Ibovespa cai 0,91%, com Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4); Braskem (BRKM5) recua 5,5%

Ibovespa hoje encerra a primeira sessão de agosto em queda de 0,91% aos 102.225,08 pontos, após oscilar entre 101.764,38 e 103.317,48 pontos, nesta segunda-feira (1º). O giro financeiro foi de R$ 23,4 bilhões. No ano, cede 2,48%.

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As perdas se distribuíram por ações e setores de maior peso e liquidez, mas mineração e siderurgia foram especialmente afetadas pela contração em julho do índice de atividade (PMI) oficial da China, a 49,0, ante previsão a 50,3 para o mês.

Na zona do euro, o PMI industrial foi a 49,8, também abaixo do limiar (50) que separa expansão de contração, atingindo em julho o menor nível em 25 meses. Por outro lado, o PMI do Instituto para Gestão da Oferta (ISM), nos Estados Unidos, manteve-se positivo, a 52,8 em julho, embora no menor patamar desde junho de 2020.

“Na Alemanha, as vendas no varejo tiveram forte queda, saindo de avanço anual de 1,1% para queda de 8,8% na comparação ano a ano, em junho”, observa em nota a Nova Futura Investimentos. Prevaleceu desde a manhã falta de sinal único nos mercados, com expectativa para novas rodadas de dados econômicos e de balanços ao longo da semana, escreve a Guide Investimentos.

Neste começo de mês, leituras mais fracas sobre os índices de atividade nas maiores economias funcionaram hoje como um contraponto aos balanços corporativos do segundo trimestre e aos sinais um pouco mais amenos do Federal Reserve sobre os juros americanos, uma combinação que, em geral, vinha animando os investidores e contribuindo para retomada, ainda que moderada, do apetite por risco.

Contudo, a combinação de dois trimestres consecutivos de retração para o PIB americano, conforme dados conhecidos na semana passada, contribui agora para que analistas revejam projeções para os resultados adiante, das empresas.

Assim, a semana começou de forma negativa também nos mercados acionários da Europa e dos Estados Unidos, com grau um pouco maior de correção por aqui, em dia de queda acentuada para o petróleo, e de baixa moderada para o minério de ferro em Qingdao, na China.

“O dia começou até de forma favorável no exterior, apesar do PMI mais fraco na China, mas sendo compensado por uma temporada de resultados corporativos melhores, e pelos recentes sinais do Fed de que pode moderar o ritmo de aumento de juros nos próximos meses. A semana reserva aqui a decisão do Copom, e a expectativa é por mais uma alta de 50 pontos-base, o que pode ser positivo para o câmbio, mas há também dados de emprego nos Estados Unidos, que podem contribuir para um tom de cautela ao longo da semana”, diz Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários de Nova York fecharam em queda nesta segunda. Em sessão volátil, investidores avaliaram dados e também aguardavam por mais balanços corporativos nesta semana. A maioria dos setores recuou, mas o industrial subiu, apoiado por alta forte da Boeing.

  • Dow Jones: -0,14%, aos 32.798,40 pontos;
  • S&P 500: -0,28%, aos 4.118,63 pontos;
  • Nasdaq: -0,18%, aos 12.368,98 pontos.

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dólar à vista fechou em leve alta de 0,08%, a R$ 5,1786, após oscilar entre R$ 5,1303 e R$ 5,2024.

O petróleo fechou em queda robusta nesta segunda, enquanto o mercado segue na expectativa pela reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), na quarta-feira, 3. Há temores de que a Opep+ mantenha sua meta de produção, apesar da pressão dos Estados Unidos. Os contratos do óleo foram penalizados pelas preocupações renovadas com a demanda chinesa e aumento da oferta da Líbia.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em queda de 4,80% (US$ 4,73), a US$ 93,89 – menor valor desde 25 de fevereiro. Enquanto o do Brent caiu 3,80% (US$ 3,94), a US$ 100,03.

O ouro fechou em alta, estendendo os ganhos da semana anterior. O metal foi favorecido pelo enfraquecimento do dólar ante rivais, com operadores digerindo uma nova rodada de resultados de índice de gerente de compras (PMIs) ao redor do mundo.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro avançou 0,33%, a US$ 1.787,70 por onça-troy.

No Ibovespa hoje, papéis de empresas ligadas a commodities figuraram entre as maiores perdas do primeiro pregão desse mês.

Quem liderou as quedas foi Braskem (BRKM5), com -5,53%, em meio ao posicionamento da Petrobras de que a sua participação na companhia continua à venda e à própria afirmação da petroquímica de que não conduz eventuais negociações da Novonor e da estatal para a venda da empresa.

A empresa também foi acompanhada de quedas nas siderúrgicas, como Usiminas (USIM5), que caiu 4,76%, CSN (CSNA3), que baixou 3,94% e Gerdau (GGBR4), com perdas de 3,23%. Entre petroleiras, 3R Petroleum (RRRP3) caiu 4,76% e PetroRio (PRIO3), com -3,51%.

As blue chips também recuaram: Petrobras (PETR3, PETR4) caiu 1,24% e 1,38%, respectivamente e Vale (VALE3) desvalorizou 2,39%.

