O Ibovespa hoje terminou o pregão de sexta-feira (21) em alta de 2,35%, aos 119.928,79 pontos. A máxima do dia foi de 120.751,55 pontos, enquanto a mínima foi de 116.735,71. O volume financeiro somou R$ 40,5 bilhões, em meio ao vencimento de opções. Na semana, o índice acumulou uma valorização de 7,01%.
Segundo Victor Paganini, analista CNPI-P da Quantzed, o que contribuiu para o movimento positivo do valor do Ibovespa hoje, descolado do mercado americano e dos principais índices mundiais, que ficaram no negativo, foram dois setores: bancos e petróleo, puxados por Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR4)
“Esse movimento acontece por possível precificação de uma posição mais forte de Jair Bolsonaro na corrida eleitoral: tivemos pesquisas divulgadas mostrando avqanço do presidente, diminuindo a vantagem para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, destacou Paganini.
Além do Banco do Brasil e o setor bancário, em geral, a Petrobras e o setor de petróleo também impulsionaram a alta do Ibovespa hoje. Santander subiu 0,80%, Itaúsa (ITSA4) avançou quase 3%, Itaú (ITUB4) se valorizou na casa dos 3% e Bradesco também subiu.
“A semana foi extremamente positiva com destaque para bancos e petróleo liderando as altas do Ibovespa”, diz o analista.
Ele ressalta que os setores associados a juros e economia interna vêm se movimentando em forte realização, como é o cenário para empresas de varejo e construção. Mesmo com a queda relevante desses setores, o índice acabou se descolando e apresentou uma semana muito positiva, puxada por bancos, petróleo e auxiliado por metalurgia e siderurgia.
Bolsas de Nova York
Os mercados acionários de Nova York abriram com sinal negativo, mas ganharam fôlego ao longo da sessão. Com várias máximas à tarde, os índices registraram ganhos robustos, apoiados pela interpretação do mercado de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode não ser tão agressivo no aperto monetário quanto até então esperado.
- Dow Jones: +2,47%, aos 31.082,56 pontos
- S&P 500: +2,37%, aos 3.752,75 pontos
- Nasdaq: +2,31%, aos 10.859,72 pontos.
Na comparação semanal, os índices registraram ganhos de 4,89%, 4,74% e 5,22%. Uma reportagem do Wall Street Journal segundo a qual o Fed poderia elevar os juros em dezembro ao nível menor que 75 pontos-base recebeu atenção nesta sexta.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,33%, a R$ 5,1480, depois de oscilar entre R$ 5,1411 e R$ 5,2775. Na semana, a moeda norte-americana recuou 3,28%.
Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta sexta-feira, 21. A commodity chegou a cair no início do dia, mas passou ao território positivo apoiada por notícias do setor e pelo recuo do dólar.
O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,64% (US$ 0,54), em US$ 85,05 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,21% (US$ 1,12), a US$ 93,50 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI recuou 0,65% e o Brent teve alta de 2,04%.
O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 21, impulsionado pelo arrefecimento do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, em meio ao aumento da expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode ser mais brando em sua decisão de política monetária de dezembro.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 1,19%, a US$ 1.656,3 por onça-troy. Na semana, o metal avançou 0,46%.
No Ibovespa hoje, o principal destaque do pregão foi CSN (CSNA3), que avançou 6,05%. Além disso, o Grupo Soma (SOMA3) também entrou na lista das maiores altas, com variação de +5,48%, e a Gol (GOLL4) subiu 4,57%. O Banco do Brasil subiu 2,43%. Petrobras ganhou 3,43%.
As maiores quedas da sessão ficaram com MRV (MRVE3), que desabou 7,18%, em meio ao peso de sua prévia operacional, Cielo (CIEL3), com baixa de 1,70% e TIM (TIMS3), que teve uma desvalorização de 0,95%.
