN Mineração (CMIN3): +1,32% a R$ 4,61
Petróleo segue em alta; Petrobras (PETR4) vai na direção contrária
- Petróleo WTI: +0,39% a US$ 90
- Petróleo Brent: +0,10% a US$ 93,62
- Petrobras ON (PETR3): -0,56% a R$ 37,20
- Petrobras PN (PETR4): -0,44% a R$ 34,13
Dólar futuro avança 0,86% a R$ 4,929
Nasdaq segue com a maior queda entre os índices norte-americanos
- Dow Jones: -0,41% a 34.298 pontos
- S&P500: -0,88% a 4.362 pontos
- Nasdaq: -1,00% a 13.332 pontos
Varejistas são destaque negativo na sessão de hoje
- Magazine Luiza (MGLU3): -5,95% a R$ 2,36
- Grupo Soma (SOMA3): -5,89% a R$ 6,85
- Lojas Renner (LREN3): -5,12% a R$ 13,92
- Arezzo (ARZZ3): -4,20% a R$ 65,98
- Pão de Açúcar (PCAR3): -3,67% a R$ 3,67
- Petz (PETZ3): -3,57% a R$ 5,13
- Carrefour (CRFB3): -3,47% a R$ 8,90
Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa; Magazine Luiza (MGLU3) lidera quedas
Maiores Altas do Ibovespa
Sabesp (SBSP3) R$ 61,74 2,12%
CSN Mineração (CMIN3) R$ 4,62 1,54%
Suzano (SUZB3) R$ 55,51 1,13%
Copel (CPLE6) R$ 9,12 1,00%
Vibra (VBBR3) R$ 19,53 0,77%
Maiores Baixas do Ibovespa
Magazine Luiza (MGLU3) R$ 2,36 -6,35%
Grupo Soma (SOMA3) R$ 6,88 -5,75%
CVC (CVCB3) R$ 2,28 -5,00%
Lojas Renner (LREN3) R$ 13,95 -4,84%
MRV (MRVE3) R$ 10,83 -4,83%
CVM abre consulta pública para reformar regras de assembleia de acionistas
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu nesta quinta-feira, 21, uma consulta pública sobre as normas para as assembleias de acionistas. O objetivo é aprimorar os mecanismos de participação e votação à distância. O prazo para contribuições vai até 24 de novembro.
“As boas normas são construídas em sintonia com o mercado”, disse João Pedro Nascimento, presidente da reguladora, sobre as contribuições de agentes de mercado na consulta. O executivo participou de evento na sede da CVM na manhã desta quinta-feira.
A consulta, que se focou na resolução 81, traz propostas como permitir que as empresas realizem as assembleias em locais físicos acessórios para a participação de acionistas nos eventos em tempo real. Outra ideia é ampliar as hipóteses de obrigatoriedade de divulgação do boletim de voto a distância para todas as assembleias. A eventual dispensa da obrigatoriedade de disponibilizar o mecanismo em certos casos também está em debate, assim como o fluxo de transmissão das instruções de voto.
(Com Estadão Conteúdo)
Bolsas da Europa fecham em queda após Fed e BoE manterem risco de juros altos por longo tempo
As bolsas da Europa fecharam em queda firme nesta quinta-feira, 21, à medida que os temores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mantenha a política restritiva por um longo período se contrapuseram aos efeitos da manutenção de juros do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) nesta quinta.
A fuga do risco ditou o clima desde a abertura dos mercados, no primeiro pregão após a decisão do Fed da quarta-feira de manter a taxa básica entre 5,25% e 5,50%. Investidores reagiram com certa apreensão à sinalização do gráfico de pontos de que ainda há apoio majoritário a mais aperto este ano.
As perdas foram mais profundas do outro lado do Canal da Mancha. Em Paris, o índice CAC 40 baixou 1,59%, a 7.213,90 pontos. A ação da Casino despencou mais de 9%, após a endividada varejista francesa reduzir o guidance para venda e lucros no horizonte dos próximos quatro anos.
