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Ibovespa recua 1,63%, aos 112 mil pontos; bancos, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) puxam quedas

B3 (B3SA3) - Ibovespa - Foto Divulgação

Ibovespa. Foto: Divulgação/B3

Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (27) em baixa de 1,63%, aos 112.316,16 pontos, após oscilar entre 112.044,46 e 114.190,65. O volume financeiro do dia somou R$ 21,8 bilhões. No acumulado da semana, contudo, o índice avançou 0,25%.

No Ibovespa hoje, mais uma vez a política esteve sob o radar dos investidores. Entre os assuntos que repercutiram no pregão estiveram o arcabouço fiscal e a possibilidade de a União compensar estados por perda de arrecadação com ICMS. Junto a isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre possibilidade de uso do BNDS e Banco do Nordeste como compensação para alguns governadores.

“Com isso, vimos a curva de juros subindo em todos os vértices hoje, além de movimento de realização em diversos setores”, pontua Apolo Duarte, CFP da AVG Capital.

A maior alta do Ibov hoje foi da Magazine Luiza (MGLU3), que avançou 5,84% no pregão, seguindo como a principal opção do varejo após a saída da Americanas (AMER3) do índice. Também registraram os maiores ganhos a CVC (CVCB3),+5,76%, a HapVida (HAPV3), com+3,60%, Méliuz (CASH3), em +2,80%, e a Rede D’Or (RDOR3), com alta de +2,29%.

Já na ponta negativa do Ibovespa figuraram a BRF (BRFS3), MRV (MRVE3), São Martinho (SMTO3), Marfrig (MRFG3) e Eletrobras (ELET3), com perdas de -5,24%, -3,67%, -3,39%, -3,25% e -3,23%, respectivamente. Mas quem de fato puxou a queda no Ibov foram as blue chips e os ativos bancários.

No pregão de hoje, as ações preferências e ordinárias da Petrobras (PETR4;PETR3) recuaram -2,21% e -2,27% em compasso tanto com a baixa do petróleo hoje quanto com as incertezas com a nova gestão sob o comando de Jean Paul Prates. A Vale (VALE3) também perdeu, recuando -2,73% hoje.

No fechamento do Ibovespa de hoje, ativos bancários também lideraram as quedas. O BTG Pactual (BPAC11)Bradesco (BBDC4)Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11) recuaram, respectivamente, -2,22%, -2,97%, -2,12%% e -1,82%. Também houve queda na B3 (B3SA3) de -3,13%, no Banco do Brasil (BBAS3) em -1,11%, e na Cielo(CIEL3), em -1,13%.

Petróleo reverte ganhos e fecha em queda

Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em baixa hoje, após dados nos Estados Unidos reforçarem incertezas sobre o quadro econômico. A commodity chegou a subir no início do dia, mas o fortalecimento do dólar ao longo da sessão jogou os preços do ativo para o território negativo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em queda de 1,64% (US$ 1,33), a US$ 79,68 o barril. Já o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 1,0% (US$ 0,88), a US$ 86,40 o barril.

Na variação semanal, as quedas forma de 2,4% e 1,40%, respectivamente.

Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, as cotações do petróleo oscilam ao redor do nível de US$ 80 por barril, à medida que o mercado busca clareza em relação aos próximos passos do Federal Reserve (Fed) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep).

“Outra rodada de dados dos EUA mostrou o potencial de pouso suave, mas isso provavelmente terminará com um Fed hawkish que está determinado a reduzir a inflação”, afirmou.

É importante ressaltar que seguem fechados até esta sexta-feira o mercados de commodities na China, Coreia do Sul e Taiwan para comemoração do feriado do Ano Novo Lunar. Desta forma, a cotação do minério permaneceu paralisada.

Dólar e bolsas de NY sobem

O dia foi de ganhos em Wall Street em meio a uma onda compradora que deixou as ações de tecnologia em destaque. Por outro lado, a reação negativa aos balanços de Intel e Chevron impediu ganhos mais sólidos do Dow Jones, que apresentou particular volatilidade ao longo da sessão.

Nesta sexta-feira o Dow Jones subiu 0,08%, a S&P ganhou 0,25% e a Nasdaq avançou 0,95%. Junto a isso, o dólar à vista fechou em alta de 0,74%, a R$ 5,1120, após oscilar entre R$ 5,057 e R$ 5,117. Na semana, moeda recuou 1,84%.

