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Ibovespa fecha perto da estabilidade; Vale (VALE3) perde 3,2%

Ibovespa hoje. Foto: PIxabay

Ibovespa hoje. Foto: PIxabay

Ibovespa hoje fechou a quarta-feira (24) em alta de 0,04% aos 112.897,84 pontos, após oscilar entre 112.632,28 e 113.887,75. O giro ficou em R$ 24,9 bilhões. Na semana, o índice avança 1,26% e, no mês, 9,43%. No ano, a alta está em 7,70%.

Após ter se descolado na terça-feira das perdas em Nova York, índice Bovespa sustentou ganhos pelo segundo dia, chegando a retomar e manter a linha dos 113 mil pontos em boa parte desta quarta-feira. Entretanto, oscilou para o negativo em alguns momentos da sessão desta quarta e perdeu a referência da B3 perdeu fôlego.

“Certa cautela deve permanecer nos próximos dias até o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no simpósio anual de Jackson Hole. O Brasil tem se mantido como bola da vez entre os emergentes, com volatilidade menor do que a dos pares. Nesta quarta, a leitura deflacionária sobre o IPCA-15 ajudou as ações do varejo, em dia não tão favorável para o segmento de commodities”, diz Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.

Contribuiu para o mau desempenho do setor metálico a revisão, para baixo, a ser feita pelo Instituto Aço Brasil para as vendas em 2022: a estimativa inicial era de avanço de 2,5% no ano. “Vamos rever essa projeção. O resultado será para baixo, uma vez que 2021 foi excepcional, subiu demais a base de comparação. Certamente vamos ter queda em relação a 2021”, disse nesta quarta Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil.

Na agenda macroeconômica, destaque para a prévia da inflação oficial de agosto, divulgada pela manhã. “O IPCA-15 veio com uma queda de 0,73%, mas o consenso de mercado estava em -0,83% para o mês – nossa projeção era de -0,72%.

Em 12 meses, o IPCA 15 está em 9,60%, abaixo dos dois dígitos, o que já era amplamente esperado pelo mercado. Abrindo os números, combustíveis e passagens aéreas contribuíram para trazer a leitura do mês para baixo, com os cortes de impostos aprovados pelo Congresso, além das quedas de preços na gasolina e no diesel anunciadas pela Petrobras”, diz Laíz Carvalho, economista para Brasil do BNP Paribas.

Ela destaca que a inflação em serviços ainda preocupa: com transferências de renda maiores e melhora do mercado de trabalho, os preços do setor devem se manter pressionados, diz a economista do BNP Paribas.

“A deflação do IPCA-15 é bastante expressiva, mas velhos problemas que já conhecemos devem ser trazidos para dentro dos indicadores inflacionários uma vez que movimentos muito específicos sejam revertidos – e serão revertidos”, diz Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital. Ela chama atenção para a decisiva contribuição dos preços administrados para a deflação de agosto, a partir de medidas legislativas que tiveram consequência para os preços dos combustíveis e da energia elétrica residencial, desde meados de junho, e com efeitos sentidos a partir de julho nos indicadores de inflação.

“Para o restante do ano, os efeitos da alta dos juros, o arrefecimento dos preços das commodities, dos alimentos e dos combustíveis podem contribuir para uma desaceleração da inflação”, aponta Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.

Mas ele ressalva que o índice de difusão permanece acima de 65%, o que sugere que a inflação continua disseminada na economia. Apesar da deflação registrada pelo IPCA-15 em agosto, “houve variações positivas em seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados”, escreve o economista, destacando em especial o segmento de alimentação e bebidas – no qual o leite longa vida acumula variação de quase 80% (79,79%) no ano.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários de Nova York fecharam com ganhos hoje, mas em jornada contida, em dia de agenda modesta. Investidores estavam à espera do Simpósio de Jackson Hole a partir da quinta-feira, quando o Federal Reserve pode dar mais detalhes sobre seus próximos passos na política monetária. Nesta quarta, em sessão positiva para o petróleo, o setor de energia liderou os ganhos.

dólar à vista fechou em alta de 0,24%, a R$ 5,1112, depois de oscilar entre R$ 5,0837 e R$ 5,1238.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, nesta quarta. Houve certa volatilidade no dia, com o dado de estoques na semana dos Estados Unidos, a movimentação do dólar e também o noticiário sobre as negociações entre potências e o Irã pelo programa nuclear de Teerã no foco dos investidores.

O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 1,23% (US$ 1,15), em US$ 94,89 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançou 1,00% (US$ 1,00), a US$ 101,22 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O ouro fechou com ganhos modestos nesta quarta-feira. O metal precioso foi apoiado pelo enfraquecimento do dólar durante a sessão. Investidores mantêm a expectativa pelo Simpósio de Jackson Hole. O simpósio começa na quinta-feira, 25, e deve trazer mais sinais sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed).

O ouro para dezembro fechou em alta de 0,02%, em US$ 1.761,5 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

No Ibovespa hoje, as empresas de varejo e consumo foram destaque devido aos dados do IPCA-15, que apontaram deflação de 0,73% no mês de agosto.