Neste contexto, o DAX, de Frankfurt, cedeu 1,33%, a 15.571,86 pontos. Em Milão, o FTSE MIB baixou 1,78%, a 28.708,55 pontos. Nas praças ibéricas, o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,41%, a 6.163,05 pontos, e o Ibex 35, de Madri, caiu 1,03%, a 9.546,80 pontos. As cotações são preliminares.
(Com Estadão Conteúdo)
Mau humor externo pós-Fed atinge Ibovespa
A aversão a risco no exterior, após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) indicar na quarta-feira que os juros do país seguirão elevados por mais tempo do que o imaginado, pesa no Ibovespa nesta quinta-feira, 21. Depois de uma pausa na véspera – fechou em alta de 0,72% (118.695,32 pontos) -, o Índice Bovespa cai para a faixa dos 116 mil pontos, após o comunicado do Copom, indicar que o Banco Central tende a manter o ritmo de recuo de meio ponto porcentual da Selic.
Na noite de ontem, o Copom do Banco Central (BC) reduziu a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano, como o esperado pelo mercado. No comunicado, o BC fez alertas quanto aos riscos fiscais e afirmou que um ritmo de queda de 0,50 ponto continua sendo “apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
Fora o petróleo que passou a subir no meio da manhã, o minério de ferro fechou em baixa de 1,90% em Dalian, na China. As ações da Vale caem 1,92% e as da Petrobrás cedicam perto de 0,80%.
Na tarde de ontem, o Fed deixou os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, como indicavam quase todas as projeções. “Não esperava um dia tão estressado, mas já vimos situações parecidas em outras ocasiões. Por ser um dia mais esvaziado em termos de agenda, de acontecimentos está afetando os mercados”, avalia José Simão, sócio e head de renda variável da Legend Investimentos.
(Com Estadão Conteúdo)
Presidente do BoE prevê juros elevados ‘por tempo suficiente’ para conter inflação
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, afirmou nesta quinta-feira, 21, que os juros serão mantidos em nível elevado “por tempo suficiente até que a tarefa esteja concluída”, referindo-se à meta de 2% de inflação. Em declaração no X (ex-Twitter) após a decisão de mais cedo, o dirigente enfatizou: “Seja o que acontecer, faremos o necessário para que a inflação retorne ao normal.”
Bailey lembrou que nesta quinta-feira o BoE manteve os juros pela primeira vez em quase dois anos. “A inflação está caindo, e esperamos que ela recue ainda mais neste ano. Esta é uma notícia bem-vinda”, afirmou.
Para Bailey, as elevações anteriores nos juros “estão funcionando”. O dirigente, contudo, complementou: “Mas é preciso deixar claro que a inflação não está onde precisa estar e não há absolutamente espaço para complacência.”
O presidente do BoE disse ainda que os dirigentes irão avaliar atentamente se mais altas nos juros serão necessárias.
(Com Estadão Conteúdo)
Ibovespa cai 1,75% a 116.616 pontos: Confira principais altas e baixas
Altas:
CSN Mineração (CMIN3): 1,76% R$ 4,63
Sabesp (SBSP3): 1,59% R$ 61,42
Copel (CPLE6): 1,22% R$ 9,14
Suzano (SUZB3): 1,11% R$ 55,50
Vibra (VBBR3): 0,15% R$ 19,39
Baixas
Magazine Luiza (MGLU3): 5,95% R$ 2,37
MRV (MRVE3): 5,36% R$ 10,77
Grupo Soma (SOMA3): 5,21% R$ 6,92
CVC (CVCB3): 5% R$ 2,28
BRF (BRFS3): 4,76% R$ 9,01
Ibovespa cai 1,71% a 116.664 pontos
Dólar à vista desacelera alta para 0,69% a R$ 4,9142; Dólar futuro sobe 0,72%, a R$ 4,922
Petrobras (PETR4) se firma no terreno negativo; Vale (VALE3) cai mais de 2%
- Petrobras ON (PETR3): -0,99% a R$ 37,04
- Petrobras PN (PETR4): -0,87% a R$ 33,99
- Vale (VALE3): -2,31% a R$ 67,70
Vendas de moradias usadas nos EUA caem 0,7% em agosto ante julho
As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos caíram 0,7% em agosto ante julho, ao ritmo anualizado de 4,04 milhões de unidades, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira, 21, pela Associação Nacional de Corretoras (NAR, na sigla em inglês). A queda veio em linha com a previsão de analistas consultados pela FactSet.
