Ibovespa tem forte alta de 2,78% e sobe 5,9% na semana; Petrobras (PETR4) dispara 7,2%
O Ibovespa hoje fechou a sexta-feira (12) com alta de 2,78% aos 112.764,26 pontos, na máxima do dia. Mínima foi de 109.717,94. O nível do é o maior desde 20 de abril, quando fechou em 114.343,78 pontos; na semana, índice sobe 5,91%. O giro financeiro foi a R$ 35,9 bilhões nesta sexta-feira. No ano, avança 7,58%.
O Ibovespa andou à frente das referências de Nova York nesta última sessão de semana em que também acumulou ganhos acima dos vistos nos principais mercados de fora, acelerando a recuperação em agosto – até aqui, 9,31% – após avanço de 4,69% em julho. Nesta sexta-feira, colheu o quarto ganho semanal consecutivo, e o melhor da série, com alta de 5,91% no intervalo das últimas cinco sessões – o maio ganho semanal desde o início de novembro de 2020 (7,42% então).
Hoje o índice foi até a máxima da sessão no fechamento, carregado por forte desempenho das estatais Petrobras e Banco do Brasil, em dia de ganhos bem distribuídos, embora menos notáveis, na maioria das ações de peso no índice.
Em porcentual, o ganho de hoje do Ibovespa foi o maior desde a sessão de 2 de dezembro passado (3,66%). Com o forte avanço visto na semana, o mercado financeiro voltou a ajustar para baixo o otimismo sobre o desempenho das ações no curtíssimo prazo, no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira.
Entre os participantes, a expectativa de alta para o Ibovespa ficou em 60%, de 70% no último Termômetro, perdendo fôlego pela terceira semana seguida, mas sendo ainda a fatia majoritária. Os que esperam estabilidade e os que preveem queda são 20% nos dois casos, ante 10,00% e 20,00%, respectivamente, na pesquisa anterior.
“A semana foi muito boa para o Ibovespa, mesmo tendo realizado um pouco ontem após uma série de sete ganhos diários. O volume também se manteve alto nos dois últimos dias, bem acima da média, e isso se deve a duas causas: primeiro, o final do ciclo de alta de juros do nosso BC, o que trouxe um rali de otimismo não só para Bolsa mas também para os juros longos, que fecharam muito nesses últimos dias; e, segundo, pelos índices de inflação nos Estados Unidos, com a deflação, na leitura de ontem, no PPI índice de preços ao produtor”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.
“O comportamento extremamente positivo de hoje reflete algumas coisas. Primeiro, não houve notícias negativas, nada também no campo político que preocupasse muito, o que deixou a porta aberta para mais um dia de ganhos, como os que a gente tem visto recentemente. Mas o fator principal do dia foram os balanços corporativos, com uma série grande entre ontem e hoje. Na maioria, os resultados agradaram os investidores, o que ajuda a entender essa alta bem generalizada de hoje, entre os setores”, diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos.
Assim, a disseminação dos ganhos foi perceptível em índices setoriais, como o de consumo, em alta de 2,68% na sessão, e o de materiais básicos, que subiu 1,87%.
Bolsas de Nova York
- Dow Jones: +1,27%, aos 33.761,11 pontos;
- S&P 500: +1,73%, aos 4.279,96 pontos;
- Nasdaq: +2,09%, aos 13.047,19 pontos.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,63%, a R$ 5,0739, depois de oscilar entre R$ 5,0650 e R$ 5,1649. Na semana, moeda recua 1,80%.
Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta. A commodity chegou a subir logo no início do dia, mas não mostrou fôlego, com o movimento negativo reforçado após indicadores dos Estados Unidos fortalecerem o dólar. Além disso, a possibilidade de acordo nuclear com o Irã seguia no radar, com potencial para aumentar a oferta do óleo.
O petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 2,38% (-US$ 2,25), em US$ 92,09 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro recuou 1,45% (-US$ 1,45), a US$ 98,15 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI avançou 3,46% e o Brent teve alta de 3,40%.
O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta. Mesmo com o dólar forte, o metal era apoiado por dados de inflação desta semana dos Estados Unidos, que levaram investidores a prever um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) menos duro em seu aperto monetário em andamento.
O ouro para dezembro registrou ganho de 0,46%, a US$ 1.815,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
No Ibovespa hoje, os ativos companhias atreladas ao consumo e ao varejo se destacaram tanto entre as maiores altas quanto nas maiores perdas de hoje, refletindo os balanços do segundo trimestre.
No campo positivo, Magazine Luiza (MGLU3) liderou o ranking, saltando 17,76%. Também figuraram na lista Via (VIIA3), com alta de 13,98% e Azul (AZUL4), com +10,73%. Ainda, Hapvida (HAPV3) teve elevação de 16,97%, com o mercado avaliando positivamente os resultados do trimestre, neste que foi o primeiro balanço consolidando todos os meses da Notre Dame, depois da combinação de negócios em fevereiro.
Já na outra ponta, Natura (NTCO3) despencou 10,36%, Sabesp (SBSP3) ficou com -4,43%.
JBS (JBSS3) também figurou a lista, cedendo 2,62%, impactado pela piora do desempenho das operações americanas de carne bovina e suína da companhia.
Entre as blue chips, Petrobras (PETR3, PETR4) avançou 8,02% e 7,20%, respectivamente, apesar da queda do petróleo. Vale (VALE3) ganhou 0,94%, descolada da baixa do minério de ferro.
