O Ibovespa hoje terminou o pregão de quinta-feira (3) em leve baixa de 0,03%, aos 116.896,36 pontos, praticamente estável. A máxima do pregão foi de 117.373,01 pontos, enquanto a mínima foi de 114.485,13 pontos.
As bolsas internacionais e o Ibovespa hoje tiveram um dia pessimista, sofrendo com os impactos da alta de juros feita ontem pelo Federal Reserve (Fed), nos EUA, em 75 pontos base, destaca Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed.
O presidente do Fed Jerome Powell disse que não vai parar de subir os juros dos EUA e que o ciclo de alta pode ser encerrado em patamar maior do que o esperado. Apesar disso, a bolsa virou para o positivo influenciada pelo anúncio de R$ 43,7 bilhões em dividendos da Petrobras, assim como pela PEC proposta para garantir o Auxílio Brasil de R$ 600.
De modo geral, as commodities tiveram queda, refletindo o mau humor no mercado externo e as preocupações de recessão econômica. A queda das ações da Vale ocorre em meio às perdas no preço do minério de ferro, que vêm sendo registradas nos últimos meses, puxando a cotação do Ibovespa para baixo.
A Eneva ficou entre os principais destaques de queda do Ibovespa hoje, já que pela manhã, o CEO da empresa, Pedro Zinner, anunciou a saída do conselho de administração da companhia após ocupar o cargo por seis anos.
“A notícia tem impactado negativamente o papel. Azul em queda também hoje reflete os cancelamentos e atrasos de voos nos últimos dias devido às paralisações dos últimos dias. Por outro lado, ações de varejistas como Magalu e Americanas se destacam hoje com o cenário de alta nos juros futuros”, completa Piovesan.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quinta-feira, 3, apesar de terem operado a maior parte do dia no vermelho.
As avaliações sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) permeiam as decisões, assim como expectativas para o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, a ser publicado amanhã. Nem mesmo a alta de 6% da Boeing foi suficiente para garantir avanço ao Dow Jones.
- Dow Jones: -0,45%, aos 32.001,25 pontos
- S&P 500: -1,06%, aos 3.719,89 pontos
- Nasdaq: -1,73%, aos 10.342,94 pontos
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (3), pressionados pelo fortalecimento do dólar e com renovadas preocupações com a demanda chinesa, em meio ao avanço da covid-19 e à desaceleração econômica do país.
O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,03% (US$ 1,83), a US$ 88,17 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 caiu 1,55% (US$ 1,49), a US$ 94,67 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O contrato mais líquido do ouro fechou em forte baixa nesta quinta-feira, 3, seguindo uma postura do Federal Reserve (Fed) que pressionou o metal. Os comentários do presidente da autoridade, Jerome Powell, após a decisão de política monetária ontem apontaram que as taxas de juros podem ser ainda mais altas nos Estados Unidos.
Neste cenário, o dólar ganhou impulso, pressionando o ouro, cotado na moeda americana. Além disso, os rendimentos dos Treasuries avançaram, investimento que compete em segurança com o ouro.
A cotação do dólar à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,1258, depois de oscilar entre R$ 5,0872 e R$ 5,2237.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em baixa de 1,16%, a US$ 1.630,90 por onça-troy.
No Ibovespa hoje, o principal destaque do pregão foi Méliuz (CASH3), que avançou 7,32%. Além disso, o Magazine Luiza (MGLU3) também entrou na lista das maiores altas, com variação de +6,80%, e a Raízen (RAIZ4) subiu 4,21%. A Americanas (AMER3) subiu 3,90% e a Ecorodovias (ECOR3) ganhou 3,58%.
As maiores quedas da sessão ficaram com São Martinho (SMTO3), que desabou 4,38%, Eneva (ENEV3), com baixa de 3,40% e Vale (VALE3), que teve uma desvalorização de 2,92%. Yduqs (YDUQ3) caiu 2,25%, enquanto Braskem (BRKM5) variou -2,18%
Maiores altas do Ibovespa:
- Méliuz (CASH3): +7,32%
- Magazine Luiza (MGLU3): +6,80%
- Raízen (RAIZ4): +4,21%
- Americanas (AMER3): +3,90%
- Ecorodovias (ECOR3): +3,58%
Maiores baixas do Ibovespa:
- São Martinho (SMTO3): -4,38%
- Eneva (ENEV3): -3,40%
- Vale (VALE3): -2,92%
- Yduqs (YDUQ3): -2,25%
- Braskem (BRKM5): -2,18%
Outras notícias que movimentaram o Ibovespa
- Petrobras anuncia dividendos bilionários
- Cielo tem forte desempenho e lucro dobrado, mas seguimos neutros, diz Safra
- Banco Pan mostra lucro estável no 3T22, de R$ 193 milhões
Petrobras anuncia dividendos bilionários; veja valor por ação
A Petrobras vai pagar R$ 3,3489 em dividendos por ação preferencial e ordinária em circulação, segundo comunicado desta quinta-feira (3). A estatal divulgou fato relevante durante o dia, e posteriormente, os papéis pararam de ser negociados na bolsa.
Os dividendos da Petrobras a serem pagos totalizam R$ 43,7 bilhões, que serão distribuídos em duas parcelas. A data de corte dos proventos da Petrobras será em 21 de novembro de 2022.
Uma delas será paga em 20 de dezembro, representando R$ 1,67445 por ação preferencial e ordinária. Já a segunda parcela dos proventos da Petrobras será distribuída em 19 de janeiro de 2023, no mesmo valor por ação.
Os dividendos da Petrobras estariam alinhados com a Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a distribuição corresponde a 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as compras de ativos imobilizados e intangíveis.
Cielo tem forte desempenho e lucro dobrado, mas seguimos neutros, diz Safra
O Banco Safra destacou alguns números em relação aos resultados da Cielo (CIEL3) no 3T22, que ficaram em linha com as expectativas do mercado financeiro, além de mostrar crescimento. Nesse caso, a instituição financeira mantém sua recomendação neutra com preço-alvo de R$ 5,90.
O Safra destacou que o lucro da Cielo ficou 1,5% acima das expectativas, com um crescimento de quase o dobro do 3T21.
Os analistas do Safra comentaram que “como resultado do forte crescimento da receita líquida e da expansão da margem, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 422 milhões no 3T22. No geral, os resultados da Cielo foram fortes como o esperado, e acreditamos que as ações devem reagir positivamente”.
Além disso, a instituição financeira disse que “a empresa continua apresentando forte desempenho em ambas as divisões (Cielo Brasil e Cateno), com melhorias sequenciais no rendimento de receita para o segmento de adquirência. O resultado foi impulsionado pelo aumento de volumes, melhoria do mix (para crédito) e expansão das margens”.
Banco Pan mostra lucro estável no 3T22, de R$ 193 milhões
O Banco Pan reportou um lucro líquido ajustado de R$ 193 milhões no 3T22, praticamente o mesmo valor do mesmo período do ano passado, no valor de R$ 194 milhões.
O lucro estável do Banco Pan no 3T22 se deu devido à maior provisão de crédito nos últimos meses. A visão da gestão foi que esse aumento foi impulsionado pelo aumento das receitas de serviços, pelo controle das despesas totais e pela manutenção da margem financeira.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) anualizado do Banco Pan foi de 11,7% no terceiro trimestre de 2022. No mesmo período de 2021, o ROE registrado foi de 13,6%. No 2T22, o retorno foi de 11,9%.
Cotação do Ibovespa nesta terça (1)
O Ibovespa terminou o pregão desta última terça-feira (1) em alta 0,77%, aos 116.928,66 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Notícias Relacionadas