Em relação a agosto de 2022, as vendas de moradias usadas sofreram queda de 15,3% no mês passado, informou a NAR. Fonte: Dow Jones Newswires.
(Com Estadão Conteúdo)
Índices de Nova York seguem no vermelho: Nasdaq é o que mais cai
- Dow Jones: -0,47% a 34.278 pontos
- S&P500: -0,94% a 4.360 pontos
- Nasdaq: -1,05% a 13.327 pontos
Vale (VALE3) renova mínima a R$67,60, caindo 2,47%
Ibovespa cai 1,65% a 116.750 pontos, após Fed hawkish e Copom moderado: Confira análise
Decisões de juros ocorridas ontem no Brasil e nos Estados Unidos dão o tom negativo para o mercado doméstico e internacional nesta quinta-feira. Confira o comentário do analista CNPI Rodrigo Cohen:
Temos uma conjuntura de fatores que fazem com que o mercado se torne instável no mundo, principalmente no Brasil. Tivemos um FED que manteve as taxas de juros inalteradas, mas o comunicado do Jerome Powell foi bem hawkish em relação à economia nos Estados Unidos e no mundo, mostrando que os juros não vão cair no curto prazo. Pelo contrário: podem subir novamente se houver qualquer deslize, qualquer dado fora do esperado.
E hoje, para piorar, os pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos vieram ruins. Ou seja, o número de demissões foi menor que o esperado. Isso mostra uma força da economia americana. O próprio Jerome Powell ontem falou que a atividade econômica continua forte e que os juros não vão cair tão cedo, a menos que haja uma recessão. Então, isso fez com que o dólar subisse frente às moedas pares.
Além disso, ontem tivemos um Copom com tom moderado no comunicado. Os juros caíram 50 pontos-base, como esperado. Já disseram que nas próximas duas decisões até o final do ano, teremos mais duas quedas de 0,5%. O comitê deixou bem claro também que não vai aumentar as quedas além desse patamar. Apesar de ter tido unanimidade na decisão, o comunicado mostrou que a política do Banco Central ainda vai se manter bem contracionista. Então, somando isso tudo, bolsas no exterior caem e o IBOV também cai acompanhando esse cenário.
Arrecadação federal em agosto soma R$ 172,785 bilhões e tem queda real de 4,14% ante agosto de 2022
Seguindo a trajetória de desaceleração dos últimos meses, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 172,785 bilhões em agosto. O resultado representa uma queda real (descontada a inflação) de 4,14% na comparação com o resultado de agosto do ano passado, quando o recolhimento de tributos somou R$ 172,314 bilhões, em termos nominais. Este é o terceiro mês consecutivo de queda na arrecadação federal.
Em relação a julho deste ano, a arrecadação desabou 14,59%. De acordo com a série histórica da Receita, esse é o pior resultado para agosto desde 2021, quando a arrecadação somou R$ 155,3 bilhões, em termos reais.
O resultado das receitas veio alinhado com a mediana de R$ 172,900 bilhões das expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. O dado ficou dentro do intervalo de projeções, que ia de R$ 167,600 bilhões a R$ 191,600 bilhões.
O Fisco apontou que houve em agosto crescimento real de 2,67% na arrecadação da Contribuição Previdenciária, por causa do crescimento da massa salarial. Também destacou o crescimento real de 6,08% da arrecadação da Cofins/PIS-Pasep, pelo crescimento do volume de vendas e de serviços e das alterações nas regras da tributação sobre os combustíveis.
