O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (3) com queda de 0,13%, aos 101.797,09 pontos, após oscilar entre 101.433,34 e 102.331,07. O volume financeiro do dia somou R$ 20,1 bilhões.
A bolsa de valores hoje foi marcada pela espera das decisões da Super Quarta, data em que as expectativas dos investidores se concentram tanto no mercado nacional quanto internacional. Durante a tarde, o Federal Reserve (Fed) aumentou pela 10º vez seguida a taxa de juros nos Estados Unidos em 25 pontos-base (pb).
“A decisão do Fed veio em tom duro, hawkish [focado em subir os juros], mostrando comprometimento da autoridade no combate à inflação. Quando dizem que estão prontos a ajustar a política, caso surjam riscos que ameacem alcance da meta, é uma fala bem forte. Podemos esperar alta de mais 0,25% em uma próxima reunião e depois estabilidade”, afirma Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed.
Diante desse cenário de riscos, as bolsas de NY fecharam em baixa. Confira abaixo:
- Dow Jones: -0,80% (33.414,11 pontos);
- S&P500: -0,70% (4.090,85 pontos);
- Nasdaq: -0,46% (12.025,33 pontos).
De volta ao Brasil, a expectativa é pela terceira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, cuja decisão sobre a taxa básica de juros (a Selic) será anunciada após o fechamento do mercado. Especialistas consultados pelo Suno Notícias já têm as suas previsões: manutenção dos 13,75% pela sexta vez consecutiva.
“Como o IPCA veio um pouco melhor do que o esperado, e temos o Copom hoje, o mercado já está apostando bastante que devem vir cortes de juros ainda neste ano em alguma medida” pontua Petrokas.
Diante desses cenários, os juros futuros cederam e o dólar hoje caiu (-1,09%), novamente abaixo dos R$ 5, cotado a 4,9919. Durante o dia, a moeda dos EUA oscilou entre R$ 4,9834 e R$ 5,0523.
Ainda nesta Super Quarta, as blue chips do Ibovespa amargaram uma nova queda. Os ativos preferenciais e ordinários da Petrobras (PETR4;PETR3) cederam 0,35% e 0,55%, respectivamente, no mesmo compasso que o petróleo Brent para junho cedeu 3,97% (US$ 72,33 o barril).
É importante lembrar que, hoje, a petroleira também divulga o seu resultado de vendas e produção referentes ao primeiro trimestre de 2023 (1T23).
Já a Vale (VALE3) desvalorizou 0,78%, cotada a R$ 69, em meio a uma nova queda do minério de ferro. Em meio a incertezas sobre a demanda da China pela commodity, os contratos futuros em Singapura operaram com queda de 1,3%, a US$ 100,80 a tonelada.
Entre os ativos bancários, o fechamento hoje foi misto. O Itaú (ITUB4) recuou 0,16%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) teve baixa de 0,31%. Já o Bradesco (BBDC4) somou 0,91%, enquanto o Santander (SANB11) subiu 0,15%.
Ainda na ponta negativa do índice, destaque para os papéis da Arezzo (ARZZ3), que divulgou o seu balanço do 1T23 e decepcionou os investidores. Outra empresa que também reportou o balanço dos três primeiros meses do ano e amargou queda na Bolsa foi o Carrefour Brasil (CRFB3).
“As ações do Carrefour estão hoje na mínima histórica desde o IPO de 2017. Apesar da alta na receita, as margens foram comprimidas e isso acabou pesando bastante nos resultados. [Pois] consumiu toda a receita, que acabou entregando um prejuízo”, explica o sócio da Quantzed.
Veja as maiores altas e baixas
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do Ibovespa nesta quarta-feira (3)
O Ibovespa fechou o pregão desta quarta-feira (3) com queda de 0,13%, aos 101.797,09 pontos.