O setor bancário do índice também fechou no vermelho: Santander (SANB11) caiu 2,23%, Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 0,81%, Itaú (ITUB4) recuou 0,55% e Bradesco (BBDC3, BBDC4) desvalorizou 0,21% e 0,23%, respectivamente.

A lista de maiores altas trouxe Magazine Luiza (MGLU3), que avançou 5,43%, Locaweb (LWSA3), que ganhou 5,02%, e BRF (BRFS3), com +4,76%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • Oi (OIBR3) recebe proposta bilionária por sites de operação fixa
  • Weg (WEGE3) compra unidade de empresa da bolsa italiana por 23 milhões de Euros

Oi (OIBR3) recebe proposta bilionária por sites de operação fixa

A Oi (OIBR3) recebeu uma proposta no valor de R$ 1,697 bilhão por parte de uma afiliada da Highline para compra de 8 mil sites de infraestrutura de telecomunicações da operação fixa.

A informação foi divulgada por meio de fato relevante da Oi na manhã desta segunda-feira (1º).

Se a aquisição for fechada, os sites de operação fixa serão vendidos juntos com todos seus ativos, contratos, direitos, obrigações, licenças e demais equipamentos necessários para a sua operação.

“A proposta vinculante prevê que a conclusão da operação está condicionada, entre outras condições precedentes usuais a este tipo de transação, às aprovações regulatórias aplicáveis, incluindo Anatel e Cade”, esclarece a Oi, em seu fato relevante.

Em termos de pagamento, a proposta é de R$ 1,088 bilhão na data do fechamento da operação e os demais R$ 609 milhões a serem pagos até o fim do ano de 2026 – dependendo da “quantidade futura de itens de infraestrutura a serem utilizados”.

Vale lembrar que, no documento, a Oi destaca que a proposta feita está em linha com o Plano Estratégico da empresa, que visa a saída da mesma do status de recuperação judicial.

A empresa de telecomunicações tem realizado uma série de desinvestimentos, como a venda da Oi Móvel ou a venda da V.Tal.

Os movimentos nesse sentido têm ocorrido desde que o Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro decretou a recuperação judicial, em meados de outubro de 2020.

Um Parecer recente da Anatel mostra que TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro, as empresas que compraram a Oi Móvel – ativos de telefonia móvel, no processo de recuperação judicial da Oi– não estão cumprindo com um dos remédios estabelecidos durante o negócio.

Segundo relatório da Genial Investimentos, esse imbróglio com a compra da Oi Móvel pode ‘culminar com a anulação da transação’. Contudo, os especialistas da casa destacam que isso só ocorreria em última instância e é algo ainda improvável.

“Com a justificativa de que as empresas não estariam cumprindo os remédios impostos, a Anatel analisa a possibilidade de revisar a anuência prévia da venda dos ativos móveis da Oi, além de outras sanções que demonstrem o descontentamento do órgão com relação aos desdobramentos do caso”, dizem os analistas.

“Enquanto isso, TIM, Vivo e Claro buscam na Justiça uma forma de evitarem qualquer prejuízo em decorrência da decisão, para colocar em prática os valores que acreditam ser justos para a continuidade de suas operações relacionadas aos serviços de roaming nacional. Mais informações sobre o caso devem ser divulgadas ao longo desta semana”, seguem.

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Weg (WEGE3) compra unidade de empresa da bolsa italiana por 23 milhões de Euros

A Weg (WEGE3) comprou uma unidade de negócios da Gefran (ou Motion Control da Gefran) pelo valor de € 23 milhões.

A aquisição feita pela Weg foi comunicada na manhã desta segunda-feira (1º), em documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A companhia foi fundada em 1960 e trabalha com três segmento: Motion Control, Automation Components e Sensors. O primeiro segmento (ou unidade de negócios) foi comprado pela Weg.

“Esta transação tem como foco a aquisição da unidade de negócio Motion Control, responsável pelo desenvolvimento e produção de uma completa linha de inversores de frequência, conversores de corrente contínua e aplicações especiais de servoconversores”, diz o comunicado da Weg, sobre a aquisição.

“Com uma equipe de aproximadamente 180 colaboradores e fábricas na Itália, Alemanha, China e Índia, a unidade Motion Control possui clientes e atuação em mais de 70 países. Em 2021 sua receita liquida foi de € 44,8 milhões”, segue a companhia brasileira, em comunicado.

A empresa comprada pela Weg pertence à Gefran, que é listada na bolsa de valores italiana sob o ticker “GE”.

Segundo o comunicado, o fechamento dessa aquisição ainda fica sujeito ao cumprimento de determinadas condições precedentes, como a aprovação das autoridades regulatórias europeias.

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Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: -0,91%
  • IFIX hoje: -0,38%
  • IBRX hoje: -0,98%
  • SMLL hoje: +0,14%
  • IDIV hoje: -0,38%

Cotação do Ibovespa nesta sexta (29)

Ibovespa fechou o pregão da última sexta-feira (29) com alta de 0,55% aos 103.164,69 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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