Grandes bancos encerraram o dia no positivo, com Banco do Brasil (BBAS3) puxando as altas, registrando +5,65%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) com +1,82% e 1,24%, nesta ordem, Itaú (ITUB4) com ganhos 1,21% e Santander (SANB11), +0,99%.
Maiores altas do Ibovespa:
- Magazine Luiza (MGLU3): +17,76% // R$ 3,58
- Hapvida (HAPV3): +16,97% // R$ 7,72
- Via (VIIA3): +13,98% // R$ 3,18
- Azul (AZUL4): +10,73% // R$ 16,51
- Locaweb (LWSA3): +10,46% // R$ 9,93
Maiores baixas do Ibovespa:
- Natura (NTCO3): -10,36% // R$ 14,28
- Sabesp (SBSP3): -4,43% // R$ 43,85
- JBS (JBSS3): -2,63% // R$ 30,42
- Americanas (AMER3): -2,41% // R$ 12,96
- Tim (TIMS3): -1,16% // R$ 12,74
Outras notícias que movimentaram o Ibovespa
- Natura (NTCO3) tem prejuízo líquido de R$ 766 milhões no 2T22
- Magazine Luiza (MGLU3) quer aumentar fatia de mercado no segundo semestre
Natura (NTCO3) tem prejuízo líquido de R$ 766 milhões no 2T22
A Natura (NTCO3) apresentou prejuízo líquido aos controladores de R$ 766,7 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), conforme balanço divulgado no fim desta quinta-feira (11).
Com isso, o resultado da Natura reverte o lucro de R$ 234,8 milhões no mesmo período do ano passado.
Além disso, a Natura no 2T22 teve Ebitda ajustado de R$ 694,9 milhões, o que representa uma queda de 14,3% ante o apresentado de abril a maio do ano anterior.
A receita líquida consolidada no trimestre totalizou R$ 8,7 bilhões, com queda de 8,6% em reais e alta de 0,4% em moeda constante. A América Latina registrou um aumento de vendas de 5,6% em moeda constante, enquanto a Avon international apresentou queda de 11,4% no mesmo critério.
Na Avon, o maior impacto veio da Guerra da Ucrânia, já que, excluindo Rússia e Ucrânia, as vendas caíram 5,8%, ainda em moeda constante.
O Ebitda ajustado teve margem de 8%, com queda de 0,5 ponto porcentual em relação à de um ano antes.
A companhia explica que o resultado se relaciona ao desempenho estável na América Latina e despesas corporativas menores que foram compensadas pela desalavancagem das vendas da The Body Shop e pelos investimentos para crescimento da Aesop.
A empresa terminou o segundo trimestre com posição de caixa de R$ 4,3 bilhões. A dívida líquida corresponde a 2,46x o Ebitda no trimestre, versus 1,43x no primeiro trimestre deste ano.
Magazine Luiza (MGLU3) quer aumentar fatia de mercado no segundo semestre
A Magazine Luiza (MGLU3) pode aumentar sua fatia de mercado no segundo semestre, afirmaram os executivos da companhia nesta sexta-feira (12).
Durante teleconferência para apresentação dos resultados do balanço da Magalu, o CFO da empresa Roberto Bellissimo ressaltou que a varejista registrou aumento de 11 pontos percentuais no marketshare nos últimos três anos, e a perspectiva é de continuar expandindo até o fim do ano.
Os executivos afirmaram ainda que o Magazine Luiza não fechará lojas físicas no segundo semestre. CEO da companhia, Frederico Trajano afirmou que o futuro do varejo é online, o que se alinha com a estratégia da companhia de investimento no marketplace. Porém, disse que as unidades físicas cumprem um papel fundamental como “ponto de apoio local do ecossistema”.
“Do ponto de vista logístico é um diferencial. Tem sellers pequenos que começam a postar produtos na loja, economizando frete. E há clientes que optam por retirar os produtos na loja, o que reduz o custo da entrega”, explicou o executivo.
Ele destacou ainda que a companhia cresceu 34% ao ano do começo da pandemia até agora, e que o volume de vendas cresceu quatro vezes neste trimestre, na comparação com o mesmo período de 2019, no cenário pré-pandemia.
Trajano também ressaltou a importância dos vendedores parceiros no marketplace do Magalu, assim como a diversificação das categorias, que antes da pandemia estavam mais concentradas nos bens duráveis.
Mais da metade (52%) do volume bruto de mercadorias (GMV) do Magazine Luiza corresponde a novas categorias de produtos, com destaque para o segmento de moda e esporte, em grande parte em razão das empresas parceiras Netshoes e Zattini.
Segundo o balanço do Magazine Luiza, as vendas no segundo trimestre totalizaram cerca de R$ 3,6 bilhões, um crescimento de 22% comparado ao mesmo período do ano anterior, e representaram 36% das vendas online.
Outro destaque do período foi a geração de R$ 1,3 bilhão de caixa operacional, um aumento de R$ 500 milhões em relação a março.
Desempenho dos principais índices
Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:
- Ibovespa hoje: +2,78%
- IFIX hoje: +0,68%
- IBRX hoje: +2,03%
- SMLL hoje: +2,90%
- IDIV hoje: +1,44%
Cotação do Ibovespa nesta quinta (11)
O Ibovespa fechou o pregão da última quinta-feira (11) em queda de 0,47% aos 109.717,94 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)