CVC (CVCB3) liderou o ranking das maiores altas, avançando 11,28%. Em seguida, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 8,43% e Natura (NTCO3) ganhou 8,33%.

Na outra ponta, quem liderou foi IRB Brasil (IRBR3), com -5,19%. No início do dia, os analistas do banco Citi afirmaram que o peso da reestruturação do ressegurador para resolver contratos problemáticos é a justificativa para reduzir o preço alvo da ação.

Também se destacaram no campo negativo Usiminas (USIM5), que caiu 3,60%, Suzano (SUZB3) desvalorizou 3,23% e Vale (VALE3), que perdeu 3,22%. A acionista da mineradora, Bradespar (BRAP4) também figurou a lista negativa, recuando 2,45%.

Grandes bancos fecharam mistos: Santander (SANB11) teve elevação de 0,44% e Itaú (ITUB4) subiu 0,42%. Já Banco do Brasil (BBAS3) registrou -1,66% Bradesco (BBDC3, BBDC4) recuou 0,37% e 0,56%, respectivamente.

Acompanhando a alta do petróleo, Petrobras (PETR3, PETR4) subiu 0,67% e 0,60%, nesta ordem.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

Bradesco (BBDC4) anuncia parceria com banco BV para gestora de investimentos independente

Banco Bradesco (BBDC4) informou que firmou parceria estratégica com o banco BV, o Banco Votorantim, para a formação de uma gestora de investimentos independente, que terá marca própria, a ser definida.

Na transação, o Bradesco, por meio de uma de suas controladas indiretas, irá adquirir 51% do capital da BV DTVM (Sociedade), que concentra a gestão de recursos de terceiros e a atividade de private banking do banco BV. Os valores da operação não foram informados.

Com atuação no mercado brasileiro desde 1999, a BV DTVM é a 9ª maior gestora de fundos imobiliários, segundo ranking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), com mais de R$ 41 bilhões de ativos sob gestão.

O BV Private oferece soluções financeiras e patrimoniais customizadas para clientes de alta renda, ocupando o 9º lugar entre os private bankings do País.

“Com estrutura independente, a nova asset oferecerá aos investidores produtos inovadores e compatíveis com a realidade de mercado. O suporte e o comprometimento dos sócios reforçam a solidez e a credibilidade dos processos de governança e compliance aplicados ao negócio”, afirma em nota Roberto Paris, diretor executivo do Bradesco.

“A gestora será independente e com filosofia própria de investimentos, com completo portfólio de fundos de investimentos destinados ao mercado em geral e a todo perfil de investidor. No Private Banking o modelo será de arquitetura aberta com a oferta dos melhores produtos de investimentos disponibilizados pelo mercado, além de serviços bancários oferecidos pelo Bradesco e pelo BV, no Brasil e no exterior”, diz Gabriel Ferreira, CEO do banco BV.

A Organização Bradesco já possui ampla e sólida plataforma local de asset management, com mais de R$ 544 bilhões sob gestão, e de private banking, com mais de R$ 380 bilhões sob gestão, sendo o 3º e 2º maior gestor em cada segmento, respectivamente.

A conclusão da transação entre o Bradesco e o BV está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, legais e regulatórias.

PRIO (PRIO3) se pronuncia sobre possível compra da Dommo (DMMO3)

PRIO (PRIO3), antiga PetroRio, afirmou que não há qualquer documento vinculante ou decisão tomada sobre a compra da Dommo (DMMO3), ex-OGX, que pertenceu ao empresário Eike Batista.

O comunicado veio após o colunista Lauro Jardim divulgar que a compra da Dommo estava em vias de acontecer. De acordo com o blog, a aquisição da Dommo pela PRIO deveria ocorrer quando os créditos tributários da compradora fossem validados pela Receita Federal.

“A PetroRio, de Nelson Tanure, vai comprar a Dommo (exOGX). Mas não agora. E, sim, quando os créditos tributários que possui forem validados pela Receita Federal”, escreveu Jardim.

Em fato relevante divulgado ao mercado, a PRIO afirmou que analisa a potencial oportunidade de negócio, mas que isso se insere em um contexto de avaliação contínua de oportunidades de investimento em linha com sua estratégia de crescimento inorgânico.

A PRIO também esclareceu que a companhia detém capital pulverizado, sem acionista controlador definido, como uma resposta ao trecho da coluna de Jardim que vincula a companhia a Nelson Tanure.

Na visão da Ativa Investimentos, a aquisição da Dommo pela petroleira era esperada pelo mercado e dispõe apenas de viés financeiro.

“Ainda assim, o movimento pode ser positivo para compráveis de créditos tributários superarem os valores pagos efetivamente”, afirmam os analistas da Ativa, em nota.

A ação da Dommo é um dos destaques do ano, com disparada de 224%.

A PRIO informou, ainda, que manterá seus acionistas e o mercado geral informados sobre qualquer ocorrência ou fato relevante envolvendo uma eventual compra da Dommo.

Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

Cotação do Ibovespa nesta terça (23)

Ibovespa fechou o pregão da última terça-feira (23) em alta de 2,13% aos 112.857,10 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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