Ícone do site Suno Notícias

Ibovespa despenca 2%, puxado por Petrobras (PETR4), Banco do Brasil (BBAS3) e Vale (VALE3)

Ibovespa cai. Foto: Divulgação

Ibovespa cai. Foto: Divulgação

BOLSA TOMBA COM MEDO DE GOVERNO LULA; SAIBA MAIS!

O Ibovespa terminou a sessão de segunda-feira (12) em baixa de 2,02%, aos 105.343,33 pontos. A pontuação mínima da sessão foi de 103.876,71, enquanto a máxima do dia foi de 107.561,12 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 30,7 bilhões

Até perto do fechamento, abaixo dos 105 mil, parecia que o índice encerraria no menor nível desde 3 de agosto, quando marcou 103.774,68 pontos – ao fim, a melhora não foi tanta: mesmo aos 105 mil, não fugiu do pior nível de encerramento desde aquele mesmo dia de agosto. No mês, o Ibovespa cai 6,35%, chegando a ficar no negativo no ano, durante a sessão – ao fim do pregão de hoje, ainda sobe 0,50% em 2022.

Na reta final veio a melhora do Ibovespa, com o relato de que a votação da PEC da Transição pode não ocorrer nesta quarta-feira, diferentemente do que queria o governo eleito. O adiamento teria relação com a falta de votos necessários à aprovação do texto na forma como passou pelo Senado – o que sugere possível nova desidratação, agora na Câmara. Houve reação na curva de juros, contribuindo para aparar as perdas do Ibovespa perto do encerramento. O índice de consumo (ICON), mais exposto à curva, cedeu 2,10%, após recuo perto de 3% na mesma tarde.

O Ibovespa hoje operou em queda com a baixa nas ações da Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3).

As ações dessas empresas despencaram depois dos rumores de que Aloízio Mercadante, que coordena os grupos técnicos da transição, da equipe de Transição, deve ser indicado para ser presidente da Petrobras ou do BNDES. Além disso, um relatório da Eurásia projetou que a Lei das Estatais poderia ser revogada em 2023.

De acordo com a consultoria, o novo governo eleito, do presidente Lula (PT), teria a pretensão de revogar a Lei das Estatais por meio de uma Medida Provisória (MP). A medida estabelece parâmetros mais rígidos de governança para as companhias públicas.

O documento aponta que “espera-se que o presidente eleito Lula edite uma medida provisória em seus primeiros dias no cargo para mudar a legislação das empresas estatais promulgada pelo governo Michel Temer”.

Para isso ocorrer, o Congresso deveria aprovar em 120 dias antes que a lei expire. Apesar disso, o documento projetou uma “falta de resistência parlamentar à eventual revogação”.

A Eurásia destacou que “os partidos de centro vão exigir indicações e garantias por parte do governo de que vão continuar controlando uma grande parte do Orçamento”.

A movimentação do Ibovespa performou em sentido contrário às bolsas de Nova York, que fecharam em alta na sessão de hoje (12).

Temor sobre viés intervencionista do governo eleito

Mais cedo, temor de que a próxima administração Lula venha a adotar viés intervencionista sobre as estatais descolou a B3 do sinal positivo de Nova York nesta abertura de semana. Pesou na sessão o relato de que o ex-ministro Aloizio Mercadante, associado ao governo Dilma Rousseff (2011-2016), venha a exercer papel em Lula 3 como presidente da Petrobras ou do BNDES. Apesar das especulações de que poderá ser indicado para a Petrobras, Mercadante está motivado para comandar o BNDES, segundo apurou o Estadão.

No começo da tarde, ao chegar para a cerimônia de diplomação do presidente e do vice eleitos, Mercadante disse desconhecer qualquer discussão na equipe sobre a possibilidade de alterar a Lei das Estatais. Ainda assim, com a possibilidade de um papel mais ativo do próximo governo sobre empresas públicas, bem como sobre instituições de fomento e crédito.

“O mercado segue em compasso de expectativa, com bastante desinformação, o que alimenta incerteza especialmente sobre as estatais e as empresas mais dependentes da economia doméstica. Os juros futuros abriram com toda essa incerteza (durante o dia), o que afeta em particular as empresas mais dependentes de capital, seja para financiar a produção, seja para giro. Tal encarecimento dificulta o caminhar dessas companhias”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. “Há muito diz que diz, trazendo volatilidade e expectativa ruim aos mercados.”

“Em dia de agenda vazia, o mercado segue precificando risco fiscal que estressa a curva de juros, favorecendo a alta no dólar e penalizando os ativos de risco”, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora. Nesta segunda-feira, a moeda americana fechou em alta de 1,26%, a R$ 5,3116, no segmento à vista.

