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Ibovespa fecha em queda, aos 101 mil pontos; Petrobras (PETR4) PRIO (PRIO3) e 3R (RRRP3) disparam, e bancos afundam

B3 (B3SA3) - Ibovespa - Foto Divulgação

Ibovespa. Foto: Divulgação/B3

Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (3) em queda de 0,37% aos 101.506,18 pontos, após oscilar entre 100.650,55 e 101.915,71 pontos. O volume financeiro do dia somou R$ 26,4 bilhões. 

bolsa de valores hoje operou em queda, em uma continuidade ao movimento da última sexta-feira, com o mercado ainda avaliando a questão fiscal. Na quinta-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou a nova âncora fiscal e, agora, os investidores estão digerindo as propostas apresentadas.

“Quando saiu a divulgação, a princípio, houve uma melhora de humor no mercado. Mas, depois, os investidores digeriram melhor e a situação mudou. De fato, existe a possibilidade de um incremento grande de dívida para os próximos anos e isso preocupa o mercado”, explica Apolo Duarte, sócio e head da mesa de renda variável da AVG Capital.

Já no mercado internacional os investidores se surpreenderam com a Opep+, que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados. A organização anunciou cortes voluntários na produção do petróleo de 1,66 milhão de barris por dia (bpd) até o fim do ano.

Diante disso, a cotação da commodity no exterior disparou. O petróleo Brent, referência global, saltou 6,31%, para US$ 84,93 o barril. Já o petróleo WTI, referência nos Estados Unidos, somou 6,28%, para US$ 80,42.

Não por acaso, as petroleiras tiveram os maiores ganhos do Ibovespa hoje. Os ativos preferenciais e ordinários da Petrobras (PETR4;PETR3) somaram 4,44% e 4,76%, impedindo que a queda do índice hoje fosse maior. Também subiram a PRIO (PRIO3) e a 3R (RRRP3) em 3,88% e 1,56%, respectivamente.

No entanto, em meio à disparada do petróleo, Apolo Duarte salienta que crescem as incertezas com a política monetária dos Estados Unidos, visto que os planos do Federal Reserve Bank (Fed) poderão ser afetados.

[A alta do petróleo] pode forçar a inflação americana para um movimento de alta e, de alguma maneira, isso poderia também forçar o Fed a puxar um pouco mais os juros, mas isso ainda não está certo. Acho que o mercado vai ficar de olho nas próximas semanas nas declarações do Fed para saber como eles vão lidar com essa situação também.”

Diante disso, o dólar hoje operou praticamente no zero a zero, fechando com leve alta (0,05%), a R$ 5,0709, após oscilar entre R$ 5,0415 e R$ 5,0829. Já as bolsas de Nova York fecharam quase todas em alta, confira abaixo:

Na ponta positiva da bolsa de valores, destaque para os papéis da B3 (B3SA3), que sobem em um movimento de correção, após figurar entre as maiores quedas da última sexta. Outra alta relevante é da Suzano (SUZB3), no setor de celulose, em outro movimento de ajuste.

Entre as blue chips do Ibovespa, a Vale (VALE3) operou entre perdas e ganhos com a queda do minério, que recuou 2,04% na Bolsa de Dalian, na China. Apesar disso, a mineradora brasileira fechou o pregão no positivo, com leve alta de 0,03%.

Já os ativos bancários contribuíram para a queda do Ibov hoje. O Itaú (ITUB4) recuou 2,8%, o Banco do Brasil (BBAS3) desvalorizou 1,18%, o Santander (SANB11) caiu 1,87% e o Bradesco (BBDC4) teve queda de 2,51%.

Ainda na ponta negativa do índice, chamaram atenção as quedas das varejistas, como Lojas Renner (LREN3) e Grupo Soma (SOMA3), assim como as baixas das empresas ligadas ao turismo, como CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4), afetadas pelos juros elevados e menor liquidez

“Os destaques nas quedas ficam para as empresas que estão mais fragilizadas nesse quadro de juros altos e também em decorrência do que a gente vem passando de incerteza a respeito do arcabouço fiscal”, finaliza Duarte.

Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa

Cotação do Ibovespa nesta segunda-feira (3)

Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (03) em queda de 0,37% aos 101.506,18 pontos.

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