Mercado

Ibovespa cai 1,5% após CPI; Magazine Luiza (MGLU3) derrete 7%

Eduardo Vargas

13/10/2022 10:28

Atualizado em: 13/10/2022 10:53

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Ibovespa. Foto: Pixabay

O Ibovespa opera em queda de 1,47% na abertura desta quinta-feira (13) de pós feriado, aos 113.266 pontos, no mesmo sentido dos mercados internacionais. As bolsas reagem à divulgação dos dados de inflação americana (CPI).

O destaque do Ibovespa hoje é o Magazine Luiza (MGLU3), que desponta na ponta negativa do índice caindo cerca de 7%.

Com o pregão negativo, somente três papéis sobem, sendo a maior alta da São Martinho (SMTO3), com avanço de 0,6% na bolsa de valores hoje.

O cenário internacional conta com quedas em Wall Street, com baixa de 1,7% no Dow Jones e de 2% no S&P. Na Europa, os índices também caem em menor magnitude, com 0,7% na Bolsa de Frankfurt (DAX) e 1,8% em Paris (CAC).

O pan-europeu Stoxx-600 cai 1% neste cenário.

O cenário de commodities mostra novas retrações no petróleo Brent, que cai 0,8% a US$ 91 por barril.

O mercado de câmbio mostra alta do dólar em 1,38% no intradia, a R$ 5,345 – patamar que fica acima do que é projetado por especialistas para 2022, segundo o Boletim Focus.

Notícias que movimentam o Ibovespa hoje

CPI dos EUA
Gol projeta prejuízo por ação de R$ 1,81 no 3T22
B3 mostra queda no volume financeiro

Inflação nos EUA

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,4% em setembro, na comparação com agosto, segundo dados divulgados nesta terça (13) pelo Departamento do Trabalho americano.

A inflação para o consumidor atingiu alta de 8,2% no acumulado em 12 meses. Tanto a medição mensal como a anual vieram acima da expectativa do mercado.

As projeções do consenso Refinitiv estimavam uma alta de 0,2% ante agosto e de 8,1% em 12 meses.

“Os dados do CPI vieram acima do esperado, assim como os números do núcleo também. A inflação ao consumidor subiu 0,4% em relação a agosto enquanto as projeções apontavam para uma alta de 0,2%. No ano, no acumulado de 12 meses, a alta foi de 8,2%, também acima do que o mercado esperava”, comenta Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

“Os dados fizeram com que, no momento da divulgação, o dólar disparasse para cima e entrasse em leilão. Com a perspectiva de mais altas de juros pelo FED, os investidores preferem migrar seus investimentos para a renda fixa americana, o que colabora para a alta do dólar. Mesmo com as altas do FED, a inflação tem persistido, o que fará com que o FED não interrompa o ciclo de alta de juros tão cedo”, comenta.

Gol estima prejuízo por ação de cerca de R$ 1,81

A Gol (GOLL4) anunciou nesta quarta (12) que projeta um prejuízo por ação de cerca de R$ 1,81 no terceiro trimestre de 2022.

Já para cada “ação depositária americana”, ou ADR da Gol, a perspectiva é de US$ 0,71 de prejuízo.

A margem Ebitda, que mede a eficiência operacional da companhia, está estimada em aproximadamente 15%. Um ano antes, o indicador era de 24,3%, segundo a apresentação de resultados da companhia (que especificava que estavam consideradas as despesas estritamente relacionadas aos níveis da operação naquele momento).

O comunicado da companhia aérea indica que o custo unitário, excluindo combustível, deverá reduzir aproximadamente 25%, comparativamente ao terceiro trimestre do ano anterior, principalmente devido ao aumento de oferta e incremento de produtividade, diz a companhia.

Já os custos unitários com combustíveis deverão apresentar aumento de 87% em relação a um ano atrás, em razão do aumento do preço médio do querosene de aviação.

A alta do querosene foi de aproximadamente 89%, o que foi parcialmente compensada por uma redução de cerca de 4% no consumo de combustível por hora operada. Isso porque houve maior parcela da frota composta pelas aeronaves 737-MAX.