O Ibovespa fechou em alta de 1,46% nesta segunda-feira (31), aos 121.952 pontos, em meio a altas de Petrobras (PETR4) e Magazine Luiza (MGLU3). No mês o índice acumulou ganhos de 3,27%.
O tom positivo do exterior estimular a alta do Ibovespa, de forma a conduzi-lo a um terceiro mês consecutivo de valorização e a, quem sabe, alçar novas marcas. Além disso, a desaceleração nas projeções para o IPCA e para a Selic, no Boletim Focus, tende a elevar as apostas em relação a um corte de meio ponto porcentual no juro básico na quarta-feira, 2, pelo Copom. Lá fora, notícias da China e especulação de pausa na alta dos juros americanos norteiam os mercados, antes da agenda ganhar força.
O noticiário corporativo local também ajuda a impulsionar o Índice Bovespa, após, principalmente, o anúncio da nova política de dividendos da Petrobras e o upgrade pela Fitch, além da alta do petróleo.
O minério de ferro subiu 0,54% em Dalian. A China divulgou desempenho melhor do que o esperado da manufatura no país e anunciou mais medidas para impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
“Os dados industriais da China vieram bons e já houve reflexo nos mercados asiáticos”, ressalta Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos.
As ações da Dexco (DXCO3) lideravam as altas por volta das 12h50, ao subir 6,2%, enquanto os papéis da Méliuz (CASH3) estava entre as maiores baixas, com queda de 1,6%. Poucas ações caíam neste horário.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) avançavam 4,2%, cotadas a R$ 31,03. Já as ações ordinárias, PETR3, aumentavam 5,02%, a R$ 34,73.
Na última sexta-feira (28), a Petrobras comunicou que seu conselho de administração aprovou por maioria a nova política de dividendos, com aprimoramento da Remuneração aos Acionistas.
O pagamento continua a ser aplicado sobre o fluxo de caixa livre e trimestral, permitindo recompra de ações. O porcentual foi reduzido de 60% para 45%, cinco pontos porcentuais a mais do que vinha sendo especulado no mercado.
A Fitch elevou os ratings de longo prazo da Petrobras e de uma série de outras empresas brasileiras, seguindo a melhora na nota do rating soberano do país, anunciada na última quarta-feira (26). A agência de classificação de risco elevou a nota de crédito da estatal de BB- para BB, com perspectiva estável.
A companhia, inclusive, divulgará seus resultados referentes ao segundo trimestre na quinta-feira (3), após o fechamento do mercado.
As ações da Vale (VALE3), por sua vez, apresentavam alta de 2,87%.
“A alta de Vale é compreensiva por causa dessa questão da China. No caso da Petrobras, não dá para entender. Os preços internos dos combustíveis estão com defasagem em relação ao exterior e o petróleo sobe. Além disso, teve a nova política de dividendos. Só se os papéis estiverem subindo olhando a recompra de ações que a empresa deve fazer”, avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.
Na sexta, o Ibovespa fechou com alta de 0,16%, aos 120.187,11 pontos, acumulando elevação de 1,78% em julho. Agora, sobe 3,07% no período. “Foi importante não perder o nível dos 120 mil pontos. Deixa a possibilidade de ir buscar os 124.500 pontos, os 125 mil pontos”, cita o economista Álvaro Bandeira em comentário matinal.
Destaque da semana na agenda econômica: Copom
O destaque da semana será a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com o mercado prevendo uma queda na taxa de juros, Selic, mas dividido entre uma redução de 0,50 ponto percentual ou 0,25 ponto percentual.
Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (31), o mercado espera que a taxa de juros termine 2023 em 12%, mesma previsão registrada no levantamento anterior.
Em paralelo, as projeções do principal indicador de inflação, o IPCA, foram reduzidas pela segunda semana consecutiva,. A estimativa para o indicador no ano de 2023 foi cortada de 4,90% para 4,84% de uma semana para a outra. Há quatro semanas, o mercado projetava 4,98% de inflação para o ano de 2023.
A agenda de resultados da semana traz novidades para os investidores de Bradesco (BBDC4), Taesa (TAEE11), Cielo (CIEL3), Petrobras (PETR4) e mais empresas listadas na bolsa de valores.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Mercado internacional
Já o dólar comercial iniciou a última sessão do mês em queda, pressionadas pela formação da Ptax de fim de mês, utilizada para regrar contratos de derivativos. Perto das 10h30, o dólar futuro caía 0,15%, a R$ 4,730.
Lá fora, a China divulgou dados do índice de gerentes de compras (PMI) de julho, que avançou de 49,0 para 49,3 em um mês, segundo dados divulgados pelo NBS, escritório nacional de estatísticas. Ainda assim, o indicador está abaixo da linha de 50,0 – determinante por separar a expansão da contração – desde o mês de abril.
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa terminou o pregão da última sexta-feira (28) em alta de 0,16%, aos 120.187,11 pontos.
Com Estadão Conteúdo