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Ibovespa cai 1,38% e fecha aos 105 mil pontos; Hapvida (HAPV3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) lideram perdas

Janize Colaço

09/03/2023 18:28

Atualizado em: 09/03/2023 19:09

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Ibovespa. Foto: Divulgação

O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (9) dm queda de 1,38% aos 105.071,19 pontos, após oscilar entre 105.053,24 e 106.723,99 pontos. O volume financeiro do dia somou R$ 32,1 bilhões.

A bolsa de valores hoje operou parte do dia em alta, mas acabou perdendo o fôlego no fechamento do Ibovespa. Durante a tarde, o radar dos investidores foi tomado pela declaração da ministra do Planejamento, Simone Tebet, de que o novo arcabouço fiscal está pronto, faltando apenas “colocar os números no papel”.

“Um arcabouço fiscal crível é amplamente valorizado pelo mercado, e os investidores estão aguardando por medidas que apontem uma preocupação com a sustentabilidade das contas públicas e estejam alinhadas com as expectativas globais. Isso inclui, especialmente, a trajetória dos juros americanos e a retomada da economia chinesa”, explica Lucas Almeida, especialista em investimentos e sócio da AVG Capital.

Já no campo internacional, os investidores lidaram com sinais de desaceleração no mercado de trabalho dos Estados Unidos. Os dados de pedidos de seguro-desemprego no país reportaram um total de 211 mil pedidos — a expectativa era de 195 mil —, ampliando as expectativas sobre o o Payroll, que será divulgado amanhã.

“Caso esses dados mostrem baixa desaceleração ou aumento dos empregos, isso praticamente vai ‘carimbar’ um aumento de 0,50 ponto na próxima reunião. E 80% do mercado projeta alta de 0,50 ponto. Em fevereiro, apenas 10% do mercado projetava 0,50 ponto”, frisa Almeida.

Enquanto a Ibovespa subiu, o dólar fechou estável (+0,02%), a R$ 5,1413, após oscilar entre R$ 5,1099 e R$ 5,1592. Enquanto isso, as bolsas de Nova York fecharam em queda. Confira abaixo:

Dow Jones: -1,65% (32.256,05 pontos);
S&P500: -1,84% (3.918,43 pontos);
Nasdaq: -2,05% (11.338,35 pontos).

Entre as blue chips do Ibovespa, embora a cotação do minério de ferro tenha tido alta de 0,6% (US$ 131,53 a tonelada), a Vale (VALE3) amargou o pregão em queda, fechando o pregão com perdas de 1,31%.

Já as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras (PETR4;PETR3) também fecharam em queda, com a cotação do Brent para maio recuando 1,29% (a US$ 81,59 o barril). Junto a isso, na véspera, o CEO, Jean Paul Prates, rebateu as críticas sobre eólicas offshore e Genial recomendou venda das ações.

A ponta negativa do índice contou com os ativos da Hapvida (HAPV3), com queda de 33,56%, a R$ 1,94. empresa informou seguir estudando alternativas para melhorar a estrutura de capital. Acenou com uma oferta de ações, que poderia gerar uma diluição dos acionistas com as últimas baixas dos papéis da operadora de saúde.

“O fato relevante mostrou que a empresa que captar novos recursos. E isso, eventualmente, pode ser feito via uma nova missão de ações. Então, se isso acontecer, termos uma oferta grande de papéis, levando a essa queda forte”, explica Luiz Adriano Martinez, gestor de renda variável e sócio da Kilima Asset.

Também caíram no pregão de hoje as empresas do setor de metais básicos, como a CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3), que reportaram resultados do 4T22 que não agradaram os investidores. “O Ebitda da CSN foi pouco melhor, mas a geração de caixa foi pior. E o mercado acabou, até pela questão do setor como um todo, penalizando o papel, olhando mais para o ponto negativo do que para o positivo”, afirma Martinez.

Entre os ativos bancários, o dia também foi de perdas. O Santander (SANB11) teve baixa de 1,35%, o Itaú (ITUB4) perdeu 1,91%, o Banco do Brasil (BBAS3) desvalorizou 2,18%, e o Bradesco (BBDC4) teve queda de 0,36%.

Já a ponta positiva da bolsa contou os papéis da aviação e do turismo, no caso a Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e CVC (CVCB3), ainda sob a boa expectativa do mercado com as renegociações de dívidas, aportes e reversão de prejuízos recém-anunciados pelas empresas.