O Ibovespa inicia esta semana estável com o adiamento da reunião comercial entre os Estados Unidos e a China no radar.
Por volta das 10h05, nesta segunda-feira (17), o Ibovespa operava em leve queda de 0,02% a 101.334,55 pontos. O mercado acionário está atento as tensões geopolíticas entre as duas maiores economias do mundo.
Além disso, segue no radar dos investidores a possibilidade do presidente Bolsonaro furar o teto de gastos, os especialistas econômicos que avaliaram uma redução na contração do PIB brasileiro para 5,52% neste ano, as bolsas internacionais que operam em campo distintos e os destaques das principais empresas hoje.
EUA X China
Os Estados Unidos e a China adiaram indefinidamente uma reunião para discutir a implementação da fase inicial do acordo comercial firmado entre os dois países.
Como parte do acordo, representantes chineses e norte-americanos deveriam se reunir a cada seis meses para discutir a implementação das metas acertadas nas negociações. No entanto, fontes ouvidas pela agência de notícias “Bloomberg” afirmaram que não há uma nova data para reunião.
O adiamento ocorre em um momento de crescente tensão nas relações entre os dois países por causa da pandemia e Hong Kong, entre outras.
Teto de gastos
O mercado acionário está atento a possibilidade do descumprimento do teto de gastos em 2021, com os posicionamentos de Jair Bolsonaro.
Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu o teto de gastos e prometeu “brigar com ministro fura-teto”. De acordo com o líder da pasta econômica, o descumprimento das regras fiscais poderia levar Bolsonaro “a uma zona sombria, de impeachtment”.
No posterior a declaração de Guedes, Bolsonaro afirmou que respeita o teto de gastos e a responsabilidade fiscal. Mas um dia depois, o presidente disse que há uma “boa briga” no governo e salientou que a “ideia de furar o teto existe, qual o problema”?.
Além disso, mencionou que os agentes financeiros precisam de “patriotismo”. “Agora esse mercado tem que dar um tempinho também, né? Um pouquinho de patriotismo não faz mal a eles, né? Não ficar aí aceitando essa pilha”, disse o mandatário.
Boletim Focus
Os responsáveis pela elaboração do Boletim Focus reduziram suas projeções para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A estimativa divulgada nesta segunda é de uma baixa de 5,52% na economia brasileira, frente a 5,62% na última segunda-feira (10). Essa é a sétima semana seguida que o relatório do Banco Central (BC) prevê uma queda menos intensa para o indicador econômico.
Há cerca de um mês, entretanto, o Boletim Focus projetava uma queda de 5,95%. No primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira recuou 1,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro.
O boletim divulgado em todo início de semana, no começo de 2020 estimava um crescimento de 2,30% da economia do Brasil. Os profissionais do mercado, entretanto, não previam o forte impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no País. Para o ano que vem, os especialistas permanecem com a estimativa de um crescimento de 3,50% no PIB pela 12ª semana consecutiva.
Destaques do mercado
A Suzano (SUZB3) estuda crescer no âmbito das medidas socioambientais e de governança e tem como intuito, mais a frente, monetizar o carbono que suas florestas absorvem, vendendo créditos de carbono para as companhias que terão de compensar as emissões.
A Cemig (CMIG4; CMIG3) registrou lucro líquido de R$ 1 bilhão no segundo trimestre deste ano. O valor representa uma queda de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, quando havia registrado R$ 2,1 bilhões. A receita líquida da companhia teve queda de 15,4% no período de abril a junho, para R$ 5,9 bilhões.
O Grupo Mateus, de varejo de atacado e atacado, que atua no Nordeste do Brasil, protocolou, na noite da última sexta-feira (16), o prospecto preliminar de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Grupo Mateus tentará captar R$ 4,1 bilhões, em uma oferta primária que deve acontecer em outubro. As informações são do jornal “O Globo”.
Mercado internacional
No exterior, a escalada de tensão entre as duas maiores potências econômicas e o adiamento da reunião estão no radar e os índices operam em campo distinto nesta segunda. Por volta das 7h40, os índices futuros registravam:
- Nova York (S&P 500): +0,28%
- Nova York (Dow Jones): +0,20%
- Nova York (Nasdaq): +0,59%
- Londres (FTSE 100): +0,21%
- Frankfurt (DAX 30): +0,08%
- Paris (CAC 40): – 0,04%
- Xangai (SSEC): +2,34%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,65%
- Tóquio (Nikkei 225): -0,83%
Maiores altas e baixas
Altas:
Baixas:
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, sexta-feira (14), o Ibovespa encerrou a semana em alta de 0,89%, a 101.353,45 pontos.