O Ibovespa hoje encerrou o pregão de quinta-feira (13) em baixa de 0,46%, aos 114.300,09 pontos, após oscilar entre 112.690,12 e 115.366,95. O giro financeiro foi a R$ 48,1 bilhões na sessão, reforçado pelo vencimento de opções. Na semana, o índice cede 1,78%, mas avança 3,87% no mês e 9,04% no ano.
Na esteira de avanço acima de 2% do petróleo, os ganhos em torno de 3% para Petrobras não foram o suficiente para assegurar sinal positivo no índice Bovespa no fechamento pós-feriado, em que os ganhos em Nova York foram fortes, após uma sequência de quedas – a sessão também foi de recuperação técnica nas bolsas europeias.
No exterior, “foram cinco dias seguidos de queda para as bolsas americanas, até a quarta, que as colocaram em mínimas do ano, faltando pouco para o encerramento de 2022. Um ano ruim também para o mercado de bonds, e não só americanos, com o estresse que prossegue especialmente nos Gilts, do Reino Unido”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, colocando em destaque sinais em sentido tanto ‘hawk’ como ‘dove’ na ata de quarta-feira do Federal Reserve.
“Voltaram a frisar o risco de não se fazer nada ou menos do que deveriam, mas pela primeira vez apareceu um parágrafo (na ata) que pode ser lido como uma conversa sobre desaceleração da alta de juros”, acrescenta o economista.
A ata do Federal Reserve, divulgada na quarta quando a B3 estava fechada, trouxe até alguns sinais “dovish”, observa também Gabriel Meira, especialista em renda variável da Valor Investimentos, mas tal efeito foi mitigado de certa forma, nesta quinta, pela leitura sobre a inflação ao consumidor nos Estados Unidos. “A alta foi de 0,40%, e a expectativa era de 0,20% (para setembro).
Um dos fatores para esse aumento é o contínuo crescimento da massa salarial, o que estimula o consumo e contribui para uma inflação elevada. O acumulado em 12 meses está em 8,2%, ainda bem acima da meta (de inflação) do Fed, de 2% ao ano”, observa Acilio Marinello, coordenador do MBA em Digital Banking da Trevisan Escola de Negócios.
“O dia de hoje foi bastante volátil principalmente lá fora, com o CPI (índice de preços ao consumidor) acima do esperado, o que levou o mercado a precificar altas maiores de juros, e até risco de ciclo também maior (de aumentos na taxa de referência do Fed), considerando que se esperava alta de 0,75, de 0,50 e de 0,25 pontos porcentuais (para as próximas reuniões). Mas depois houve uma recuperação muito forte lá fora, saindo das mínimas para as máximas do dia. Aqui, a amplitude do movimento foi muito menor, mas o mercado chegou a acompanhar também, em parte do dia”, diz Luiz Adriano Martinez, portfólio manager da Kilima Asset.
“O principal dado de inflação da semana, o CPI americano, trouxe volatilidade, com oscilação grande depois da divulgação, após leitura acima do esperado tanto para o índice cheio como para o núcleo (que exclui itens considerados mais voláteis, como alimentos e energia). O ‘core’ subiu 0,6%, na margem, e 6,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, contrariando expectativas, e com alta muito concentrada no setor de serviços”, diz Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo Investimentos.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta, com papéis de energia e finanças liderando o avanço. O movimento se deu apesar do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos vir acima do esperado pelo mercado. Para analistas, parte dos investidores considera que o núcleo inflação norte-americana pode ter alcançado seu pico.
- Dow Jones: +2,83%, aos 30.038,72 pontos;
- S&P 500: +2,60%, aos 3.669,91 pontos;
- Nasdaq: +2,23%, aos 10.649,15 pontos.
O dólar à vista fechou em leve alta de 0,02%, a R$ 5,2730, após oscilar entre R$ 5,2302 e R$ 5,3814.
Os contratos futuros do petróleo fecharam em forte alta nesta quinta-feira. Apesar do aumento dos estoques da commodity nos Estados Unidos, o corte da produção atraiu a atenção dos investidores. Cortes nas projeções para oferta e demanda de petróleo pela Agência Internacional de Energia (AIE) também ficaram no radar, assim como a inflação acima do esperado nos Estados Unidos.
O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 2,33% (US$ 1,84), a US$ 89,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro avançou 2,29% (US$ 2,12), a US$ 94,57 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O ouro fechou em baixa marginal nesta quinta, revertendo quase todas as perdas que sucederam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro dos EUA, que veio acima do esperado. Commodities metálicas ganharam tração à medida que diversos ativos, incluindo o dólar, mudaram de direção em resposta imediata ao CPI americano.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,03%, a US$ 1.677,00 por onça-troy.
No Ibovespa hoje, o destaque das maiores altas vai novamente a Braskem (BRKM5), que ganhou 11,97% no dia, ainda repercutindo a proposta de compra da petroquímica pela gestora Apollo.
Outras empresas que figuraram no ranking das maiores altas foram Minerva (BEEF3), com +6,64% e Rumo (RAIL3), que subiu 4,05%.
