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Ibovespa cai 2,25%; Usiminas (USIM5) e Klabin (KLBN11) sobem, Petrobras (PETR4) recua

Ibovespa opera em alta. Foto: Divulgação

Ibovespa, a bolsa brasileira. Foto: Divulgação

O Ibovespa hoje terminou a sessão de segunda-feira (5) em baixa de 2,25%, aos 109.401,41 pontos. A mínima do dia foi de 109.270,18 pontos, enquanto a máxima alcançada foi de 112.149,58 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,3 bilhões. No mês, com apenas três sessões, o índice da B3 cai 2,74%, limitando o avanço do ano a 4,37%.

No radar dos investidores do Ibovespa hoje estavam as negociações sobre a PEC da Transição. Repercute também a escolha de Alexandre Silveira (PSD-MG) como relator do texto do projeto. Cotado para assumir o ministério da Infraestrutura, Silveira pode, na análise do mercado, abrir concessões na PEC, para chegar aos R$ 198 bilhões fora do teto de gastos do texto original.

Aumentam as chances de que os gastos fora do teto de gastos fiquem em R$ 175 bilhões, quantia que não agrada o mercado. Apesar disso, a possibilidade de redução do prazo da PEC para 2 anos é um dos pontos que repercutem de forma positiva.

Alternando ganhos e perdas nas últimas quatro sessões, a cotação do Ibovespa voltou a ceder terreno neste começo de semana, com volume financeiro muito enfraquecido, à tarde, pelo jogo decisivo entre Brasil e Coreia do Sul, às 16h.

A acentuação do sinal negativo em Nova York na etapa complementar foi acompanhada pela piora do Ibovespa, que fechou a sessão em baixa de 2,25%, aos 109.401,41 pontos, entre mínima de 109.270,18, do fim da tarde, e máxima de 112.149,58 pontos nesta segunda-feira.

Na B3, a Petrobras (PETR4), que resistia mais cedo ao sinal negativo do petróleo, alinhou-se ao longo da tarde ao dia ruim para a commodity, que cedeu mais de 3% na sessão, tanto no Brent como no WTI, em sessão marcada pelo início do teto do preço do petróleo russo.

No fechamento, PETR4 e PETR3 mostravam, respectivamente, baixas de 1,35% e 1,12%, enquanto Vale (VALE3) também mudou de sinal e caiu levemente (-0,10%), uma das poucas blue chips que, mais cedo, conseguiam se descolar da sessão negativa, amparada então por avanço de 2,45% no minério em Dalian (China), a US$ 114,29 por tonelada, com novas flexibilizações das medidas contra a covid no país asiático.

O Ibovespa também sentiu o efeito de perdas em torno ou acima de 2% na sessão para as ações de grandes bancos, chegando a 3,71% para Bradesco PN.

No exterior, com os investidores muito atentos a dados econômicos americanos neste período de silêncio das autoridades monetárias do Federal Reserve, que precede a próxima deliberação sobre juros nos Estados Unidos, repercutiu, no começo da tarde, tanto a leitura sobre a atividade de serviços, do ISM, como a de encomendas à indústria, do Departamento do Comércio.

No Brasil, começa amanhã e vai até o fim da tarde de quarta, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que definirá a taxa de juros (Selic) para os próximos 45 dias. O Copom deve manter a taxa Selic estável em 13,75% e o tom hawkish no comunicado, avalia o Goldman Sachs.

O banco espera que o colegiado reitere a “postura vigilante” e que não hesitará em retomar o ciclo de aperto caso o processo de desinflação não ocorra como esperado.

Por sua vez, o Credit Suisse, que também aguarda Selic inalterada a 13,75% nesta quarta-feira, espera que o colegiado reitere a estratégia de juros altos por mais tempo para garantir a convergência da inflação e a possibilidade de retomar o ciclo de aperto caso o processo não ocorra como esperado, especialmente diante da incerteza fiscal doméstica.

Bolsas de York

Os mercados acionários de Nova York fecharam em baixa nesta segunda-feira, 5, em sessão marcada pela publicação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), dados de encomendas à indústria e nas perspectivas de uma recessão nos Estados Unidos.

O dólar à vista fechou em alta de 1,30%, a R$ 5,2829, depois de oscilar entre R$ 5,2076 e R$ 5,2899.

O ouro fechou em território negativo, nesta segunda-feira, 5, pressionado pelo movimento do câmbio. Com isso, mesmo o quadro de pouco apetite por risco nos mercados em geral não favoreceu a compra do metal.

O ouro para fevereiro fechou em baixa de 1,56%, em US$ 1.781,30 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantil Exchange (Nymex).

No Ibovespa hoje, a principal alta da sessão veio com Klabin (KLBN11), de 2,22%. Além disso, a Suzano (SUZB3) subiu 2,20%. Já a Usiminas (USIM5) e a Raia Drogasil (RADL3) também avançaram 0,69%. Por fim, CSN (CSNA3) variou +0,14%.

Na ponta negativa, se destacou a Positivo (POSI3), com uma baixa de 11,50%. Enquanto isso, Qualicorp (QUAL3) despencou 9,74% e Totvs (TOTS3), 8,01%. Já Lojas Renner (LREN3) recuou 7,80% e Ecorodovias (ECOR3) variou -7,41%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

Petrobras: Justiça suspende ‘derrubada’ de CEO pedida por Jean Paul Prates

A Petrobras anunciou que o juiz da 11ª Vara Federal do Rio de Janeiro negou a solicitação para suspender a nomeação de Caio Paes de Andrade como presidente e membro do conselho de administração da empresa.

O pedido de suspensão da nomeação do presidente da Petrobras foi feito por um senador do PT, Jean Paul Prates, que é um dos cotados para assumir o cargo na companhia.

O pedido de suspensão também foi realizado pelo atual presidente da Anapetro, Mario Alberto Dal Zot.

Banco do Brasil deve pagar 11,8% em dividendos em 2023, diz XP

As estimativas da XP Investimentos apontam que o dividend yield (DY) do Banco do Brasil deve ser de 11,8% no ano de 2023. O DY mensura a quantidade de proventos distribuídos pela empresa conforme valor da ação.

Entre os bancos que foram analisados pela XP, o Banco do Brasil tem os maiores dividendos estimados para 2023, estando à frente do Banrisul (BRSR6), apresentando o segundo maior Dividend Yield projetado, em 10%.

Levando em conta os proventos pagos nos últimos 12 meses, as ações do Banco do Brasil totalizam um yield de 11,4%, segundo dados do Status Invest.

IPCA: Boletim Focus eleva projeções para 5,92% em 2022

O Boletim Focus anunciado nesta segunda-feira (5), indicou pela sexta vez estimativas maiores para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano de 2022, projetando 5,92% de inflação acumulada no ano.

Na semana anterior, as projeções de IPCA do Boletim Focus estimavam uma inflação de 5,91%. Já há quatro semanas, as projeções eram de 5,63%.

A projeção dos economistas para a inflação segue acima da meta do Banco Central, de 3,5% para 2022.

Cotação do Ibovespa nesta sexta (2)

O Ibovespa terminou o pregão da última sexta-feira (2) em alta de 0,90%, aos 111.923,93 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)



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