Ibovespa cai 1,2%, aos 114 mil pontos; Magazine Luiza (MGLU3) lidera ganhos e IRB (IRBR3) recua
O Ibovespa hoje encerrou a sessão de terça-feira (25) em queda de 1,20%, aos 114.625,59 pontos, na mínima do dia. A máxima do pregão foi de 116.203,11 pontos. O volume financeiro foi de R$ 33,8 bilhões.
Segundo Leandro Petrokas, Diretor de Research e sócio da Quantzed, a movimentação do Ibovespa hoje foi marcada por realização de lucros dentro de um ajuste natural. O índice já vinha performando muito bem em relação às bolsas mundiais.
Desse modo, aquele movimento de alta na cotação do Ibovespa observado anteriormente, saindo da mínima do ano em 96 mil pontos e chegando até a máxima da semana passada aos 121 mil, pode ser considerado como um movimento de over performance do índice.
“Me parece que há uma expectativa do mercado de apostar no candidato Lula porque temos um movimento de forte queda da Petrobras desde ontem e também Banco do Brasil, que chegou a cair forte cerca de 10%, ou seja, a queda desses dois ativos faz parecer que o mercado está olhando para o candidato Lula”, diz Petrokas.
Empresas de varejo e de educação são os destaques positivos do Ibovespa hoje, com Magazine Luiza (MGLU3), Cogna (COGN3) e Via (VIIA3) subindo.
Do lado negativo, as incertezas em relação ao custo de milho também ajudaram na queda das ações da BRF (BRFS3), já que a commodity é um dos principais componentes de custo para a empresa.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, com operadores à espera de balanços corporativos das gigantes de tecnologia. As apostas divididas para alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na última reunião do ano, em dezembro, também são acompanhadas pelos acionistas.
- Dow Jones: +1,07%, aos 31.836,74 pontos
- S&P 500: +1,63%, aos 3.859,11
- Nasdaq: +2,25%, aos 11.199,12 pontos
As negociações desta terça ocorreram enquanto o mercado aguardava a publicação de resultados das gigantes de tecnologia Alphabet (+1,91%) e Microsoft (+1,38%), além da Visa (+1,92%).
A cotação do dólar à vista fechou em alta de 0,26%, a R$ 5,3168, após oscilar entre R$ 5,2777 e R$ 5,3572.
Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em alta no mercado futuro nesta terça-feira, 25. A valorização da commodity se deu diante do enfraquecimento do dólar ante rivais e maior apetite por risco nas negociações. Lembretes de que o mercado de petróleo está apertado seguiram no radar dos investidores.
O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,87% (US$ 0,74), a US$ 85,32 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 subiu 0,58% (US$ 0,53), a US$ 91,74 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, 25, com preços apoiados no enfraquecimento do dólar. As especulações sobre a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) nas duas últimas reuniões para decisão monetária este ano continuam no radar das mesas de operação.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,24%, a US$ 1.658,00 por onça-troy.
No Ibovespa hoje, o principal destaque do pregão foi Magazine Luiza (MGLU3), que avançou 5,15%. Além disso, Yduqs (YDUQ3) também entrou na lista das maiores altas, com variação de +4,20%, e a Embraer (EMBR3) subiu 4,20%. A Méliuz (CASH3) subiu 3,74% e Cogna (COGN3) ganhou 2,78%.
As maiores quedas da sessão ficaram com BRF (BRFS3), que desabou 11,24%, IRB Brasil (IRBR3), com baixa de 7,22% e Azul (AZUL4), que teve uma forte desvalorização de 7,06%. Carrefour (CRFB3) caiu forte em 5,95%, enquanto Gol (GOLL4) variou -5,66%
Maiores altas do Ibovespa:
- Magazine Luiza (MGLU3): +5,15%
- Yduqs (YDUQ3): +4,61%
- Embraer (EMBR3): +4,20%
- Méliuz (CASH3): +3,74%
- Cogna (COGN3): +2,78%
Maiores baixas do Ibovespa:
- BRF (BRFS3): -11,24%
- IRB Brasil (IRBR3): -7,22%
- Azul (AZUL4): -7,06%
- Carrefour (CRFB3): -5,95%
- Gol (GOLL4): -5,66%
Outras notícias que movimentaram o Ibovespa
- Braskem: Citi rebaixa ações, corta preço-alvo e vê ‘cenário muito difícil’
- Petrobras: produção de óleo e gás no 3T22 cai 6,5% na comparação anual
- Méliuz estuda separação e IPO do banco digital Bankly
Braskem: Citi rebaixa ações, corta preço-alvo e vê ‘cenário muito difícil’
Os analistas do Citi retiraram a recomendação de compra para as ações da Braskem (BRKM5). Assim, rebaixou os papéis para uma recomendação neutra. O preço-alvo dos especialistas é de R$ 39, frente a R$ 42 anteriormente.
O cenário atual aponta que as margens podem ser mais apertadas para a empresa petroquímica. Além disso, o Citi destacou as ofertas pelos ativos da companhia pela Apollo e também o interesse da Unipar (UNIP6) pela aquisição. Outro fator que corrobora para essa visão do banco são os resultados operacionais divulgados nesta semana.
“Vemos um cenário muito difícil pela frente devido à queda dos spreads no curto e médio prazo, maiores efeitos inflacionários nos custos impactando negativamente as margens da empresa, bem como as incertezas advindas do cenário macroeconômico e geopolítico, causando distúrbios na demanda por produtos da Braskem”, diz o Citi.
Petrobras: produção de óleo e gás no 3T22 cai 6,5% na comparação anual
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (24), a Petrobras (PETR4) registrou uma produção média comercial de óleo e gás de 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) no 3T22, tendo uma queda de 6,5% em relação à produção do mesmo trimestre em 2021.
A produção de derivados da Petrobras também caiu, passando de 1,771 para 1,750 milhão de bpd entre os meses de julho e setembro. A queda anual foi de 9,4%.
As vendas de derivados tiveram alta 4,7% no 3T22, em meio ao desempenho do diesel e da gasolina. A petroleira diz que “o aumento do mercado de gasolina se deu por causa da queda do preço médio ao consumidor na comparação entre os períodos”.
Méliuz estuda separação e IPO do banco digital Bankly
O conselho de administração do Méliuz aprovou o início dos estudos para realizar a separação das operações de sua subsidiária Bankly, conforme divulgado nesta segunda-feira (24). A empresa diz que, dependendo do resultado, existe a possibilidade de listagem de ações de seu banco digital na bolsa de valores.
O objetivo da separação do Bankly é liberar o pleno potencial dos negócios em soluções de pagamentos, assim como permitir que as empresas passem a operar de forma autônoma. Com administração separada, há uma certa garantia de geração de novas oportunidades de mercado.
“A transação permitirá a cada um dos negócios acesso direto ao mercado de capitais e a outras fontes de financiamento, possibilitando, desta forma, priorizar necessidades de investimentos e maximizar flexibilidade para transações estratégicas”, diz o Meliuz.
Cotação do Ibovespa nesta segunda (24)
O Ibovespa terminou o pregão desta última segunda-feira (24) em queda de 3,27%, em 116.012,70 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)