Ibovespa recua 1,02% e acompanha NY; Magazine Luiza (MGLU3) e Vale (VALE3) são destaques de baixa

O Ibovespa hoje terminou a sessão de quarta-feira (7) em baixa de 1,02%, aos 109.068,55 pontos. A mínima do dia foi de 108.612,02 pontos, enquanto a máxima alcançada foi de 110.246,79 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 23,9 bilhões.

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O Ibovespa hoje caiu, acompanhando o desempenho das bolsas internacionais. Segundo Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, o mercado se preocupa com a desaceleração da economia americana.

“Temos risco e medo de recessão no mundo e isso é o que mais faz com que bolsas caiam. Além disso, temos um cenário de imprevisibilidade com a PEC de Transição. O texto foi aprovado na CCJ, mas não sabemos se deverá vir desidratado ou não. A incógnita gera insegurança e incerteza, que trazem queda para a bolsa”, diz Cohen.

Na sessão de hoje, se observa Petrobras (PETR4) em queda, acompanhando a baixa na cotação do petróleo lá fora, que atinge mínima do ano.

Com a guerra entre Ucrânia e Rússia e preocupações em relação à recessão, há a possibilidade da commodity cair até 50%, fazendo com que o petróleo recuasse hoje.

A Vale (VALE3) também recua, motivada pelo medo de recessão, mas, principalmente, pelos dados da projeção de produção da empresa, que foi considerada muito baixa pelo mercado.

Além disso, outro fator que trouxe o desempenho ruim da Vale foi a queda do minério de ferro. As empresas varejistas também caem pelo risco sistêmico na bolsa de valores hoje.

“Tivemos uma acusação de insider trading, uso indevido de informações, e isso faz com que varejistas, em geral, caiam. Com isso, o setor tem sido penalizado hoje”, diz o analista.

Do lado positivo, o movimento de correção das últimas quedas e também redução das restrições na China, país que é grande consumidor de carnes e derivados do Brasil, pode ter sido um dos fatores que geraram um cenário positivo no setor de frigorífico com BR Foods.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em baixa por mais uma sessão consecutiva, outra vez pressionadas pelas perspectivas para o aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Sinais da economia dos Estados Unidos apresentam um quadro que pode manter as taxas de juros elevadas por mais tempo para buscar conter a inflação no país, em um quadro no qual uma recessão em 2023 não é descartada.

Além disso, os riscos geopolíticos seguem levados em conta, uma vez que o presidente russo, Vladimir Putin, fez declarações sobre uma eventual escalada nuclear, dizendo que tais meios podem servir como dissuasão na Ucrânia.

  • Dow Jones: 0,00%, aos 33.597,92 pontos
  • S&P 500: -0,19%, aos 3.933,92 pontos
  • Nasdaq: -0,51%, aos 10.958,55 pontos

O dólar à vista fechou em baixa de 1,21%, a R$ 5,2058, depois de oscilar entre R$ 5,1851 e R$ 5,2780.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, pressionados por dados dos estoques da commodity nos Estados Unidos.

A flexibilização da China, uma das principais importadoras de petróleo, e os efeitos do teto de preço ao petróleo russo também ficaram no radar dos investidores. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2023 fechou em queda de 3,02% (US$ 2,24), a US$ US$ 72,01 o barril, enquanto o Brent para fevereiro.

Destaques do Ibovespa hoje

No Ibovespa hoje, a maior alta da sessão veio com BRF (BRFS3), que variou +4,14%. Na sequência, se destacaram Azul (AZUL4) e CVC (CVCB3), com valorizações de, respectivamente, 3,86% e 3,46%. JBS (JBSS3) subiu 3,27% e a Gol (GOLL4), 2,54%.

Na ponta negativa, o grande destaque foi a Magazine Luiza (MGLU3), que recuou 5,77%. A PetroRio (PRIO3) se destacou novamente entre as quedas, com uma variação de 5,69%. Já Petz (PETZ3) e Vale recuaram 4,07% e 3,56%, nessa ordem.

Maiores altas do Ibovespa:

  • BRF (BRFS3): +4,14%
  • Azul (AZUL4): +3,86%
  • CVC (CVCB3): +3,46%
  • JBS (JBSS3): +3,27%
  • Gol (GOLL4): +2,54%

Maiores baixas do Ibovespa:

  • Magazine Luiza (MGLU3): -5,77%
  • PetroRio (PRIO3): -5,69%
  • Petz (PETZ3): -4,07%
  • Vale (VALE3): -3,56%
  • Locaweb (LWSA3): -3,42%

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • Vale atualiza projeções de minério de ferro para 2023
  • Pão de Açúcar (PCAR3) projeta aumento de margens em 2024
  • Ambev (ABEV3) pagará JCP de R$ 0,64 por ação ainda em dezembro

Vale atualiza projeções de minério de ferro para 2023

Segundo projeções da Vale, a empresa deve produzir entre 310 milhões a 320 milhões de toneladas de minério de ferro em 2023, seguindo em conformidade com os patamares atuais, de 310 milhões.

A estimativa está na apresentação do investor day da Vale, que foi arquivada na CVM nesta quarta-feira (7).

As estimativas para a produção de cobre da Vale são de 260 mil toneladas (kt) para 2022. Enquanto isso, a produção de níquel projetada para este ano está em cerca de 180 kt.

Entre 2024 e 2026, a produção de cobre estimada pela Vale está na ordem de 390 mil a 420 mil toneladas e para a produção de níquel de 230 mil a 245 mil toneladas no mesmo período.

Pão de Açúcar projeta aumento de margens em 2024

O Grupo Pão de Açúcar realizou revisões em suas projeções de dados operacionais para os próximos anos.

A meta para a margem EBITDA ajustada do Pão de Açúcar está entre 8% e 9%, levando em conta o resultado consolidado do ano de 2024.

No cenário atual, a margem Ebitda da empresa é de 6,3%, considerando o balanço do terceiro trimestre de 2022.

“Esse crescimento da margem ajustada está, principalmente, lastreado em três linhas do resultado: aumento da margem comercial, redução do nível de quebra e maior diluição das despesas corporativas”, diz a empresa.

Ambev pagará JCP de R$ 0,64 por ação ainda em dezembro

A Ambev vai pagar R$ 0,7623 por ação em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus investidores, conforme anunciado pela empresa nesta quarta-feira (7).

Os JCP da Ambev serão pagos em 29 de dezembro, aos acionistas posicionados até 19 de dezembro. Sendo assim, a partir do dia 20 de dezembro, as ações serão negociadas sem direito aos Juros Sobre Capital Próprio.

Sobre o valor dos Juros Sobre Capital Próprio da Ambev recebido pelos acionistas, haverá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, o que resultaria em cerca de R$ 0,6480 líquidos recebidos por ação da companhia.

Cotação do Ibovespa nesta terça (6)

O Ibovespa encerrou a sessão da última terça-feira (6) em alta de 0,72%, aos 110.188,57 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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João Vitor Jacintho

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