Maiores altas do Ibovespa:
- CSN (CSNA3): +6,05%
- Grupo Soma (SOMA3): +5,48%
- Gol (GOLL4): +4,57%
- B3 (B3SA3): +4,50%
- Ecorodovias (ECOR3): 4,00%
Maiores baixas do Ibovespa:
- MRV (MRVE3): -7,18%
- Cielo (CIEL3): -1,70%
- TIM (TIMS3): -0,95%
- Totvs (TOTS3): -0,89%
- BB Seguridade (BBSE3): -0,88%
Na semana, os principais destaques positivos ficaram com Natura (NTCO3), Banco do Brasil (BBAS3) e 3R Petroleum (RRRP3), com altas de, respectivamente, 17,86%, 14,10% e 13,67%.
Na ponta negativa, os destaques foram Americanas (AMER3), MRV (MRVE3) e Via (VIIA3), com baixas de 16,69%, 11,42%, e 8,26%, nesta ordem.
Maiores altas da semana:
- Natura (NTCO3): +17,86%
- Banco do Brasil (BBAS3): +14,10%
- 3R (RRRP3): +13,67%
- Petrobras (PETR4): +12,87%
- Ultrapar (UGPA3): +12,51%
Maiores quedas da semana:
- Americanas (AMER3): -16,69%
- MRV (MRVE3): -11,42%
- Via (VIIA3): -8,26%
- Qualicorp (QUAL3): -6,54%
- Eztec (EZTC3): -5,42%
Outras notícias que movimentaram o Ibovespa
- Embraer: renegociação com Força Aérea reduz para 19 total de KC-390
- Klabin vende 8 mil hectares de floresta por R$ 230 milhões
- Cosan conclui aquisição bilionária de gestoras
Embraer: renegociação com Força Aérea reduz para 19 total de KC-390
A Embraer firmou novos aditivos aos seus contratos com o governo federal, acordados no ano de 2014, referente a venda de aeronaves KC-390 Millennium.
Conforme previsto no documento, pretendia-se diminuir de 22 para 19 a quantidade total de aeronaves a serem entregues.
A Embraer realizou tratativas com a Força Aérea Brasileira sobre esse assunto, e a partir disso, conduziu um novo processo de negociação que, por sua vez, gerou a celebração dos aditivos, encerrando assim a chance de reduções unilaterais nos termos da lei.
A Embraer destaca que “a celebração dos aditivos concluem de forma bem sucedida as negociações entre as partes a respeito dos contratos”. Além disso, a empresa ressalta que as mudanças dos contratos preservam o seu e não comprometem o guidance da companhia para o ano de 2022.
Klabin vende 8 mil hectares de floresta por R$ 230 milhões
A Klabin firmou documentos para realizar a venda de cerca de 8 mil hectares de floresta, não incluindo terras, correspondente a 3,2 milhões de m³ de madeira em pé, no montante total de venda de R$ 230 milhões.
Além disso, a Klabin também firmou um contrato de opção de recompra de até 2,2 milhões de m³ de madeira, cuja vigência é até 2036.
A operação pode ser concluída após a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Klabin informa que a operação está alinhada com sua estratégia de abastecimento florestal e “reforça sua diligente gestão de ativos, do custo de madeira e eficiente alocação de capital”.
Cosan conclui aquisição bilionária de gestoras
A Cosan concluiu a compra de participação adicional nas gestoras de terras Tellus Brasil e na Janus Brasil. Para isso, a empresa pagou R$ 202,9 milhões no momento da aquisição, representando a primeira parcela.
Com esta aquisição, a Cosan vai pagar outras quatro parcelas, de modo que a compra totalizará R$ 1,007 bilhão, que devem ser quitados pela companhia até 2026, cujas parcelas anuais serão corrigidas pela taxa Selic.
“Tendo sido verificado o cumprimento das condições precedentes estabelecidas nos contratos de compra e venda de ações (SPAs), foi concluída nesta data a operação de aquisição, pela Cosan, de participação adicional na Tellus Brasil Participações S.A. e na Janus Brasil Participações S.A.”, diz o comunicado da empresa.
A Cosan ainda acrescenta sua participação adicional “nas empresas que absorveram parte do patrimônio líquido da Tellus cindido através de reorganização societária aprovada após a assinatura dos SPAs”.
Cotação do Ibovespa nesta quinta (20)
O Ibovespa fechou a sessão desta última quinta-feira (20) em 0,77%, aos 117.171,11 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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