IPCA anima mercado e Ibovespa dispara 4,2%, aos 106 mil pontos; Petrobras (PETR4) ganha 4,6%, em dia de alta do varejo e bancos
O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (11) em alta de 4,29% aos 106.213,76, pontos, após oscilar entre 101.847,79 e 106.455,33 pontos. Foi a maior alta desde outubro de 2022. O volume financeiro do dia somou R$ 32 bilhões.
A bolsa de valores hoje foi impulsionada por números melhores que o esperado da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,71% em março, abaixo das projeções do consenso de mercado, que miravam 0,78%. Diante disso, houve também um movimento de queda de juros.
“Quando se está em um cenário de previsão de alta dos preços (inflação), o que se vê, via de regra, é a alta dos juros para dificultar o acesso ao crédito, para assim frear o consumo e, em consequência, a inflação. Por este motivo, hoje, vemos a queda dos juros puxada pela expectativa de uma possível desaceleração da inflação”, explica Guilherme Lamonica, especialista em investimentos e sócio da Matriz Capital.
Segundo o especialista, essa situação acaba por atrair o investidor para ativos de maior risco, saindo de ativos mais seguros (dólar/DI). Por isso, temos o dólar hoje caindo (1,16%), a R$ 5,0072, após oscilar entre R$ 4,9899 e R$ 5,0608.
“Esse fluxo de venda do dólar e juros futuros (DI) faz com que estes ativos caiam, enquanto o Iovespa recebe os recursos, gerando um fluxo de compras que cria uma alta para a Bolsa”, pontua Lamonica.
Já as bolsas de Nova York fecharam mistas, confira abaixo:
- Dow Jones: +0,29% (33.685,12 pontos);
- S&P500: 0,00% (4.109,05 pontos);
- Nasdaq: -0,43% (12.031,88 pontos).
Entre as blue chips do Ibovespa, destaque para as ações da Vale (VALE3), que fecharam o pregão com ganhos de 5,28%, cotadas a R$ 82,36. Os papéis da mineradora foram positivamente impactadas tanto pelo bom humor dos investidores com a bolsa no Brasil, quanto a alta na cotação da commodity no mercado internacional.
Os ativos preferenciais e ordinários da Petrobras (PETR4;PETR3) também tiveram forte alta, fechando com ganhos de 4,69% e 4,39%, respectivamente. Junto ao otimismo com a inflação, a estatal e suas pares de setor tiveram a contribuição do petróleo Brent para junho, que avançou 1,7%, cotado a US$ 85,61 o barril.
Mas as altas no Ibovespa hoje não se restringiram às commodities. Empresas do setor varejista, como a Magazine Luiza (MGLU3), e as de aviação e turismo, caso da Gol (GOLL4), Azul (AZUL4) e CVC (CVCB3), também decolaram (a Gol subiu mais de 17% e a Azul, quase 13%), com a queda dos juros futuros.
“São empresas de setores sensíveis à inflação. Logo, essa notícia [sobre o IPCA] auxiliou os setores e, por serem destaques destes nichos, essas empresas foram os principais alvos dos compradores”, explica o sócio da Matriz Capital.
O fechamento também foi de ganhos entre os ativos bancários. O Itaú (ITUB4) avançou 3,24%, Bradesco (BBDC4) teve alta de 5,24%, Banco do Brasil (BBAS3) valorizou 2,31% e o Santander (SANB11) subiu 4,1%.
Já na ponta negativa, os papéis da Minerva (BEEF3) lideraram as perdas do Ibovespa hoje. “[A ação cai] aparentemente por uma falta de fluxo atrativo para o papel. Ainda assim, a queda não é expressiva.
Veja as maiores altas e baixas
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do Ibovespa nesta terça-feira (11)
O Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira (11) em alta de 4,29% aos 106.213,76, pontos.