Ainda na lista, Petrobras (PETR3, PETR4) ganhou 3,13% e 2,85%, respectivamente, acompanhando a alta do petróleo. Já Vale (VALE3) recuou 1,78%.
Grandes bancos também fecharam majoritariamente no negativo: Itaú (ITUB4) caiu 0,59%, Santander (SANB11) desvalorizou 1,15%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) perdeu 1,33% e 1,44%, nesta ordem, e a única exceção foi Banco do Brasil (BBAS3), que valorizou 0,69%.
Quem liderou no campo negativo do índice foi Americanas (AMER3), registrando -7,34%, seguida por CSN Mineração (CMIN3), que teve queda de 5,56% e MRV (MRVE3), com baixa de 5,13%.
Maiores altas do Ibovespa:
- Braskem (BRKM5): +11,97% // R$ 37,60
- Minerva (BEEF3): +6,64% // R$ 14,13
- Rumo (RAIL3): +4,05% // R$ 19,77
- Petrobras (PETR3): +3,13% // R$ 37,89
- Petrobras (PETR4): +2,85% // R$ 33,94
Maiores baixas do Ibovespa:
- Americanas (AMER3): -7,34% // R$ 19,05
- CSN Mineração (CMIN3): -5,56% // R$ 3,40
- MRV (MRVE3): -5,13% // R$ 10,55
- Embraer (EMBR3): -4,84% // R$ 11,59
- Magazine Luiza (MGLU3): -4,84% // R$ 4,92
Outras notícias que movimentaram o Ibovespa
- Petrobras (PETR4): Produção de agosto sobe 2,5%, diz ANP
- Contra fraudes, Nubank (NUBR33) lançará “modo rua”, para limitar PIX e transferências fora de casa
Petrobras (PETR4): Produção de agosto sobe 2,5%, diz ANP
A produção de petróleo da Petrobras (PETR4) cresceu 2,5% em agosto, para 2,638 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), sendo 2,045 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo, alta de 2,7% contra julho, e 94,2 milhões de metros cúbicos de gás natural (m3/d), um crescimento de 2% contra o mês anterior.
Os dados da Petrobras foram divulgados nesta quinta-feira (13) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A agência sofreu um ataque cibernético no dia 4 de agosto e vem retomando gradualmente a normalidade na divulgação dos dados.
No total, o País produziu 3,966 milhões de barris de boe/d, alta de 3,9% contra julho, com 3,086 milhões de bpd de petróleo e 139,9 milhões de m3/d, alta de 4,2% e 3,2%, respectivamente.
O pré-sal da Petrobras contribuiu com 74,78% do total, somando 2,966 milhões de boe/d, sendo 2,340 milhões de b/d e 99,5 milhões de m3/d.
Contra fraudes, Nubank (NUBR33) lançará “modo rua”, para limitar PIX e transferências fora de casa
O Nubank (NUBR33) está testando o “Modo Rua”, um produto que permite um limite para transações de Pix, transferências e pagamento de boletos para os clientes quando saírem de casa.
“Assim como é possível ativar o “modo avião” no celular, em breve será possível ativar o Modo Rua com a mesma praticidade”, disse o Nubank em seu blog oficial.
Caso a pessoa precise fazer uma transferência acima do estabelecido, será necessário fazer um reconhecimento facial dentro do aplicativo do roxinho.
Com a nova modalidade, o Nubank afirma que avança nos cuidados com a segurança digital dos seus clientes, usando a tecnologia para proteger e facilitar a vida dos clientes.
Além do Modo Rua, o Nubank diz que também inova com ferramentas de dados biométricos inclusive de biometria facial.
Por enquanto, por estar em fase de testes, apenas uma parcela de clientes do Nubank tem acesso ao “Modo Rua”. “Assim que ele estiver disponível para o seu app, nós te avisaremos”, disse o banco.
Quando estiver disponível, para ativá-lo o cliente precisará definir um limite de gastos fora de casa e uma rede de wi-fi segura.
Não será necessário ativar ou desativar após voltar para casa, diz o Nubank :”Tudo é feito de forma automática e sem complicações. Isso significa que você só vai precisar configurar seu aparelho uma única vez para que a ferramenta funcione sempre”.
Nos próximos passos, será possível definir mais de uma rede de wi-fi segura para o seu dispositivo, como no trabalho ou na casa de familiares e amigos.
“O Modo Rua é um recurso inovador, intuitivo e simples, e mais uma camada de proteção no sistema muito robusto que já temos”, disse Cristina Junqueira, cofundadora e CEO do Nubank no Brasil.
Desempenho dos principais índices
Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:
- Ibovespa hoje: -0,46%
- IFIX hoje: -0,25%
- IBRX hoje: -0,39%
- SMLL hoje: -0,43%
- IDIV hoje: -0,34%
Cotação do Ibovespa nesta terça (11)
O Ibovespa fechou o pregão da última terça-feira (11) em queda de 0,96%, aos 114.827,12 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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