“Hoje o dia começou com bolsas de lado nos EUA a espera de dados importantes como confiança do consumidor e PCE. Números vieram em linha com o esperado e, como não trouxeram indicativos de alta da inflação, foi uma boa notícia e reforçou o aumento de 25 p.p na taxa de juros pelo FED na semana que vem. Então, mercado americano em alta e petróleo em queda”, explica Apolo Duarte, CFP da AVG Capital.

Já o economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Robin Brooks, analisa que o dólar está começando a retomar sua força, após atingir nível de desvalorização acentuado sobre outras moedas. Para Brooks, o temor de um Fed dovish, que seria o responsável pelo recuo da moeda, já foi “mais do que precificado”.

Na análise da Capital Economics, as negociações do dólar encerram esta semana sem grande mudança frente a moedas rivais, mas projeta que uma recuperação deve acontecer em breve.

“Esperamos que a fraqueza contínua dos dados econômicos dos EUA prejudique o sentimento de risco, restrinja as condições financeiras e eleve o dólar nos próximos meses”, avalia a consultoria.

Bolsas europeias com altas leve

As bolsas da Europa apresentaram fôlego contido ao longo do pregão desta sexta-feira (27) e fecharam com tímidos ganhos. Dados dos EUA apontaram para contínua desaceleração da inflação no país, mas também acenderam o alerta para os riscos de recessão — fato que dificultou a definição de um direcionamento claro aos mercados acionários.

Desta forma, veja como ficou o fechamento das bolsas europeias hoje:

Notícias que movimentaram a Bolsa de Valores hoje

Lucro da Cielo tem alta de 63,3% no 4T22

Cielo (CIEL3) encerrou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido recorrente de R$ 490,1 milhões, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (26).

resultado da Cielo é 16,2% maior que o do trimestre anterior, e 63,3% superior ao do quarto trimestre de 2021. O lucro consolidado foi de R$ 328 milhões, queda de 2,6% em um ano.

No ano de 2022, a Cielo teve lucro líquido recorrente de R$ 1,479 bilhão, alta de 78,6% na comparação com 2021. O resultado consolidado, que exclui efeitos não recorrentes de cerca de R$ 90 milhões, foi de R$ 1,570 bilhão, alta de 61,7% em um ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da Cielo foi de R$ 1,092 bilhão, alta de 40,4% em 12 meses, e de 8,6% em três. No acumulado de 2022, o resultado nessa linha do balanço foi de R$ 3,724 bilhões, crescimento de 47,8% na comparação com 2021.

receita líquida da Cielo foi de R$ 2,754 bilhões no quarto trimestre de 2022, queda de 12,3% em um ano, mas alta de 18% em bases recorrentes, o que exclui as receitas de unidades de negócios que foram vendidas pela companhia no período.

BofA muda rating da Taesa e recomenda compra

O Bank of America (BOAC34) alterou o ranting de underperform para compra da Taesa (TAEE11) com preço-alvo de R$ 39. Embora os analistas da casa considerem a recomendação “fora do consenso”, eles apontam quais razões os levaram a mudar a classificação da transmissora de energia.

Os analistas do banco justificam que:

Reforma tributária manterá impostos no nível atual

reforma tributária a ser conduzida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manterá a carga de impostos brasileira no nível atual.

Nesta sexta (27), o líder da equipe econômica argumentou que essa manutenção aliada à aprovação no novo arcabouço fiscal diminuirá as pressões sobre a inflação.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro explicou que a primeira etapa do seu plano é adotar o IVA sem aumentar a carga — ou seja, unificar os tributos já existentes.

“Se nós formos bem-sucedidos, na segunda etapa nós podemos até rever as alíquotas a primeira. É assim que está organizado o debate”, complementou Haddad.

No planejamento do ministro, a reforma tributária pode ser votada ainda no primeiro semestre na Câmara dos Deputados. “Sendo otimista, acredito que seria possível até abril”, comentou.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores baixas do Ibovespa

Fechamento dos outros índices brasileiros

Cotação do Ibovespa nesta sexta-feira (27)

Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira (27) em baixa de 1,63%, aos 112.316,16 pontos. No acumulado da semana, houve alta de 0,25%.

Com informações do Estadão Conteúdo

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