O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (24) em baixa de 1,67% aos 105.798,43 pontos, após oscilar entre 105.359,92 e 107.610,59. O volume financeiro do dia somou R$ 19 bilhões. No acumulado da semana, o índice caiu 3,09%.
A bolsa de valores hoje operou refletindo um cenário de aversão ao risco no exterior com os dados do PCE (personal consumption expenditures) nos Estados Unidos. O indicador é usado pelo Fed (Federal Reserve) para monitorar a inflação e teve uma variação anual de +5,4% (versus o consenso de +5).
Diante desse cenário, o Dow Jones caiu 1,02% (32.817,05 pontos), a S&P recuou 1,05% (3.970,04) e a Nasdaq perdeu 1,69% (11.394,94). Porém o dólar à vista fechou em alta de 1,23%, a R$ 5,1987, após oscilar entre R$ 5,1488 e R$ 5,2095. Na semana, moeda acumula alta de 0,72%.
“Os investidores esperavam que o ciclo de alta de juros nos EUA terminasse em 4,75% e, agora, o mercado trabalha com expectativa de taxa de juros no fim do ciclo entre 5% e 5,5%. Isso acabou contaminando o mercado como um todo, que operou majoritariamente em queda, tanto aqui no Ibovespa como também na Europa e EUA”, explica André Fernandes, Head de Renda Variável e sócio A7 Capital.
Outro indicador que esteve no radar dos investidores no Ibov hoje foi o IPCA-15, que veio acima do consenso do mercado — +0,76% contra a estimativa de +0,72%. “O mercado reagiu negativamente com nosso índice futuro abrindo em queda logo após a divulgação do dado e em seguida isso foi refletido na nossa curva de juros“, frisa Fernandes.
Entre as blue chips do Ibovespa, a Vale (VALE3) mais uma vez fechou no vermelho com nova baixa na cotação internacional do minério de ferro e de outros metais, como o níquel e o cobre. As ações da mineradora recuaram 2,2%, cotadas a R$ 85,04.
A Petrobras (PETR4;PETR4) também fechou entre as maiores quedas no Ibov desta sexta-feira. Embora o petróleo Brent tenha avançado 0,98% (US$ 83,01 o barril), o mercado está na expectativa sobre a reoneração dos combustíveis, após o encontro entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o CEO da estatal, Jean Paul Prates.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, o encontro acabou sem definição; Está prevista uma nova reunião para a próxima segunda (27).
Na ponta positiva do Ibov, destaque para as ações da Azul (AZUL4), cujas posições de investidores short no papel estão em patamares elevados e pode ter provocado uma cobertura das posições de venda. Junto a ela, estava o Magazine Luiza (MGLU3), que teve uma elevação na recomendação do Citi para as ações da varejista.
Enquanto isso, a ponta negativa da bolsa destacou as perdas das mineradoras e siderúrgicas, como CSN Mineração (CMIN3) e CSN (CSNA3). Outras empresas do setor de commodities também caíram no pregão de hoje, como Dexco (DXCO3) e Raízen (RAIZ4).
Por fim, os ativos bancários tiveram um fechamento de queda no Ibovespa hoje. O Santander (SANB11) caiu 2,22%, o Itaú (ITUB4) perdeu 3,33% e o Banco do Brasil (BBAS3) recuou 2,15%. Bradesco (BBDC4) recuou 2,91% e o BTG Pactual (BPAC11) teve baixa de 1,41%.
Maiores altas do Ibovespa
- Azul (AZUL4): +4,96%
- Gol (GOLL4): +1,44%
- Magazine Luiza (MGLU3): +1,40%
- SLC (SLCE3): +0,78%
- Energisa (ENGI11): +0,67%
Maiores baixas do Ibovespa
- Dexco (DXCO3): -6,14%
- CSN Mineração (CMIN3): -5,52%
- CSN (CSNA3): -5,22%
- Raízen (RAIZ4): -4,93%
- Alpargatas (ALPA4): -4,74%
Cotação do Ibovespa nesta sexta-feira (24)
O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira (24) em baixa de 1,67% aos 105.798,43 pontos.
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