O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (28) em baixa de 0,74% aos 104.931,93 pontos, após oscilar entre 104.931,93 e 106.793,71. O volume financeiro do dia somou R$ 29,9 bilhões. O índice acumulou perda de 7,49% em fevereiro e, no ano, recua 4,38%.
A bolsa de valores hoje operou com instabilidade, registrando mais perdas do que ganhos. No radar dos investidores, a volta de impostos federais sobre os combustíveis foi confirmada ontem e oficializada em coletiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um pouco antes do fechamento do pregão. Entre as preocupação do mercado está o peso da desoneração na inflação.
“A retirada da isenção dos impostos sobre combustíveis pode piorar a inflação no Brasil, visto que parte da alta é por causa dos combustíveis. Em termos fiscais, a decisão é boa perante ao mercado, pois alguém pagava pela conta — que, no caso era, o governo. A exoneração era responsável por quase R$ 200 bilhões que o governo deixava de arrecadar”, explica Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital.
Além da decisão sobre os impostos do combustível, hoje a Petrobras (PETR4;PETR4) anunciou a redução do preço da gasolina para o distribuidor e, junto a isso, o futuro dos dividendos também se tornou pauta. Segundo informações do jornalista Valdo Cruz, do G1, a estatal poderá não seguir a política de distribuição de proventos adotada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“No governo Bolsonaro, a empresa distribuiu praticamente todo seu lucro. No governo de Lula, a ideia é que a distribuição siga as regras de mercado, com uma parcela importante sendo repassada para o lado social e transição energética. Com essa mudança, a ação perde atratividade”, pontua Labarthe.
Diante disso, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras fecharam o Ibovespa de hoje com fortes quedas de 3,48% e 4,39%, com papéis cotados a R$ 25,24 e R$ 28,75, respectivamente.
A ponta negativa da bolsa foi liderada pela PetroRio (PRIO3) e acompanhada pela 3R Petroleum (RRRP3). As petroleiras júniores, como são chamadas, seguiram o caminho de queda da Petrobras e recuaram com o tributo à exportação anunciado. Vale dizer, no entanto, os preços do petróleo fecharam com alta hoje. O petróleo WTI avançou 1,14% (US$ 76,54 o barril) e o Brent ganhou 0,91% (US$ 83,20 o barril).
Outras quedas no pregão de hoje foram do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que apresentou resultados abaixo da expectativa do mercado, e a BRF (BRFSA), com o receio do mercado em relação à possível venda de operação alimentos para animais de estimação.
Figuraram na ponta positiva do Ibov hoje a Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11). A Suzana gerou expectativa positiva em relação ao balanço, que será divulgado hoje após o pregão. Empresas de commodities como Braskem (BRKM5), Dexco (DXCO3), Gerdau (GGBR4) e Raízen (RAIZ4) também subiram.
Os ativos bancários tiveram um fechamento misto no Ibovespa hoje. O Santander (SANB11) caiu 1,6%, o Itaú (ITUB4) ganhou 0,36% e o Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,93%. Já o Bradesco (BBDC4) desvalorizou 0,68% e o BTG Pactual (BPAC11) teve alta de 1,46%.
Maiores altas do Ibovespa
- Embraer (EMBR3): +3,17%
- Suzano (SUZB3): +3,02%
- Dexco (DXCO3): +2,68%
- Klabin (KLBN11): +2,37%
- JBS (JBSS3): +2,35%
Maiores baixas do Ibovespa
- PetroRio (PRIO3): -9,04%
- Pão de Açúcar (PCAR3): -7,17%
- CVC (CVCB3): -7,06%
- 3R Petroleum (RRRP3): -6,98%
- YDUQS (YDUQ3): -5,75%
Cotação do Ibovespa nesta terça-feira (28)
O Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira (28) em baixa de 0,74% aos 104.931,93 pontos.