A Receita também destacou o recolhimento, em maio, de aproximadamente R$ 827 milhões pelo Imposto sobre Exportação em razão da tributação de óleo bruto (Medida Provisória 1.163/23), além de R$ 861 milhões do programa de redução de litigiosidade
De janeiro a agosto de 2023, a arrecadação federal somou R$ 1,517 trilhão. Com a retração real de agosto, o volume é o segundo melhor para o período na série histórica, iniciada em 1995, em valores corrigidos pelo IPCA. O montante representa uma queda real de 0,83% na comparação com os primeiros oito meses de 2022.
(Com Estadão Conteúdo)
CSN Mineração (CMIN3) lidera ganhos do Ibovespa, Morgan Stanley recomenda “compra” para o papel
O Morgan Stanley elevou a recomendação para os papéis da CSN Mineração (CMIN3) para “compra”, citando que a alta do minério de ferro ainda não foi precificada pelos principais nomes do setor no curto prazo.
Já o BTG Pactual aumentou o preço alvo do ativo para R$5,50, mantendo a recomendação neutra.
Os papéis da CSN Mineração (CMIN3) lideram os ganhos do Ibovespa nesta manhã, avançando 1,54% a R$4,62.
BRF (BRFS3) passa a liderar quedas do Ibovespa, com -6,03% a R$ 8,89
Petróleo opera em alta nesta manhã; WTI volta a ficar acima de US$ 90 por barril
- Petróleo WTI: +0,78% a US$ 90,36 o barril
- Petróleo Brent: +0,47% A u$ 93,97 o barril
Vale (VALE3) toca mínima a R$ 67,76, caindo 2,24%
Ibovespa renova mínima aos 116.356 pontos, queda de 1,97%
Confira o desempenho dos bancos nesta manhã; Bradesco (BBDC4) tem a maior queda
- Bradesco (BBDC4): -2,57% a R$ 14,43
- BTG Pactual (BPAC11): -2,19% a R$ 30,38
- Itaú (ITUB4): -1,77% a R$ 27,15
- Banco do Brasil (BBAS3): -1,38% a R$ 47,04
- Santander (SANB11): -1,28% a R$ 26,22
Petrobras (PETR4) cai 0,73% a R$ 34,04; Vale (VALE3) recua 1,90% a R$ 67,99
Veja as principais altas e baixas do início do pregão de hoje
Altas:
CSN Mineração (CMIN3): 1,54% R$ 4,62
Vibra (VBBR3): 0,77% R$ 19,52
Klabin (KLBN11): 0,58% R$ 24,20
Suzano (SUZB3): 0,51% R$ 55,22
(Únicos papéis em alta no índice)
Baixas:
MRV (MRVE3): 5,10% R$ 10,80
Grupo Soma (SOMA3): 4,79% R$ 6,97
Magazine Luiza (MGLU3): 4,76% R$ 2,40
CVC (CVCB3): 4,58% R$ 2,29
Alpargatas (ALPA4): 4,41% R$ 8,03
Índices de Nova York abrem em queda
- Dow Jones: -0,48% a 34.264 pontos
- S&P500: -0,77% a 4.367 pontos
- Nasdaq: -0,82% a 13.358 pontos
Dólar sobe com temor de política monetária mais dura nos EUA
O dólar opera em alta na manhã desta quinta-feira, 21, em sintonia com o ambiente de cautela nos mercados internacionais. Depois da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que acenou na quarta-feira, 20, com um possível aumento de juros em novembro, os ativos reagem nesta quinta-feira a novas decisões sobre juros de outros bancos centrais. O temor de que as políticas monetárias restritivas se estendam por mais tempo também derruba as bolsas de valores, o que não deve ser diferentes por aqui.
Na quarta, o Fed manteve suas taxas de juros inalteradas, conforme o previsto, mas não fechou a porta para um ajuste residual em novembro. Os retornos dos Treasuries operam sem sinal único. Porém, o do T-bond de 30 anos ganhava fôlego e atingiu há pouco máxima desde abril de 2011.
