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Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) derrubam Ibovespa, que vai aos 103 mil pontos; bancos sobem após balanço do Santander (SANB11)

Ibovespa cai. Foto: Divulgação

Ibovespa cai. Foto: Divulgação

Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (25) em queda de 0,70%, aos 103.220,09 pontos, após oscilar entre 102.633,10 e 103.946,58. O volume financeiro do dia somou R$ 24,6 milhões. 

bolsa de valores hoje foi pressionada pelas commodities metálicas, com perspectiva menos otimista em relação à demanda por minério de ferro pela China. Com bons estoques da commodity, as usinas do país reduziram a produção de aço e a possibilidade de um excesso de oferta da matéria-prima siderúrgica cresceu.

“Isso mostra que não há uma necessidade, mesmo nesse processo de reabertura chinesa, de uma compra de larga escala, o que acaba colocando um limite para o valor do minério de ferro. O consumo observado nesta reabertura está priorizando o mercado doméstico, enquanto que o mercado imobiliário (que demanda grande parte do minério exportado pelo Brasil) não vem demonstrando crescimento”, explica Marcus Labarthe, educador financeiro e sócio-fundador da GT Capital.

Diante disso, a commodity recuou pelo quinta dia consecutivo. As negociações na bolsa de Dalian fecharam com queda de 1,86%, a cerca de US$ 102,83 (711 iuanes) a tonelada. Com isso, a Vale (VALE3) terminou o pregão com perdas de 2,72%.

Outra blue chip do Ibovespa, a Petrobras (PETR4;PETR3) também recuou e pressionou negativamente o índice. Assim como a Vale, a estatal foi afetada pela cotação da sua commodity, o petróleo Brent, cujo contrato para julho cedeu 2,35%, a US$ 80,60 o barril. Com isso, os ativos preferenciais e ordinários da petroleira cederam 0,40% e 0,53%, respectivamente.

Enquanto isso, o dólar hoje subiu (+0,47%) e se sustenta acima dos R$ 5: cotado a R$ 5,0647, após oscilar entre R$ 5,0311 e R$ 5,0840. Além disso, o dólar futuro para maio segue em alta (+0,52%), a R$ 5,0655. “A moeda geralmente sofre com a aversão de risco do mercado em geral, queda de bolsa e saída de investidores, que favorece o dólar”, pontua Labarthe.

Já no mercado internacional, o dia também foi marcado pela aversão ao risco, sobretudo com os resultados dos bancos e na expectativa das big techs, como a Microsoft (MSFT34) e a Alphabet (GOGL34). Com isso, as bolsas de Nova York tiveram um fechamento de quedas, confira:

De volta ao Brasil, falas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, no Senado, foram observadas com atenção pelo mercado financeiro. Segundo o sócio-fundador da GT Capital, a curva de juros demonstra um horizonte de queda nas taxas, sendo essa a aposta do mercado.

“Recentemente, Campos Neto disse que o arcabouço fiscal está na ‘direção certa’ entre as medidas que o governo deve realizar para ajustar as contas e justificar uma queda na taxa de juros de uma forma natural. Ou seja, baseado em análises técnicas e não politicas”, completa Labarthe.

Outra notícia que esteve no radar dos investidores foi o balanço do 1T23 do Santander (SANB11). Analistas viram os resultados como “fracos e pressionados”. Apesar disso, os papéis do banco fecharam positivos, com ganhos de 0,95%.

No Ibovespa hoje, entre os ativos bancários, na esteira do Santander subiram também o Itaú (ITUB4), em 0,91%, e o Bradesco (BBDC4), em 2,24%. Em contrapartida, o Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,92%.

No campo positivo, a Braskem subiu mais de 4% com a Apollo pedindo ao seu board para seguir adiante com a diligencia para compra da empresa.

Por fim, na ponta negativa do Ibovespa, destaque para a CVC (CVCB3), que a pouco mais de dez dias de divulgar o seu balanço financeiro, anunciou a renúncia do seu diretor Financeiro e de Relações com Investidores (CFO), Marcelo Kopel.

Veja as maiores altas e baixas

Cotação do Ibovespa nesta terça-feira (25)

Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira (25) em queda de 0,70%, aos 103.220,09 pontos.

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