O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (30) em alta de 1,89% aos 103.713,45 pontos, após oscilar entre 101.795,79 e 104.085,40 pontos. O volume financeiro do dia somou R$ 23,8 bilhões.
A bolsa de valores hoje operou influenciada pelo bom humor no cenário doméstico, com a divulgação do arcabouço fiscal — bastante aguardado pelos investidores — e com o mercado externo mais positivo.
“Se nós cumprimos essa trajetória, com esses mecanismos de controle, vamos chegar em 2026 a uma situação de bastante estabilidade no que diz respeito a esses agregados. As trajetórias de inflação, juro real, dívida pública vão se acomodar em uma situação muito mais favorável do que a que encaramos hoje”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na apresentação à imprensa.
Aguardado pelo mercado e pelos investidores, a nova âncora fiscal auxiliou na 5ª alta consecutiva do Ibovespa, explica Marcus Labarthe, educador financeiro e sócio-fundador da GT Capital.
“Tivemos na semana passada quedas fortes nas bolsas mundiais e, na brasileira, uma saída de capital externo por consequência de uma alta na taxa de juros em muitas economias. Os investidores no mercado internacional estão com uma sensação de que o pior pode ter passado no Brasil, e que o fim do ciclo de alta da taxa de juros pelos bancos centrais está chegando ao fim”, afirma.
Diante desse cenário favorável, o apetite pelas oportunidades de curto prazo fizeram com que o Ibovespa subisse. “O mercado tem uma premissa quando está em tendência de queda. Somente pelo fato de não termos noticias ruins a alta já é justificada, ainda mais vindo de uma semana passada de quedas”, pontua Labarthe.
Enquanto isso, no mercado internacional as bolsas dos Estados Unidos e Europa operaram em alta motivadas pela tranquilidade maior em relação ao Silicon Valley Bank e demais bancos internacionais. As bolsas de Nova York fecharam em alta, confira abaixo:
- Dow Jones: 0,43% (32.859,56 pontos);
- S&P500: 0,57% (4.050,85 pontos);
- Nasdaq: 0,73% (12.013,47 pontos).
Por outro lado, com o arcabouço fiscal dando fôlego aos ânimos dos investidores, o dólar hoje fechou em queda (0,73%), a R$ 5,0977, após oscilar entre R$ 5,0745 e R$ 5,1598.
Entre as blue chips do Ibovespa, a Vale (VALE3) continua a se valorizar em meio a alta da cotação do minério de ferro no exterior. Enquanto a commodity negociada em Dalian subiu 1,91%, a US$ 131,69 (905,5 iuanes) a tonelada, a mineradora fechou com ganhos de 1,63%, a R$ 81,82.
Já a Petrobras (PETR4;PETR3) não conseguiu acompanhar o petróleo, cujo contrato para maio subiu 1,26%, a US$ 79,27 o barril, e operou entre perdas e ganhos. Embora os papéis preferenciais e ordinários tenham somado 0,29% e 1,12%, respectivamente, os investidores não viram com bons olhos a reavaliação da venda de ativos que a nova diretoria da estatal pretende fazer.
Entre os ativos bancários, o fechamento do pregão registou ganhos. O Bradesco (BBDC4) teve alta de 3%, o Itaú (ITUB4) avançou 2,76% e o Banco do Brasil (BBAS3) valorizou 1,83%.
Ainda na ponta positiva do Ibovespa, destaque para a Rede D’Or (RDOR3), após fala do presidente da empresa dizer que ela tem condições de crescer preços acima da inflação.
Também subiram as ações da CVC (CVCB3), junto com as companhias aéreas, Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), com a perspectiva positiva do novo arcabouço fiscal e a queda do dólar e dos juros.
“São setores que caíram muito nos últimos meses e o que vemos hoje é um movimento de ajuste. A divulgação do arcabouço fiscal também é uma luz no fim do túnel que acalma os ânimos dos investidores e gera um certo otimismo por uma possível queda de juros, o que também favorece os setores”, destaca Labarthe.
Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do Ibovespa nesta quinta-feira (30)
O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira (30) em alta de 1,89% aos 103.713,45 pontos.
Notícias Relacionadas