No Reino Unido, a reunião do Banco da Inglaterra (BoE) terminou nesta quinta com manutenção dos juros básicos, enquanto o mercado estimava uma elevação de juros. Cinco votos dos diretores foram favoráveis à manutenção, enquanto quatro defenderam um aumento de juros. A Capital Economics considerou que a decisão do BOE provavelmente significa que a taxa já atingiu seu pico.
“Achamos que os juros ficarão nesse pico de 5,25% por mais tempo do que…os investidores esperam”, diz a consultoria britânica em nota a clientes. Para a Capital, o BoE deverá começar a reduzir juros no fim de 2024, em ritmo mais amplo e rápido do que se espera.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou na quarta-feira a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual e acenou com novo ajuste à frente, na mesma proporção, como esperado por parcela majoritária no mercado.
Às 10h10, o dólar à vista era negociado a R$ 4,9253, em alta de 0,93%. O dólar futuro para liquidação em outubro avançava 0,91%, para R$ 4,9315.
(Com Estadão Conteúdo)
CSN Mineração (CMIN3), Vibra (VBBR3), Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) são os únicos papéis em alta no Ibovespa
Ibovespa perde os 117 mil, com queda de 1,85% aos 116.501 pontos
Ibovespa amplia queda para 1,42%, aos 117.015 pontos
Vale (VALE3) inicia a sessão com queda de 1,70%; Petrobras (PETR4) recua 0,96%
Ainda com papéis em leilão, Ibovespa cai 0,85% a 117.685 pontos
Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para 201 mil nesta semana
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos teve queda de 20 mil na semana encerrada em 16 de setembro, a 201 mil, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 21, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou bem abaixo da previsão de analistas consultados pela Factset, de 225 mil solicitações.
O total de pedidos da semana anterior foi ligeiramente revisado para cima, de 220 mil a 221 mil.
Já o número de pedidos continuados mostrou recuo de 21 mil na semana encerrada em 9 de setembro, a 1,662 milhão, vindo abaixo da previsão da FactSet, de 1,692 milhão. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.
(Com Estadão Conteúdo)
Dólar à vista opera em alta de 0,95%, a R$ 4,9268
Ibovespa futuro acumula -1,10%, em queda
Ibovespa futuro começou o dia em queda de 0,80% e às 9h07, ampliava a descendência para com -1,10%, aos 118.220 pontos.
A cotação do dólar comercial abre em alta de 0,35%, cotado a R$ 4,896 na compra e a R$ 4,897 na venda
BC da Turquia eleva juros de 25% para 30%
O Banco Central (BC) da Turquia anunciou o aumento da taxa básica de juros em 5 pontos percentuais, de 25% para 30%. Segundo o comitê monetário, a decisão tem a intenção de “estabelecer a desinflação o mais rapidamente possível, ancorar as expectativas de inflação e controlar a deterioração do comportamento dos preços”.
Atualmente, a meta da inflação no país é de 5%.
Track&Field (TFCO4) define valor do JCP para acionistas
A Track&Field (TFCO4) confirmou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) para os acionistas, de R$ 0,0037 por ação ordinária e R$ 0,0375 por preferencial. Os acionistas com os papeis até 25 de setembro de 2023 terão direito aos JCP e a previsão de pagamento é para 30 de abril de 2024.
Ao todo, o valor bruto de JCP distribuído será de R$ 5,8 milhões.
Cemig (CMIG4) anuncia JCP de R$ 414 milhões
A diretoria executiva da Cemig (CMIG4) anunciou um pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), no valor bruto de R$ 417,974 milhões.
Os JCP da Cemig serão de R$ 0,18994 por ação, a serem pagos em duas parcelas de igual valor: uma em 30 de junho de 2024 e outra 30 de dezembro de 2024.
A data de corte definida foi 25 de setembro de 2023 para recebimento dos JCP das ações ordinárias (ON) ou preferenciais (PN).
