O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (29) em alta de 0,60% aos 101.792,52 pontos, após oscilar entre 100.247,89 e 102.213,27 pontos. O volume financeiro do dia somou R$ 23,6 bilhões.
A bolsa de valores operou com volatilidade hoje, com os investidores em expectativa pela divulgação do arcabouço fiscal. Com o adiamento da viagem à China do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o martelo sobre a nova proposta, inclusive a data de divulgação, ocorrerá nesta semana. Até as 16h, o índice operava no negativo.
Perto da reta final da sessão, o Ibovespa virou e chegou a mostrar alta de 1,02%, aos 102.213,27 pontos. Fechou um pouco mais acomodado, aos 101.792,52, em alta de 0,60%, emendando hoje o quarto dia de recuperação, a mais longa série positiva do índice desde os seis ganhos entre 4 e 11 de janeiro, após ter aberto o ano com dois tombos.
“Alguns integrantes da equipe econômica já disseram que teremos uma âncora fiscal mais flexível, que irá permitir mais gastos em áreas essenciais sem gerar um descontrole nas contas públicas. Enquanto nada é divulgado, o mercado segue em compasso de espera”, explica Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos.
Cohen ainda pontua que, para ele — e o mercado financeiro —, o modelo ideal de arcabouço terá uma política mais restritiva, estabilização da dívida pública, zerando o déficit, com responsabilidade fiscal. “Se a gente conseguir mostrar que tem todas as dívidas sob controle, conseguimos trazer uma confiança maior para o país e fazer com que o investidor estrangeiro volte para a nossa Bolsa e o país volte a crescer.”
Enquanto isso, no mercado internacional as bolsas dos Estados Unidos e Europa operaram em alta motivadas pela tranquilidade maior em relação ao Silicon Valley Bank e demais bancos internacionais. As bolsas de Nova York fecharam em alta, confira abaixo:
- Dow Jones: 1% (32.717,96 pontos);
- S&P500: 1,43% (4.027,88 pontos);
- Nasdaq: 1,79% (11.926,24 pontos).
Por outro lado, o dólar hoje fechou em queda (0,57%), a R$ 5,1353, após oscilar entre R$5,1268 e R$ 5,1840.
Entre as blue chips do Ibovespa, a Vale (VALE3) subiu, em compasso com a alta minério de ferro diante do otimismo com a demanda chinesa. Na Dalian Commodity Exchange, a commodity teve alta de 1,5%, a 129,26 dólares (890,50 iuanes) a tonelada. Já a mineradora fechou em alta de 1,44%, com papéis cotados a R$ 80,51.
Já a Petrobras (PETR4;PETR3) operou entre perdas e ganhos no pregão de hoje, embora os ativos preferenciais e ordinários tenham fechado com altas de 1,31% e 1,06%, respectivamente. Isso porque a quarta-feira da estatal foi marcada por um novo ofício do Ministério de Minas e Energias, solicitando a suspensão da venda de ativos.
Embora tenha aceitado a nova reavaliação, a estatal afirma que a revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura e fechamento de contratos.
Entre os ativos bancários, o fechamento do pregão foi de ganhos. O Bradesco (BBDC4) teve alta 0,54%, o Itaú (ITUB4) avançou 0,97% e o Banco do Brasil (BBAS3) valorizou 1,16%.
Ainda na ponta positiva do Ibovespa, destaque para a Hapvida (HAPV3), cujo anúncio da venda de dez imóveis por R$ 1,25 bilhões, junto a uma possível oferta pública subsequente de ações ordinárias de emissão da companhia, animaram os investidores.
Já na ponta negativa do pregão, com o peso da expectativa pelo arcabouço fiscal, houve queda entre as varejistas como Renner (LREN3) e Via (VIIA3), bem como papéis da construção e educação, como Eztec (EZTC3) e Cogna (COGN3). “São setores que sofrem nesse cenário de juros altos e sem previsão de queda tão cedo”, lembra Cohen.
Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do Ibovespa nesta quarta-feira (29)
O Ibovespa fechou o pregão desta quarta-feira (29) em alta de 0,60% aos 101.792,52 pontos.
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