No exterior, a agenda da semana reserva decisões de política monetária com efeito sobre dólar (Federal Reserve), euro (Banco Central Europeu) e libra (Banco da Inglaterra). Na véspera da decisão do Fed, haverá nova leitura sobre a inflação ao consumidor nos Estados Unidos, amanhã.

Para a decisão de quarta-feira do BC americano, “uma alta de 0,5 p.p. parece bem consolidada, visto que Powell (presidente do Fed, Jerome Powell) já praticamente antecipou a decisão, mas o comunicado ainda pode pesar”, aponta em nota a Guide Investimentos, que considera haver dúvida maior para a deliberação do BCE, na quinta, entre moderação da alta dos juros ou manutenção do ajuste de 0,75 p.p., “que parece ser o cenário”, acrescenta a casa.

Bolsas de Nova York

Os mercados de ações de Nova York fecharam a segunda-feira, 12, em alta, com perspectiva de redução do ritmo da alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na reunião desta semana.

Além disso, são esperados números da inflação ao consumidor dos Estados Unidos em novembro, que saem na terça-feira. As bolsas operaram em alta moderada na maior parte do dia, mas ganharam tração na última hora de pregão e fecharam com ganhos superiores a 1%.

A cotação do dólar à vista fechou em alta de 1,26%, a R$ 5,3116, oscilando entre R$ 5,2331 e R$ 5,3510.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 12, em sessão marcada com notícias sobre possíveis novas sanções à Rússia por parte do G7 e com a commodity se ajustando após uma série de quedas consecutivas na semana passada.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2023 fechou em alta de 3,03% (US$ 2,15), a US$ 73,17 o barril, enquanto o Brent para fevereiro negociado na Intercontinental Exchange (ICE) fechou em alta de 2,48% (US$ 1,89), a US$ 77,99 o barril.

O contrato mais líquido do ouro fechou nesta segunda-feira, 12, em baixa, pressionado por um dólar mais forte e pelo aumento nos rendimentos dos Treasuries.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro fechou em queda de 1,02%, a US$ 1.792,30 por onça-troy.

No Ibovespa hoje, o principal destaque de alta foi Gol (GOLL4), que subiu 4,65%. Outros destaques positivos foram PetroRio (PRIO3), Minerva (BEEF3) e Cielo (CIEL3), com valorização de mais de 2%, enquanto Embraer (EMBR3) avançou 1,75%.

Na ponta negativa, a maior queda veio com Méliuz (CASH3), de 7,14%, enquanto CSN Mineração (CMIN3) caiu 5,65%. Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), Cogna (COGN3) e MRV (MRVE3) tiveram baixas superiores a 4%.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores baixas do Ibovespa

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

Da Vale (VALE3) à CSN (CSNA3), mineradoras e siderúrgicas fecham em forte baixa

Com o avanço no número de casos da Covid-19 na China, assim como as possíveis implicações em seu plano de reabertura econômica, as ações de empresas mineradoras e siderúrgicas ampliaram suas quedas nesta segunda-feira (12).

Empresas como Vale (VALE3), CSN Mineração (CMIN3), CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) operavam em forte queda nesta sessão.

Nas últimas semanas, depois dos anúncios do governo da China trouxerem alta no preço das commodities, principalmente o minério de ferro — que tiveram uma alta de 20%, passando de US$ 91 para acima de US$ 115 por tonelada. Isso porque, entre os planos de retomada econômica, a China prevê medidas para estimular o setor de construção.

Além disso, o país divulgou recentemente os dados da inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) com resultados dentro das expectativas. O primeiro caiu de 2,3% em outubro para 1,6% em novembro, enquanto o segundo manteve-se estável a 1,3% nos últimos dois meses.

BTG: Bradesco (BBDC4) vai ficar com 25% da Fleury (FLRY3) depois de fusão com Hermes Pardini (PARD3)

O BTG Pactual disse que, conforme suas projeções, o Bradesco deterá 25% da Fleury, após a empresa de diagnósticos terminar o processo de fusão com a Hermes Pardini.

O Bradesco expandiu sua participação na Fleury de 29,98% para 35,34% após a empresa concluir o aumento de capital privado de R$ 847 milhões, o que resultou na emissão de 49 milhões de novas ações.

Depois da finalização da fusão da Fleury com a Hermes Pardini, a participação vai ser reduzida para 24,89% na nova empresa, frente aos 20,2% divulgados na incorporação. O restante da empresa vai ser dividida entre a família Pardini, com uma parcela de 20%, e os outros acionistas ficarão com 55%.

A recomendação atual do BTG Pactual para as ações da Fleury é “neutra”, com preço-alvo de R$ 17. No entanto, o banco de investimentos possui um viés positivo nas ações da companhia desde a divulgação da fusão com a Pardini.

Cotação do Ibovespa nesta sexta (9)

O Ibovespa terminou o pregão da última sexta-feira (9) em alta de 0,25%, aos 107.519,56 pontos.

Sair da versão mobile