BoE decide manter a taxa de juros em 5,25%
Após 14 aumentos consecutivos, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) optou por manter a taxa básica de juros, em 5,25%.
A reunião de política monetária nesta quinta-feira (21) teve uma votação apertada, com cinco votos contra quatro pela manutenção. Demais autoridades do BC inglês preferiram que houvesse uma alta de 0,25, para 5,5%.
Além disso, foi aprovada a redução do estoque de bônus do governo (Gilts) em poder do BoE em 100 bilhões de libras nos próximos 12 meses, para um total de 658 bilhões de libras.
Com informações de Estadão Conteúdo.
Bolsas da Europa operam em baixa, com foco na decisão do BoE nesta quinta-feira (21)
As bolsas europeias iniciaram a manhã no negativo, influenciadas pela manutenção dos juros do Fed ontem (quarta-feira, 20) e ainda atenta à decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE).
Nas últimas horas, os bancos centrais da Suécia e da Noruega também aumentaram juros diante da persistência da inflação, mas o da Suíça manteve sua taxa básica, indo contra as expectativas de alta.
Confira os índices às 08h35:
- FTSE100 (Londres): -0,16%
- Frankfurt — DAX: -1,18%
- Paris — CAC 40: -1,52%
- Madrid — Ibex 35: -1,44%
- Europa — Stoxx 600: -1,06%
Com informações de Estadão Conteúdo.
Bolsas da Ásia mantém tendência de queda, após Fed
As bolsas asiáticas encerraram o pregão nesta quinta-feira (21) em clima negativo, puxadas principalmente pela decisão do Fed (banco central dos EUA) de manter as taxas de juros entre 5,25% e 5,50%. Resultados das bolsas da Ásia hoje:
- Shanghai SE (China), -0,77%
- Shenzhen (China), -0,83%
- Nikkei (Japão), -1,37%
- Hang Seng Index (Hong Kong), -1,29%
- Kospi (Coreia do Sul), -1,75%
- ASX 200 (Austrália), -1,37%
- Taiwan — Taiex: -1,32%
Eventos relevantes da agenda econômica desta quinta-feira (21)
Confira os principais acontecimentos na agenda do dia de hoje (21):
- EUA: Assembleia Geral da ONU
- 8h: Banco da Inglaterra divulga decisão de política monetária do Reino Unido, seguida por coletiva de imprensa
- 8h: BC da Turquia divulga decisão de política monetária
- 9h30: Departamento do Trabalho nos EUA publica dados de pedidos de seguro-desemprego da semana até 16/9
- 10h: BC da África do Sul divulga definição de taxa de juros
- 10h: IBGE apresenta resultados da Produção da Pecuária Municipal (PPM) de 2022
- 10h30: Receita Federal divulga os dados da arrecadação federal de agosto
- 11h: Presidente do BCE, Christine Lagarde, profere palestra no evento “Encontros Mediterrâneos” na França
- 11h: Índice de confiança do consumidor preliminar de setembro da Zona do Euro
- 11h: EUA publica volume de vendas de moradias usadas de agosto
Após Super Quarta, Brasil corta Selic a 12,75% e EUA mantém juros
Nesta quinta-feira (21), o mercado financeiro deverá continuar vendo as repercussões das últimas decisões de políticas monetárias no Brasil e nos Estados Unidos.
Ontem, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou a decisão sobre a taxa Selic, que veio de acordo com as expectativas do mercado, de um corte de 0,50 ponto percentual, para 12,75%. Espera-se que, nas próximas reuniões, o mesmo ritmo de corte seja adotado.
Nos EUA, a decisão do FOMC do Federal Reserve, o banco central norte-americano, também veio de acordo com as projeções de manutenção das taxas de juros entre 5,25% e 5,5%.
Em seu discurso, o presidente Jerome Powell adotou um tom hawkish e deixou claro que o Fed não teria medo em aumentar as taxas se fosse necessário, de forma a combater a inflação e ter estabilidade nos preços.